O selo de Deus X a marca da Besta

O selo de Deus X a marca da Besta
Apocalipse
- Introdução: O Apocalipse mostra que nos últimos dias haverá duas marcações na testa dependendo de quem serve a Deus ou não. A escolha é sua:
1- O Selo de Deus:
Algumas características do selo de Deus no Apocalipse são:
a) Virá primeiro: Apocalipse 7.2,3
Antes que a besta faça sua marca, os servos de Deus já estarão selados.
b) Será uma proteção: Apocalipse 9.3-6
Quem estiver selado estará protegido.
c) Sinal de Salvação: Apocalipse 20.4
No juízo final, os selados estarão salvos.

Este selo é espiritual e não uma marca visível (II Coríntios 1.22).
2- A marca da besta:
As características da marca da besta são:
a) O número 666: Apocalipse 13.16-18
Será um número de homem decifrado como seiscentos e sessenta e seis.
b) Terá um castigo: Apocalipse 14.9-11
Os marcados serão castigados e estarão desprotegidos.
c) Trará dores: Apocalipse 16.2
Quem estiver com a marca sentirá dores de úlceras da primeira taça da ira Divina.
d) Será um engano: Apocalipse 19.20
As pessoas aceitam a marca porque foram enganadas pelas mentiras (João 8.44).

O inimigo tentará marcar o máximo de pessoas possível.

 

-Conclusão: O importante é ser selado por Deus e manter-se fiel ao Senhor.

© AUTOR: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues

Satanás sabe como trabalhar! O alvo dele é roubar sua intimidade

Satanás sabe como trabalhar! O alvo dele é roubar sua intimidade e atrapalhar o seu relacionamento com DEUS. Por mais que você persista, ele busca todos os meios possíveis para te tirar da Graça e da Comunhão, te manipulando e tirando sua santidade através de suas mentiras, ciladas e artimanhas

Sua maldade te faz pensar que masturbar-se é menos pecado que fornicar, que adulterar é menos pecado que homossexualidade, que preguiça é menos que roubar. Te faz pesar os pecados para que você "acredite" que um pecado é "mais leve" que o outro, pois, assim, não teriam "tantas consequências".

A verdade é que isso não existe. Pecado é pecado e sempre será base da nossa condenação. Abusamos da misericórdia de Deus, pois, ao pecarmos, nos "arrependemos" momentaneamente e prometemos mudar, mas voltamos a pecar do mesmo jeito e ficamos nesse ciclo vicioso. Peco, me arrependo, peço perdão. E assim vai...

Satanás não quer matar você, ele deixa você achar que está vivo indo à igreja,
por cantar, pregar e profetizar. Coloca na sua mente que, mesmo pecando, DEUS te entende, para que você não se posicione como filho e viva em comunhão.

O diabo não quer tirar você da igreja para que você se sinta caído, ele quer você dentro da igreja na ideia de dizer que o corpo de CRISTO está caído. Devemos nos santificar para que não venhamos ouvir: "apartai-vos de MIM, EU não vos conheço."

Se você pensa que é impossível sair desta sua realidade, saiba que esse pensamento já é mentira do diabo! Você pode libertar-se disso com sabedoria através do conhecimento.

Conheça o Ebook JUVENTUDE NO ALTAR. Ele tem ajudado muitos Cristãos (recém convertidos ou não) no caminho da libertação através da Palavra com uma linguagem simples e direta para que você mude seus hábitos à partir de hoje.


 Texto extraído do Instagram da pastora Camila Barros.


O que é ser sal da terra?

   

O que é ser sal da terra?
ABRIL 28, 2022
ESTUDO BÍBLICO, GRAÇA, MISSÕES, REINO DE DEUS, SAL DA TERRA
Você já comeu uma comida sem sal? Se a resposta for sim, você sabe como ela fica sem graça e totalmente com outro sabor sem ele. E é sobre esse assunto que eu quero conversar contigo hoje: Ser o sal da terra.

Primeiro, o sal do prato
Em Mateus 5:13 vemos a frase “Vós sois o sal da terra…“. 

Esse condimento tem o poder de mudar todo o sabor da comida e realçar as qualidades do alimento. Dessa maneira, você foi chamado para mudar o sabor das coisas.


 
Você pode transformar a vida de pessoas, do mundo à sua volta, realçar para cada um como o amor do Pai está presente ao nosso redor.

Por muito tempo eu foquei nesse versículo pensando ser difícil demais. Parecia muita responsabilidade e algo distante ser o sal para toda a terra. Isso porque eu me esqueci que o sal da terra começa sendo o sal do prato.

A cada pitada 
Eu não preciso ser uma pessoa com todos os talentos e sabedoria do mundo para conseguir salgar algo. Não preciso me cobrar para fazer algo grande, pois apenas uma pitada de sal já muda tudo. O que você está fazendo pode parecer pequeno, mas essa pitada está mudando todo o sabor e levando transformação para quem está ao seu redor.

Comece sendo o sal do prato, salgue o pouco, mude o sabor do simples, e cada vez mais Deus vai te capacitar e dar mais conhecimento para que mais pessoas e lugares sejam impactados pela sua vida. 

Para concluir…
Ser esse sal para tudo ao seu redor, começa na capacidade de ser sal para você mesmo.

Apenas conseguimos projetar para o mundo aquilo que introjetamos em nós, ou seja, precisamos primeiro nos alimentar de algo para podermos alimentar outras pessoas. Por isso, busque, encha-se da boa palavra, do amor dEle, ore pela luz do Senhor em seu coração. A partir do seu espírito transbordando, você conseguirá compartilhar aquilo que tem vivido no Senhor com outras pessoas.


Oração por paz

   
Oração por paz
ABRIL 26, 2022
DEVOCIONAIS, ORAÇÃO, PAZ
Durante esse tempo que temos vivido, tem sido difícil sentir algo que parece simples: a paz. São tantas guerras, brigas entre outras circunstâncias que tem nos causado angústia e aflições.

Claro que não podemos nos esconder dessas situações, afinal, o Senhor nos disse que passaríamos por momentos difíceis, mas Ele também nos aconselha em Sua Palavra a termos bom ânimo (João 16:33). Através de Filipenses 4:7, podemos crer que em Jesus recebemos a paz que excede todo o entendimento. Em Romanos 5:1, o apóstolo Paulo afirma que, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo.


 
Então, nesse dia eu te convido a orar comigo por essa paz que é prometida nas Sagradas Escrituras.


 
Lembrando que você não precisa repetir a oração exatamente como vou deixá-la aqui, até porque cada um de nós tem uma forma específica de se comunicar com o Senhor. Mas se quiser me acompanhar, será um prazer. Sinta-se à vontade para falar do seu jeito.

