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Amom de Judá

Amom de Judá

Amom de Judá (em hebraico: אָמוֹן; em grego: Αμων; em latim: Amon) foi o soberano do Reino de Judá durante um curto período no século VII a.C. Sucedeu a seu pai Manassés de Judá e tal como ele, idolatrava e promovia a adoração de figuras pagãs, o que, de acordo com relatos bíblicos, terá motivado o seu provável assassinato em consequência de uma revolta entre os seus súditos, eventualmente no ano 641 a.C.

Vida

Amom, cujo nome deriva do deus egípcio Amon,[1] nasceu da união entre o seu pai Rei Manassés de Judá e de Mesulemete, filha de Harus de Jotba.[2]Casou com Jedida, filha de Adaías de Bozcate, segundo relatos constantes na Bíblia Hebraica, embora se desconheça a data exata da celebração. Tinha vinte e dois anos de idade quando iniciou o seu breve reinado de dois anos.[3]Segundo o arqueólogo e erudito em assuntos Bíblicos William Foxwell Albright, a data do seu reinado foi estabelecida entre os anos 642 a 640, enquanto o professor Edwin R. Thiele avaliou as mesmas datas entre 643/642 a 641/640.[4] As datas estimadas por Thiele estão intimamente ligadas com final do reinado do filho de Amom, Josias, que sucumbiu no verão de 609, às mãos do faraó Necho II. A morte de Josias é ainda confirmada de forma independente na História Egípcia,[5] que coloca o fim no reinado de Amon, 31 anos antes em 641 ou 640 e o início de seu governo em 643 ou 642.[4]

A Bíblia Hebraica documenta que Amom continuou a idolatrar e a criar imagens pagãs, como anteriormente seu pai o tinha feito.[6] II Reis (um dos livros históricos do Antigo Testamento) cita que: "(Amom)[...] fez o que era maléfico aos olhos do Senhor, trilhou os mesmos caminhos, como fizera Manassés seu pai, serviu e adorou seus ídolos." [3] A mesma citação é documentada em outro dos livros do antigo testamento II Crônicas: "[…] fez o que era maléfico aos olhos do Senhor, como fizera Manassés seu pai; porque (Amom) realizou sacrifícios em honra de todas as imagens (esculturas) que Manassés seu pai tinha feito, as serviu e adorou."[7]

tradição relatada no Talmude revela que "Amom queimou a Torá, e permitiu que teias de aranha cobrissem o altar [pelo desuso completo]... Amom pecou muito".[8] Assim como em outras fontes textuais, Flávio Josefo também critica o reinado de Amom, descrevendo o seu reinado de forma semelhante à Bíblia.[9]

Depois de reinar dois anos, Amom foi assassinado pelos servos que conspiraram contra ele e foi sucedido por seu filho Josias, que, na época, tinha oito anos de idade.[10] Após o assassínio de Amom, os seus executantes tornaram-se impopulares entre a população e acabaram sendo mortos.[11] Alguns estudiosos, como Abraham Malamat, afirmam que Amom foi assassinado, porque as pessoas não gostavam da forte influência que o Império Assírio, um antigo inimigo de Judá, responsável pela destruição do Reino de Israel, exercia sobre ele.[12]

Contexto histórico

O Reinado de Amom aconteceu no meio de uma época de transição para o Levante mediterrânico e toda a região da Mesopotâmia. Para o leste de Judá, o Império Assírio estava começando a se desintegrar, enquanto o Império Babilônico em expansão, ainda não o tinha sucedido. Para oeste o Egito ainda estava se recuperando da ocupação assíria, sob a égide de Psamético I,[1] executando a transformação de um estado vassalo em um aliado autônomo.[2] Neste vácuo de poder, muitos estados menores como Judá foram capazes de se governar sem intervenção e cobiça dos grandes impérios.[3]

A Wikipédia possui o
Portal do JudaísmoEste artigo incorpora texto da Enciclopédia Judaica (Jewish Encyclopedia) (em inglês) de 1901–1906, uma publicação agora em domínio público.Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Amon of Judah», especificamente desta versão.Precedido por
ManassésRei de Judá
2 anosSucedido por
Josias

Este artigo usa material do artigo Wikipedia Amom de Judá, que é lançado sob o Creative Commons Attribution-Share-Alike License 3.0.