Oração
“Senhor meu Deus e Pai, Te agradeço por mais essa oportunidade de estar na Tua presença, por mais esse fôlego de vida que nos concedeu hoje. Obrigada também porque sei que as suas misericórdias se renovaram mais uma vez.

Espírito Santo, pedimos que venha tomar nossos corações, tirar todas as emoções embaraçosas, ansiedades, tristezas, desânimos e substituí-las pela paz que excede todo entendimento.


 
Sabemos que a Tua paz permanece em nós, independente das circunstâncias serem difíceis. Humanamente tudo por de ir bem, mas sem a Tua presença e o Teu consolo é impossível termos paz. Porque somente o Senhor é a fonte de todo o descanso. Queremos caminhar contigo para que tenhamos calma e bom ânimo, mesmo diante dos maiores desafios.

Temos tido dias difíceis, mas cremos que a Tua paz virá nos envolver e nos acalmar nesse dia.

Oramos a Ti, no nome poderoso de Jesus,

Amém.”

Graça e paz, 

Ana.


IGREJA DE CRISTO OU SOCIEDADE SECRETA?

IGREJA DE CRISTO OU SOCIEDADE SECRETA?

Sobre este tema, HÁ TEMPOS que O MESMO GRITA DENTRO DE MIM.
 Tenho reparado as nossas igrejas neopentecostais, e muito me espanto porque eu não vejo mais, semelhança com a igreja primitiva, fundada por Jesus e os seus apóstolos. Não consigo encontrar semelhança entre a nossas igrejas atuais ( contemporâneas) e a igreja primitiva observo que as nossas Igrejas se assemelham, ou melhor, se parecem mais com uma sociedade secreta do que uma casa de oração. Aquela profetizada e defendida por jesus. (Lc. 19,45-46: Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: “Está escrito: a minha casa será casa de oração. Mas vocês transformaram-na em abrigo de ladrões”).
 A mesma que Jesus defendeu no templo,  Quando ali confirmou uma profecia. Pois a mesma estava a ser transformada em uma casa de negócios, (comércio). 
Talvez você agora me pergunte, mas porque você está a ter essa visão porque você está a dizer que a casa do senhor a igreja de hoje, mas parece uma sociedade secreta e não uma casa de oração? 
Tão somente porque nós que deveríamos andar na contra mão do mundo estamos a andar de mãos dadas com o mundo.
 a igreja foi edificada para andar na contra mão do mundo, mas não é o que temos acompanhado nos meios de comunicação.
 A igreja de hoje não está a andar na contra mão do MUNDO, ela não está a remar contra maré ela está a remar a favor da maré, porque é mais fácil.
CRISTO falou que não seria fácil que teríamos aflições (João 16:33) haveriam as lutas, porque desde o momento que confessamos a fé em Cristo nós passamos a remar contra a maré.
 a letra do hino de Thalles Roberto nos diz: "todo o dia o pecado vem e chama" diariamente o mundo vai nos oferecer as suas riquezas, suas oportunidades, suas facilidades com o intuito de nos afastar do caminho da salvação, mas cabe a nós (igreja), renunciar. 
Evangelho é renúncia, renunciar denota mudança de atitude, que configura andar na contra mão do mundo, ser cristão é ser diferente, Veja bem: ser diferente não é se achar melhor que ninguém.
o leme está nas mãos da igreja, o cajado está nas mãos dos pastores (anjos da igreja) e o nosso dever é remar contra a maré ( pecado, lutas, aflições, carnalidades, etc.) A igreja de Jesus precisa voltar às suas raízes. Trazer a memória o primeiro amor, lembrar de onde caiu, voltando ao primeiro amor só assim vai se assemelhar a Cristo e ser diferente do mundo.
Agora uma observação muito importante: se eu não estou a remar contra a maré, se eu não estou a ser aquela casa de oração, se eu não estou a ser aquela igreja que Jesus defendeu, sou semelhante a uma sociedade secreta.
Uma sociedade secreta, tem os seus grupos (os seus adeptos, simpatizantes).
Uma sociedade secreta não pode nem ser chamada  e nem ser considerada, igreja ou religião.
 porque? Sabemos que desde o momento que não se confessa a fé em CRISTO, mais sim, as coisas deste mundo cujo deus é o diabo. Se configura uma seita, ainda que aparentemente eles digam que não seja.
O que acontece dentro de uma sociedade secreta?
 Uma sociedade secreta  cultiva o seguinte pensamento: que o conhecimento ou a descoberta daquela sociedade só cabe aos seus membros   porque eles não acreditam que aqueles que não fazem parte da sociedade conseguiriam entender ou seriam capaz de compreender o que acontece no âmago daquela sociedade. 
Dentro de uma sociedade secreta existem  vários degraus,  níveis a serem conquistados.
 Nessas sociedades não tem pastor, presbítero, diácono, auxiliar de trabalho. E sim sócios, associados que fazem parte daquele corpo. para que o associado tenha conhecimento daquilo que acontece de fato e de verdade dentro daquela sociedade secreta, terá que alcançar o nível máximo,  enquanto ele for iniciante um (novato) muitas coisas no início lhe serão ocultas. Ele não terá conhecimento do que acontece no nível mais avançado.
 Exemplos de algumas sociedades secretas.
1. Ordem dos Templários
2. Maçonaria
3. Illuminati
4. Opus Dei
5. Skull and Bones
6. Rosacruz


os ensinos praticados nessas sociedades, ferem os ensinos de Jesus.
 Partindo desta pesperctiva é que hoje olho para dentro das nossas instituições, (denominações) Chamada igreja consideradas como evangélicas que tem como regra de fé e prática ( a bíblia sagrada). 
A igreja de Jesus Cristo edificada na terra com raízes em CRISTO precisa observar e tomar muito cuidado para não perder a sua identidade, porque desde o momento que perdermos a nossa identidade deixaremos de existir como igreja.
Hoje não consigo mais enxergar e sentir o perfume, a essência da igreja primitiva, igreja que se preocupava com as viúvas, com os pobres, igreja cristocêntrica pela qual Jesus pagou o preço morrendo na Cruz. Uma dívida que não pertencia-lhe, mas ele assumiu como sendo sua e morreu, pagando a dívida. Quando olho para essa igreja atual que Jesus pagou o preço não consigo enxergar a igreja de Jesus a igreja primitiva a Eclésia de Cristo  porque percebo muita semelhança com o mundo.
Ser igreja e ser diferente, é confrontar o pior de nós, ( Gálatas 2:20) hoje as nossas igrejas parecem mais casas de entretenimento.
 Ser cristão agora tornou-se sinônimo de profissão, e não de vocação.
 Adesculpa mas usada é: " todo o obreiro é digno do seu salário".
a palavra de Deus tem sido usada em benefício próprio, pelos mal-intencionados quando na verdade deveria ser usada com o único propósito, "ganhar almas" (Marcos 16:16)
Quantos estão a enriquecer com a desculpa de estarem a fazer a obra de Deus, com a desculpa de estarem a cumpri um chamado? 
Muitos, É a resposta...
Salvação, amor ao próximo visitação aos enfermos, evangelismos deixou de ser prioridade. Hoje quando se faz, tiram fotos para postar nas redes sociais, porque se não tiver espectadores e curtidas, não tem graça. Misericórdia!!
Eu sei meus amados que tudo isso a palavra já tinha previsto, e a mesma não mente, mas fica o despertamento, não podemos nos contaminar, vender a nossa primogenitura, Oque Deus tem preparado para os que vencerem e muito maior. (Apocalipse 2:10 Nada temas das coisas que há de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.)
lembre-se meus amados, jesus não se contaminou, não se vendeu, remou contra a maré, permaneceu fiel até o fim, jesus não negociou os seus princípios. Amados existem coisas no reino de Deus, que são inegociáveis. 
Está na hora de acabarmos com as facções nas igrejas, grupinhos dos mais e dos menos espirituais. A impressão que tenho é cada  um tem um Deus diferente do outro, estamos a nos enganar, pensando estar fazendo a obra de Deus, mas não, Deus não habita no meio de confusão,  de pessoas egocêntricas que olham as outras de cima, ou que se acham juízes um dos outros.
pregamos amor, e não amamos, pregamos, koinonia mas não vivemos uma unidade, a palavra nos ensina que todo Reino dividido entre si não subsiste. Enquanto a igreja não entender que ser igreja é ser diferente, não fará a diferença, a nossa missão enquanto igreja é agradar a Deus a cima de tudo, e não andar de mãos dadas com o mundo.
Diácono Luiz Claudio Gomes.
Deus te abençoe.

Líder; o Que te Faz Diferente?


Liderança
Líder; o Que te Faz Diferente?
Juízes 11:6 "e lhe disseram: Vem, sê o nosso chefe, para que combatamos contra os amonitas"

A história do versículo acima é interessante pelo fato de que Jefté não era originalmente desejado por aqueles a quem ele, eventualmente, liderava. Jefté era filho de uma prostituta. As pessoas em sua cidade natal não queriam ele, porque ele representava algo para o qual não queriam ser conhecidos. No entanto, as Escrituras dizem que Jefté era um "homem valente". Este atributo de Jefté, acabou por ser a chave que o levou a ser desejado pelo seu povo.

Os amonitas declararam guerra contra Israel, e Israel não tinha ninguém para liderá-los. É surpreendente que a pessoa que veio à mente deles foi Jefté. Embora originalmente o expulsaram porque ele era filho de uma prostituta, agora queriam ele, porque ele tinha algo que eles precisavam. O atributo do seu valor é o que levou essas pessoas a querer a sua liderança.

Este é um dos maiores segredos da vida. Não importa qual é a sua origem, você pode levar as pessoas a segui-lo se você tiver algo que elas precisam. 

Quando você tem algo diferente do que todos os outros, então, isso fará com que as pessoas queiram conhece-lo. Se você sabe algo que alguém não sabe, e algo que eles querem saber, então eles vão permitir você liderá-los para que você possa ensinar-lhes o que eles não sabem. Se você conhece alguém que as pessoas querem conhecer, então elas vão permitir você liderá-los para que eles possam conhecer essa pessoa também. Se você tem algo que as pessoas querem ter, então, eles irão segui-lo para que eles possam saber como obter o que você tem. Esta é uma das maiores coisas que divide as pessoas e organizações bem-sucedidas; eles têm algo que os outros gostariam de ter.

Por que as pessoas devem ir à sua igreja? O que faz a sua igreja tão diferente das outras? Só porque você tem uma igreja e defende a verdade não significa que as pessoas irão; no entanto, elas irão, se há algo diferente sobre a sua igreja que elas gostariam de ter. 

Eu não estou falando de comprometer o que você acredita, mas deve haver algo que se destaca sobre a sua igreja que atrai as pessoas a ficar. Sua amabilidade deve ser mais amigável do que qualquer outra igreja na cidade. Seus sermões e lições de escola dominical deve ser mais útil e relevante do que qualquer outra igreja na cidade. Seu espírito deve ser mais feliz e mais atraente do que qualquer outra igreja na cidade. Quando a sua igreja tem algo que as outras igrejas não oferecem, então você vai ver que as pessoas vão querer ir à sua igreja.

Além disso, se você pessoalmente oferecer algo que os outros não podem oferecer, então eles vão permitir que você os lidere. Se você aprender a aumentar o seu conhecimento em muitas áreas, então você descobrirá que você teria conhecimento de que outros não oferecem. Se você aperfeiçoar uma habilidade, então você vai descobrir que você tem algo que os outros não oferecem. Se você tiver uma grande atitude que faça com que os outros querem estar a sua volta, então você vai ver que as pessoas vão querer segui-lo. A chave para o progresso em qualquer área ou ministério é ter algo que os outros querem para que eles possam segui-lo.

Eu desafio você a não se contentar com o status quo. Eu desafio você a adquirir algo em sua igreja, ministério, casamento e personalidade que outros não têm. Se é algo que você sabe, ou alguém que você conhece, ou algo que você tem, é isso que faz com que as pessoas queiram segui-lo. Toda a razão para levar as pessoas a segui-lo é ser capaz de apontar mais pessoas para Cristo. Comece sua viagem hoje para adquirir algo que os outros não têm, porque isso lhe permitirá levá-los a se tornar o que Cristo quer que eles se tornem. 


O poder do toque de Deus

   
O poder do toque de Deus
ABRIL 21, 2022
AMOR, BIBLIA, ENTREGA, ESPÍRITO SANTO, RELACIONAMENTO COM DEUS, TOQUE DE DEUS
Eu estava estudando esses dias sobre o livro de Daniel e encontrei uma passagem que chamou minha atenção.

A imagem principal desta mensagem era a intensidade do toque leve de Deus. Meio contraditório, né? Mas eu vou explicar.

A busca incessante
Em Daniel 10:10 o profeta diz: “E eis que certa mão me tocou, e fez com que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos“.

Essa passagem refere-se ao toque que Daniel recebeu do mensageiro que foi enviado por Deus.


 
A frase “Me tocou” nos faz pensar em algo sereno. Mas o significado é muito maior! O toque de Deus nele, através do mensageiro, foi tão intenso, tão poderoso, que fez com que, trêmulo, Daniel se ajoelhasse e se apoiasse sobre suas mãos. A própria visão extraordinária que Daniel havia recebido antes desse toque já havia feito os demais homens se esconderem, enquanto ele permaneceu sem forças, quase desfalecido, com o rosto no chão.