Amom de Judá

Amom de Judá

Amom de Judá (em hebraico: אָמוֹן; em grego: Αμων; em latim: Amon) foi o soberano do Reino de Judá durante um curto período no século VII a.C. Sucedeu a seu pai Manassés de Judá e tal como ele, idolatrava e promovia a adoração de figuras pagãs, o que, de acordo com relatos bíblicos, terá motivado o seu provável assassinato em consequência de uma revolta entre os seus súditos, eventualmente no ano 641 a.C.

Vida

Amom, cujo nome deriva do deus egípcio Amon,[1] nasceu da união entre o seu pai Rei Manassés de Judá e de Mesulemete, filha de Harus de Jotba.[2]Casou com Jedida, filha de Adaías de Bozcate, segundo relatos constantes na Bíblia Hebraica, embora se desconheça a data exata da celebração. Tinha vinte e dois anos de idade quando iniciou o seu breve reinado de dois anos.[3]Segundo o arqueólogo e erudito em assuntos Bíblicos William Foxwell Albright, a data do seu reinado foi estabelecida entre os anos 642 a 640, enquanto o professor Edwin R. Thiele avaliou as mesmas datas entre 643/642 a 641/640.[4] As datas estimadas por Thiele estão intimamente ligadas com final do reinado do filho de Amom, Josias, que sucumbiu no verão de 609, às mãos do faraó Necho II. A morte de Josias é ainda confirmada de forma independente na História Egípcia,[5] que coloca o fim no reinado de Amon, 31 anos antes em 641 ou 640 e o início de seu governo em 643 ou 642.[4]

A Bíblia Hebraica documenta que Amom continuou a idolatrar e a criar imagens pagãs, como anteriormente seu pai o tinha feito.[6] II Reis (um dos livros históricos do Antigo Testamento) cita que: "(Amom)[...] fez o que era maléfico aos olhos do Senhor, trilhou os mesmos caminhos, como fizera Manassés seu pai, serviu e adorou seus ídolos." [3] A mesma citação é documentada em outro dos livros do antigo testamento II Crônicas: "[…] fez o que era maléfico aos olhos do Senhor, como fizera Manassés seu pai; porque (Amom) realizou sacrifícios em honra de todas as imagens (esculturas) que Manassés seu pai tinha feito, as serviu e adorou."[7]

tradição relatada no Talmude revela que "Amom queimou a Torá, e permitiu que teias de aranha cobrissem o altar [pelo desuso completo]... Amom pecou muito".[8] Assim como em outras fontes textuais, Flávio Josefo também critica o reinado de Amom, descrevendo o seu reinado de forma semelhante à Bíblia.[9]

Depois de reinar dois anos, Amom foi assassinado pelos servos que conspiraram contra ele e foi sucedido por seu filho Josias, que, na época, tinha oito anos de idade.[10] Após o assassínio de Amom, os seus executantes tornaram-se impopulares entre a população e acabaram sendo mortos.[11] Alguns estudiosos, como Abraham Malamat, afirmam que Amom foi assassinado, porque as pessoas não gostavam da forte influência que o Império Assírio, um antigo inimigo de Judá, responsável pela destruição do Reino de Israel, exercia sobre ele.[12]

Contexto histórico

O Reinado de Amom aconteceu no meio de uma época de transição para o Levante mediterrânico e toda a região da Mesopotâmia. Para o leste de Judá, o Império Assírio estava começando a se desintegrar, enquanto o Império Babilônico em expansão, ainda não o tinha sucedido. Para oeste o Egito ainda estava se recuperando da ocupação assíria, sob a égide de Psamético I,[1] executando a transformação de um estado vassalo em um aliado autônomo.[2] Neste vácuo de poder, muitos estados menores como Judá foram capazes de se governar sem intervenção e cobiça dos grandes impérios.[3]

A Wikipédia possui o
Portal do JudaísmoEste artigo incorpora texto da Enciclopédia Judaica (Jewish Encyclopedia) (em inglês) de 1901–1906, uma publicação agora em domínio público.Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Amon of Judah», especificamente desta versão.Precedido por
ManassésRei de Judá
2 anosSucedido por
Josias

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