 
Não me entenda mal. Deus é um Pai doce e amável, mas o toque d’Ele é poderoso. Por mais suave que pareça, é impetuoso e não deixa nada em pé. Daniel diz no versículo 8 que não havia sobrado força alguma nele.

Mas eu vou sentir esse toque?
Deus tinha dado uma visão a Daniel, e ele foi o único a ter acesso a ela naquele momento.

“Somente eu, Daniel, vi a visão; os que me acompanhavam nada viram, mas apoderou-se deles tanto pavor que eles fugiram e se esconderam. Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci.” – Daniel 10:7-8

O Senhor precisava de uma voz para que sua mensagem fosse passada adiante e Daniel, um homem de oração e fé, que já buscava e O adorava de dia e de noite, foi o escolhido para isso. O mensageiro afirmou no verso 12: “Deus ouviu a sua oração desde a primeira vez que você se humilhou na presença dele a fim de ganhar sabedoria. Eu vim em resposta à sua oração”.


 
Daniel clamava por discernimento e humilhava-se na presença do Senhor. O mensageiro que o tocou foi resposta de sua oração. Da mesma forma, se clamarmos e buscarmos, também poderemos experimentar do poderoso toque de Deus.

Isso pode assustar
Como lemos, no verso 7, Daniel diz: “…mas apoderou-se deles tanto pavor que eles fugiram e se esconderam.” 

As pessoas próximas a ele tiverem medo por não compreenderem de fato o que era aquilo. Quando Deus entra em nosso ser, Ele antes nos esvazia de nós mesmos para que possa caber cada vez mais dEle. Daniel precisou perder suas forças, seus sentidos e quase desfalecer (Dn. 10.8-9) para que tivesse acesso ao toque e à poderosa mensagem do Senhor.


 
Daniel já buscava no Senhor um verdadeiro transbordamento de sua alma. Por isso, ele ficou e confiou no que Deus estava prestes a fazer. Aquele toque era familiar para ele. Ele já conhecia aquela voz.

Para concluir…
Você tem se preparado para Deus encher cada vez mais seu ser? Entenda a necessidade de orar e buscar para que isso não te amedronte. O toque forte e leve dEle deseja te encontrar todos os dias e, mesmo que Ele te esvazie de sua própria força, a força dEle tomará conta de você. 


A essência de Deus em mim!


Tema: 

A essência de Deus em mim (o perfume de Deus em mim).

Introdução:
quando chegamos perfumado num ambiente é notório a perceção das pessoas. Da mesma forma a presença de Deus em nós servos do senhor deve exalar o seu perfume. O ambiente com a presença do cristão não pode ser, considerad um ambiente comum.
A presença de Deus em nós tem que impactar, transformar o ambiente. A ponto das pessoas falarem:
esse é um homem de Deus. Lembra da sunamita?

2 Reis 4:9 E ela disse a seu marido. Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.

As características do homem de Deus.

Características é o que define um adorador mostra as suas qualidades

Benefício é o quê ofereço como cristão (crente) como adorador, servo do senhor.

Quais são as características do homem de Deus?

Primeira característica:

 Apresentar-se a Deus como obreiro aprovado.
2 Timóteo 2:15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
 
Segunda característica:

 que sabe manejar a palavra da verdade. (2Timóteo 2:15b) procura crescer na graça e no conhecimento (Lucas 2:40).

terceira característica:

 Tem intimidade com a palavra o (famoso crente, Bíblia).

Quarta característica:

exercita a oração como hábito diário.
Exemplos de homens de oração:

 Moisés êxodo 34:33 A face brilhava

Daniel orava três vezes ao dia 

Daniel 6:10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
 
Quinta característica:

Os servos do senhor que assim procedem sempre tem suas orações ouvidas.

Daniel 10:12 Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.

como ter a mente transformada?



Romanos 12:2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
 
Transformação da vossa mente,Oque a palavra (bíblia sagrada) quis dizer?
Seria possível o homem não pensar mais no pecado?
Seria possível nos esquecermos do passado?
Quando nos referimos a mente temos como pano de fundo as nossas memórias,
Falo sempre que o nosso intelecto formado, por memórias boas e más. as nossas experiências,estão alicerçadas e embasadas nas nossas memórias.
Porque tudo que ouvimos e vemos daqui alguns minutos se transformaram em memórias,
Baseados nisso teríamos que transformar ou esquecer as nossas memórias para termos as nossas mentes transformadas?
Como ter a mentes transformada, se não conseguimos apagar as nossas memórias, que nos prendem no pecado, ou lançá-las no esquecimento, assim como o nosso senhor quando nos arrependemos e confessamos-lhe os nossos pecados?
Uma solução eficaz, seria perdermos a memória, mas isso não queremos porque seria, retornamos a imaturidade.
Ou não tornar tal pensamento dominante, como assim? o senhor (a) talvez esteja se perguntando.

Vou dá um exemplo simples; quando perdoamos aqueles que nos machucaram, nos traíram, etc.. No início apesar de termos liberado o perdão, aquele sentimento mau, ainda vai nos incomodar. Só com o tempo, esse sentimento mau tende a diminuir, a ponto de não nos dominarem mais. Precisamos entender que ter uma mente transformada não é do dia para noite, nossa libertação, e toda a transformação, de todo crente lavado e remido no sangue de Jesus, precisa sofrer uma metanoia.

sofrer uma metanoia não é ter a mente apagada, ou perder a memória. Ter a mente transformada é: não ser, mas dominado (a) pelo passado de pecados.


Diacono: Luiz Claudio Gomes.

O Lugar Secreto

   
O Lugar Secreto
ABRIL 18, 2022
DEVOCIONAIS, LUGAR SECRETO
É bem provável que você tenha ouvido falar da expressão “lugar secreto”. Até mesmo quando somos crianças nós temos lugares que consideramos seguros e escondidos, e, quando se trata de nossa vida com Deus não é muito diferente.

Deus, eu e o Lugar Secreto
Quando vamos para a Bíblia o Senhor é bem claro conosco:

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

Mateus 6:6
O “ir para o quarto” e orar é o nosso Secreto, o lugar que temos para desenvolvermos intimidade com Deus. É também o nosso Lugar Seguro, no qual podemos descansar e sermos nós mesmos. Diante do Pai podemos mostrar o nosso pior lado, pois sabemos que Ele irá cuidar de nossas feridas.

No secreto podemos abrir nossos corações
A Palavra diz que:

 Jesus retirava-se para lugares solitários e orava.

Lucas 5:16
Ou seja, Ele também tinha seus momentos no Secreto com o Pai.

Quando Cristo foi para o Getsêmani (Marcos 14:32-36), ele estava triste e angustiado. Estava próximo o momento em que Ele enfrentaria a cruz. Ele afastou-se dos discípulos, prostou-se e com o rosto em terra orou ao Pai. Ele pediu que, se possível, fosse afastado dele aquele momento de dor. Em uma situação tão dura, na qual se aproximava o pior momento de sua vida, Jesus foi para um local onde pudesse ter um tempo de oração a sós com Deus.


 
Diante do Pai o Filho não escondeu seu desejo de não passar por aquele sofrimento. Da mesma forma, quando nós estamos diante de Deus podemos expor nossas fraquezas, fragilidades e o que sentimos. Talvez por isso que temos tanta resistência em ficar no silêncio com Deus. No Secreto ficamos com Aquele que enxerga o mais profundo dos nossos corações e intenções.

O Salmista fala sobre isso no capítulo 139:1-4 – Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor.


 
Mas como é maravilhoso que o nosso Pai nos conheça de forma tão profunda. Porque é Ele quem pode nos relevar condutas que precisam ser transformadas e nos guiar pelo caminho eterno. O salmista encerra o capítulo 139 justamente dizendo: “vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.

Conclusão
O Secreto é um lugar de estarmos com o único que nos conhece de forma tão profunda e que é capaz de nos transformar e nos guiar pelos melhores caminhos da vida. Por isso, nesse dia, separe um momento para estar no Lugar Secreto. Se puder fazer isso agora mesmo, desfrute da presença do Pai.

Deus te abençoe,
Ana.


AdultosLição 04: Resguardando-se de Sentimentos Ruins | 2° Trimestre De 2022 | EBD – Adultos


AdultosLição 04: Resguardando-se de Sentimentos Ruins | 2° Trimestre De 2022 | EBD – Adultos
Lição 04: Resguardando-se de Sentimentos Ruins | 2° Trimestre De 2022 | EBD – Adultos
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TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo (Mt 5.22)

VERDADE PRÁTICA
A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 5.21 Um mandamento que preserva e sacraliza a vida
Terça – Mt 5.22 O verdadeiro alcance do sexto mandamento
Quarta – 1 Jo 3.15 Quem aborrece o seu irmão é homicida
Quinta – 1 Jo 4.20 Quem diz amar a Deus, mas aborrece seu irmão, é mentiroso
Sexta – SI 66.13-20 Entregue a sua oferta com um coração puro
Sábado – 1 Co 6.1,5 Os cristãos devem ter maturidade para resolver as desavenças

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.21-26
21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 – Eu, porém , vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.
23 – Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 – deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
25 – Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
26 – Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.

Hinos Sugeridos: 35,4.2,4.6 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

A presente lição mostrará que o Evangelho do Senhor Jesus tem uma dimensão moral muito bem delimitada. Nesse sentido, essa dimensão moral não abre margem para que sentimentos hostis ao Evangelho façam parte da vida interior do crente. Veremos que evitar a cólera é uma atitude sábia para evitar pecados trágicos como o do homicídio.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor que o Evangelho não é Antinomista;
II) Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio;
III) Correlacionar o ato de ofertar com a desavença.
B) Motivação: Muitas pessoas praticam ações trágicas por causa dos atos precipitados e impensados. Se houvesse uma pausa, ou se desviasse o pensamento por alguns instantes, o mal não ocorreria. As consequências da cólera, da ira estão por todos os lados: trânsito, banco, filas de espera etc.
C) Sugestão de Método: Selecione cenas de agressividade no trânsito ou numa fila. Apresente essas cenas em classe e solicite os alunos que as analisem. Pergunte-lhes se vale mesmo a pena desperdiçar energia com coisas que, geralmente, uma boa e educada conversa resolveria. Contraste sempre essas cenas com os valores opostos que a lição apresenta.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ao final da aula, solicite aos alunos a realizarem uma autoanálise. Como tem sido o comportamento no trânsito? Quantas vezes no dia eles perceberam a presença do sentimento de ira ou da cólera? Eles têm consciência de que esses sentimentos fazem mal à saúde emocional? Por que no lugar dessas emoções ruins e pesadas, não cultivar sentimentos nobres da Palavra de Deus?
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O auxílio localizado ao final do segundo tópico traz um aprofundamento da questão tratada no tópico a respeito do sentimento da raiva;
2) O texto que encontra-se ao final do terceiro tópico é uma proposta que pode auxiliar você na aplicação da lição, pois ele revela as dimensões práticas que o seguidor de Jesus deve observar na caminhada cristã.

INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos com o Mestre Divino que o Evangelho não é antinomista (a partir da explicação desse conceito), que a cólera é a antessala do homicídio e que para de ­ votar na nossa vida a Deus, precisamos nos reconciliar com o próximo. Veremos que o nosso Senhor colocou em alta conta o valor da pessoa humana e, por isso, a seção bíblica de Mateus 5.21-26 será o objeto de nosso estudo.

Palavra-Chave: SENTIMENTO

I- O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA
1- O que é Antinomismo? A palavra nos fornece a própria definição: constituída do grego Anti, que quer dizer “contra”; e nomos, “lei”; diz respeito a tudo contrário à lei, normas e regras. A palavra traz a ideia de que os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento. Defensores antinomistas dizem que a Lei não teve origem em Deus Pai e que, por isso, ela deve ser rejeitada. Há os que dizem que Deus havia determinado por decreto a existência do pecado, de modo que jamais se pode evitá-lo, por isso, não há razão para a existência da Lei. Por fim, outros ainda defendem simplesmente que a Lei é opostar ao Evangelho. Entretanto, veremos que esse ensino violam as Escrituras que o Antinomismo é um desvio da Palavra de Deus (Rm 6.15,16).

2- A Lei e o Evangelho. Conforme visto na lição anterior, Jesus não desprezou a Lei. Em Mateus 5.21 vemos claramente isso. A expressão “Ouvistes o que foi dito aos antigos” aponta para uma retrospectiva de um ponto da Lei de Moisés. Diferentemente dos escribas e fariseus, nosso Senhor deu ênfase à autoridade da Lei e revelou a real intenção de Deus presente nela. Atente para o mandamentos “Não matarás” (Êx 20.13). Enquanto os escribas e fariseus interpretavam esse mandamento de maneira restrita ao ato literal de matar uma pessoa, nosso Senhor o ampliou e aprofundou, demonstrando que o homicídio tem início no coração do ser humano a partir da ira, do ódio, da cólera (cf. M t 5.22).
 
3- Legalismo x Antinomismo. O legalismo é uma atitude que se concentra na observância e prática rigorosa das leis com o elemento determinante para uma comunidade alcançar o favor de Deus. Por outro lado, o antinomismo rejeita todo tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar. Assim, o legalismo foi refutado duramente pelo apóstolo Paulo (Fp 3.3-4 ), e o antinomismo fere de morte a vocação dos cristãos para a santidade (Rm 1.7; 1 Pe 1.15,16). Como amamos todo o conselho de Deus revelado nas Sagradas Escrituras, afirmam os que os princípios morais divinos revelados na Bíblia, a Palavra de Deus, são atemporais, válidos em qualquer época e cultura. E, por isso , o cristão fiel à Bíblia tem cuidado tanto com o legalismo quanto com o antinomismo.

SINOPSE I
O Evangelho Não é antinomista, isto é, ele tem normas, regras e limites claros. O Evangelho também não é legalista, isto é, não está preso a observâncias rigorosas de datas, dietas e ou­tras práticas religiosas, esperando algum favor divino.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
O que o antinomismo alega? “Alegam os antinomistas que, salvos pela fé em Cristo Jesus, já estamos livres da tutela de Moisés. Ignoram, porém, serem as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrusta na alma de Adão. […] Todo crente piedoso observar [as ordenanças morais da Lei]; pois Cristo não veio revogá-las; veio cumpri-las e sublimá-las.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Teológico, editado pela CPAD, p.51.

II- A CÓLERA É 0 PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO
1- Jesus e o sexto mandamento. Jesus não anulou o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de homicídio no coração, com o bem afirmou o apóstolo João : “ Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3.15). Não é por acaso que o verbo “irar” no grego, em Mateus 5.22, é orgizo, que significa provocar, incitar a ira, estar zangado, estar enfurecido. A fúria e a ira de Caim o levaram a cometer o primeiro homicídio contra o próprio irmão (Gn 4.5,8). Portanto, o sexto mandamento não envolve apenas um a sanção penal, mas elementos mais profundos como palavras, emoções, insultos e outras ações que se antecipam ao homicídio.

2- A cólera no contexto bíblico. Tanto o salmista quanto o apóstolo Paulo escreveram que um servo de Deus pode irar-se, mas não deve pecar (Sl 4.4; Ef 4.26). A ira é uma emoção humana. Por isso, na Bíblia, vemos pessoas justas se irando contra o pecado, contra os atos desumanos, contra o desrespeito à Palavra de Deus (Os 4.1-3). Nosso Senhor manifestou ira contra os que faziam do templo um “covil de ladrões” (Jo 2.13-17). Entretanto, a ira não pode nos controlar e devemos examinar se ela provém de um espírito reto, de um coração puro, ou se é um a obra da carne, do tipo pecaminosa, orgulhosa, odiosa e vingativa (Gl 5.20). O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).

3- O valor da pessoa humana. Em Mateus 5.21,22 Jesus enfatizou o valor da pessoa humana. Por isso, chamar alguém de raca, que significa inútil, cabeça oca e vazia, é uma ofensa grave, igualada à blasfêmia. Ou chamar o outro de “louco”, do grego móros, que significa ímpio, incrédulo, é uma conduta moralmente desprezível. Observe que, para quem manifestasse esses tipos de comportamentos, o fim era se tornar réu do Sinédrio e receber a condenação para o fogo do Inferno, do grego Geena, respectivamente. Nesse sentido, nosso Senhor mostra que não só peca quem comete um homicídio, mas igualmente os que nutrem a cólera, o ódio e o rancor no coração. A vida humana tem um valor sagrado. Por isso, o patrão deve tratar bem o seu empregado e este, consequentemente, deve respeitar o patrão; o irmão não pode fazer acepção de pessoas para com o outro irmão, quer por causa da cor da pele, quer por diferenças econômicas, pois como o apóstolo Pedro disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” (At 10.34).

SINOPSE II
A cólera é o primeiro passo para a prática do homicídio

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A verdadeira batalha pela lei do Reino não está nas simples ações externas ou efetuação de movimentos, pouco importando quão detalhados sejam; antes, a batalha é ganha ou perdida no coração, onde reside a vontade. […] A maioria dos pecados é premeditada; requerem-se ações anteriores e às vezes drásticas para evitar que a semente dê raiz e produza uma colheita amarga. Assim, os remédios de Jesus parecerão extremos, mas a malignidade tem de ser isolada e removida o quanto antes, para que haja uma melhor chance de recuperação. A prevenção é suprema. […] A proibição no versículo 21 não é a matança em geral, mas assassinato, matança que é contrária à lei. Jesus intensifica a lei indo ao âmago da questão: a vontade humana. O assassinato começa com a raiva; a pessoa tem de lidar com a raiva a fim de evitar o assassinato” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.45).

III- A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA
1- A oferta do altar. Em Mateus 5.23.24, Jesus se dirige aos discípulos e faz com que cada um examine a si mesmo, pois um servo do Senhor não pode ofertar no altar com um coração cheio de ira e rancor. Afinal, dizer amar a Deus, mas odiar o irmão é cair na mentira (1 Jo 4.20). Para o judeu, ofertar era um ato sagrado e tal atitude fazia-o reconhecer a bondade de Deus para com ele (Gn 4.3,5; Êx 25.2; Lv 1.2 ; SI 66.13). Nesse sentido, o Senhor Jesus valorizava esse ato. Entretanto, não adiantava reconhecer a bondade de Deus, mas não se reconciliar com o irmão . Cabe ressaltar que o verbo grego para “reconciliar”, é diallassô, que significa mudar a mente de alguém, renovar a amizade com alguém. Ele é encontrado no Novo Testamento apenas uma vez, em Mateus 5.24. Portanto, o ensinamento de nosso Senhor é claro: não há relacionamento correto com Deus sem relacionamento verdadeiro com o irmão.

2- Evitando a desavença. Os versículos 25 e 26 de Mateus 5 têm relação com os versículos 23 e 24, mas uma conotação diferente: os versículos 23 e 24 dizem respeito à adoração; os 25 e 26 dizem respeito ao processo legal. Ambos, porém, procuram advertir os discípulos quanto ao problema da desavença entre irmãos. Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal. Naquela época, quando a pessoa era sentenciada, pagaria até o último kodrantes (de origem latina), que significa quadrante (aproximadamente quarta parte de um “asse” ), a menor moeda de cobre romana, valendo cerca de um quarto de um centavo. Nosso Senhor, portanto, nos convida a sanar as desavenças entre nós e, assim, preservamos o bom testemunho. Atentemos para a reflexiva indagação do apóstolo Paulo: “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos? […] Não há, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?” (1 Co 6.1,5).

SINOPSE III
Antes de ofertar, o seguidor de Cristo deve reparar qualquer tipo de desavenças.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“[Mateus] 5.23,24 – Relações rompidas podem dificultar o nosso relacionamento com Deus. Se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um amigo, devemos solucionar o problema o mais breve possível. [Mateus] 5.25-26 – Na época de Jesus, uma pessoa que não pudesse pagar sua dívida era lançada na prisão até que o pagamento fosse efetuado. A menos que alguém pagasse a dívida por ela, provavelmente morreria ali. É um conselho prático para solucionarmos as diferenças com os nossos inimigos, antes que a ira deles venha a causar-nos maiores dificuldades (Pv 25.8-10 ). Você pode não entrar em uma discordância que leve aos tribunais, mas até os pequenos conflitos podem ser mais facilmente resolvidos se as pazes foram feitas logo. Em um sentido mais amplo, esses versículos nos aconselham a agir rapidamente, procurando ter a paz com os nossos semelhantes, antes que sejamos obrigados a apresentar-nos perante Deus” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio Janeiro : CPAD, 2004, p.1225).

CONCLUSÃO
Como servos de Cristo que vivem os as verdades do Evangelho, não deixemos que pensamentos, palavras e ações firam o nosso próximo, nem deixemos que as desavenças tornem-se disputas entre nós. Em caso de desavenças e desentendimentos, à luz das Escrituras, deve-se reconciliar-se imediatamente, seguir em paz com todos (Hb 12.14), pois é isso que o nosso Deus desejou quando escreveu: “Não matarás!”


REVISANDO O CONTEÚDO
1- Que ideia a palavra Antinomismo traz? A palavra traz a ideia de que os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento.
2- O que o Antinomismo rejeita? O antinomismo rejeita todo tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar.
3- O Senhor Jesus anulou o sexto mandamento? Jesus não anulou o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de homicídio no coração.
4- Qual o imperativo bíblico para a ira? O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).
5- Qual o ensinamento de nosso Senhor quanto à desavença? Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal. É preciso sanar as desavenças entre nós e, assim, preservar os bom testemunho.

DESPERTA TU QUE DORMES




Hoje foi um dia de indagações; pois eu me perguntava aonde iremos chegar?

Qual será o futuro da igreja?

E após assistir, o filme intitulado: "o homem de Deus" reforçou e tornou mais latente em mim, os pensamentos que desde cedo permeavam a minha mente. tenho observado o evangelho que tem sido pregado atualmente, muito focado nas coisas materiais (dinheiro, carros, casas na praia, terrenos, etc.. ) não tenho nada contra até porque a palavra prometeu-nos comer o melhor desta terra. (Isaías 1:19 Se quiserdes e ouvirdes-me, comereis o melhor desta terra).

Mas não estaríamos a colocar os carros na frente dos bois? Enaltecendo em demasia os bens materiais e menosprezando oque é importante, fundamental e indispensável?
Para a sobrevivência da igreja na terra? Veja bem: eu que corro atrás das bençãos ou é elas que correm atrás de mim?"

(Deuteronômio 28:1 Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos:).

Não ouvimos mais pregações como as que pregava," Billy Graham" uma mensagem cristocêntrica (tendo jesus como centro).


Não ouvimos mais nos nossos púlpitos mensagens de salvação, libertação, renuncia. Será que é porque esse tipo de pregação não agrada?

Será que é porque esse tipo de mensagem não massagea o ego da igreja?

Ou é porque a verdade perdeu o valor para a igreja de Cristo? (João 8:32).

Quando penso em tudo isso, lembro das palavras do livro que estou a ler: "o evangelho que Paulo não pregaria".

Pense comigo: oque os mártires da igreja primitiva pensariam do evangelho que tem sido pregado nas nossas igrejas atualmente?

Se pararmos por alguns minutos para meditarmos na palavra de Deus (bíblia sagrada) veremos que antes de tudo, sempre vem a responsabilidade do homem para com Deus, Deus sempre em primeiro lugar, adorar a Deus a cima de tudo.

Deus tem sido adorado acima de tudo?

Hoje a impressão que dá, é que o dinheiro tem sido mais adorado nas igrejas, do que o próprio Deus. Fala-se, mais em dinheiro e muito pouco de salvação, Deus não condena a riqueza, ele condena o amor a riqueza. A impressão que tenho, é que enquanto muitas igrejas enriquecem, o número de pessoas pobres e miseráveis aumentam nos seus bancos, pastorear não é mais sinónimo de vocação (chamada) pastorear agora é profissão, misericórdia!
pastores saem das suas igrejas em carros importados e luxuosos ENQUANTO os seus membros encontram dificuldades para pagar até a condução de ida e volta para igreja. Fazendo agora uma retrospectiva na minha cabeça lembrei-me de quando estava no mundo e voltava para casa de madrugada e via irmãos pedindo dinheiro na rua para voltar para casa, porque não tinha com que pagar a passagem de volta, e lembro-me de um amigo que me falava, que aqueles irmãos, vinham para o culto de uma determinada igreja que não vou citar aqui por motivos de ética, davam a passagem de oferta e ficavam sem o dinheiro da volta e muitas das vezes eram casais com crianças pequenas. 
Oque dá para perceber, nas pregações que ouço na TV, é que pobreza e sinal de maldição. ser pobre nunca foi sinônimo de maldição, a única pobreza que eu considero maldição é a espiritual.
Pessoas passam tanto tempo lutando para enriquecer, que esquecem dos filhos família e de Deus. E quando enriquecem (uma pequena minoria) não tem paz. Porque paz verdadeira só encontramos em jesus! Agora a pergunta que não quer calar de quem é a culpa?
Dos pregadores?
Ou das pessoas que se prestam a ouvi-los?
Porque se pregam é porque tem quem ouça, a verdade, é que não são poucos.
A palavra nos ensina: ( João 5:39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.)

Acorda igreja; jesus está as portas.
Fuja desse evangelho enganoso, antibiblico, não fique se alimentando de bolotas. Evangelho é amor, evangelho é união, evangelho é comunhão, ainda dá tempo de acordar, estamos a voltar a idade média, semelhantes a igreja católica, pregando indulgências.
( As indulgências consistiam na remissão completa dos pecados cometidos por um indivíduo através de pagamento monetário, teoricamente calculado com base na posição social e cada pecado que deveria ser perdoado (vendedo salvação). 
Parece que estamos a avançar entretanto não. Estamos a regredir, Hoje se o pregador não entregar visões e revelações a mensagem não tem valor para a igreja, misericórdia!
A igreja está doente precisa acordar, se não vai entrar em coma.
Infelizmente não temos mais cristãos de Beréia. Os crentes de hoje pelos menos a maioria come tudo que lhe são oferecidos, sem antes ruminar. (Atos 17:11-12).

Que o senhor tenha misericórdia da sua igreja, acorda igreja jesus voltará, para buscar a sua noiva lavada e remida.

Diácono Luiz Claudio Gomes.







ESTE BLOGGER DESTINA-SE A DIVULGAÇÃO DO EVANGELHO: somos vasos nas mãos do oleiro ( Jeremias 18 )

ESTE BLOGGER DESTINA-SE A DIVULGAÇÃO DO EVANGELHO: somos vasos nas mãos do oleiro ( Jeremias 18 ): Jeremias 18:1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias, dizendo: 2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas pala...

louvor e letra ( Leandro Borges) se eu pudesse conversar com tua alma


 


Se eu pudesse conversar com sua alma

Eu diria: Fique calma, isso logo vai passar

Eu daria um conselho: Chore mesmo!

E enquanto chora, aproveita pra orar


Porque quem chora pra Deus é consolado

É bem aventurado e Deus não desamparará

Ele mesmo enxugará as tuas lágrimas

Então desabafa e deixa Ele te abraçar


Calma, calma

Não se preocupe, tenha calma

Calma, calma

Eu dedico esse refrão pra sua alma


Calma, calma

Não se preocupe, tenha calma

Calma, calma

Eu dedico esse refrão pra sua alma


Se eu pudesse conversar com sua alma

Eu diria: Fique calma, não é só você que sente assim

Não é que você seja estranha, é que você é estrangeira

O seu lar não é aqui


Lá no céu, um dia tudo se encaixa

E o que hoje te inquieta não vai mais te preocupar

Você vale mais que o mundo inteiro

E por toda sua espera Deus vai te recompensar


Calma, calma

Não se preocupe, tenha calma

Calma, calma

Eu dedico esse refrão pra sua alma


Calma, calma

Não se preocupe, tenha calma

Calma, calma

Eu dedico esse refrão pra sua alma


Calma (calma), calma

Não se preocupe, tenha calma

Calma, calma

Eu dedico esse refrão pra sua alma


Calma, calma

Pra sua alma


somos vasos nas mãos do oleiro ( Jeremias 18 )


Jeremias 18:1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias, dizendo: 2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. 3 Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. 4 Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. 5 Então, veio a mim a palavra do Senhor: 6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? — diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. 7 No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, 8 se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. 9 E, no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, 10 se ele fizer o que é mau perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria. 11 Ora, pois, fala agora aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Eis que estou forjando mal e formo um plano contra vós outros; convertei-vos, pois, agora, cada um do seu mau proceder e emendai os vossos caminhos e as vossas ações. 12 Mas eles dizem: Não há esperança, porque andaremos consoante os nossos projetos, e cada um fará segundo a dureza do seu coração maligno. 13 Portanto, assim diz o Senhor: Perguntai agora entre os gentios sobre quem ouviu tal coisa. Coisa sobremaneira horrenda cometeu a virgem de Israel! 14 Acaso, a neve deixará o Líbano, a rocha que se ergue na planície? Ou faltarão as águas que vêm de longe, frias e correntes? 15 Contudo, todos os do meu povo se têm esquecido de mim, queimando incenso aos ídolos, que os fizeram tropeçar nos seus caminhos e nas veredas antigas, para que andassem por veredas não aterradas; 16 para fazerem da sua terra um espanto e objeto de perpétuo assobio; todo aquele que passar por ela se espantará e meneará a cabeça. 17 Com vento oriental os espalharei diante do inimigo; mostrar-lhes-ei as costas e não o rosto, no dia da sua calamidade. 18 Então, disseram: Vinde, e forjemos projetos contra Jeremias; porquanto não há de faltar a lei ao sacerdote, nem o conselho ao sábio, nem a palavra ao profeta; vinde, firamo-lo com a língua e não atendamos a nenhuma das suas palavras. 19 Olha para mim, Senhor, e ouve a voz dos que contendem comigo. 20 Acaso, pagar-se-á mal por bem? Pois abriram uma cova para a minha alma. Lembra-te de que eu compareci à tua presença, para interceder pelo seu bem-estar, para desviar deles a tua indignação. 21 Portanto, entrega seus filhos à fome e ao poder da espada; sejam suas mulheres roubadas dos filhos e fiquem viúvas; seus maridos sejam mortos de peste, e os seus jovens, feridos à espada na peleja. 22 Ouça-se o clamor de suas casas, quando trouxeres bandos sobre eles de repente. Porquanto abriram cova para prender-me e puseram armadilha aos meus pés. 23 Mas tu, ó Senhor, sabes todo o seu conselho contra mim para matar-me; não lhes perdoes a iniquidade, nem lhes apagues o pecado de diante da tua face; mas sejam derribados diante de ti; age contra eles no tempo da tua ira.
 

O pai tá cuidando (Tiago Rocha)


 

Vejo ao meu redor

O que está acontecendo

Circunstâncias querem me fazer parar

Mas quando olho para o alto


Vejo em Deus o meu socorro

Renovando as minhas forças

Pra continuar a caminhar


Tenho provado o teu cuidado

Pelo senhor sou bem guardado

Aprendi que esperar com paciência

Deus me ouve quando decido clamar


O pai tá cuidando

Enquanto você ora

Enquanto você adora

Ele escuta o gemido do teu coração


Não há causa perdida

Ele é o dono da tua vida

Pra todo problema

Deus tem a solução

o verdadeiro significado da páscoa ( um breve cometário)


15/de/abril/de/2022 - A paixão de Cristo.

Quando pensamos em páscoa, logo nos vem a memória como um gatilho; chocolates, ovos de páscoa, Coelho da páscoa etc ...
- mas oque seria verdadeiramente a páscoa?
Porque somos levados a pensar em chocolates, bombons, ovos de chocolates todas as vezes que ouvimos alguém pronunciar: "páscoa" ? 
Porque nos esquecemos do verdadeiro, significado da páscoa?
Temos ensinado as nossas crianças o verdadeiro significado da páscoa?
A impressão que tenho é que muitos pais, nem se lembram, do verdadeiro significado da páscoa. E pensar nisso, é muito assustador. Quando lembramos que muitos desses pais são cristãos. Torna essa situação muita delicada.
Nada contra em, presentear uma criança com chocolates nesta data, mas não podemos perder a oportunidade de ensinar o verdadeiro significado da páscoa, porque quando perco essa oportunidade estou negrigenciando, uma história tão Bela e tão importante, que marcou toda uma geração.
Essa história começa com um povo que se  encontrava escravizado, nas mãos dos egípcios, embora fosse um povo mui numeroso, com um passado de vitórias, agora se encontrava debaixo da sujeição de faraó. Por 430 anos (êxodo 12:40). esse povo, sofreu, mas segundo a bíblia Deus ouviu o clamor deste povo e vos enviou um libertador Moisés, e Moisés junto com o seu irmão arão, debaixo da autoridade divina, com sinais e maravilhas advindas do senhor, fizeram com que faraó após a morte de seu primogênito, libertasse o povo, para adorar e prestar culto ao senhor no deserto.
Mas antes de sair, por ordenança divina, precisavam comer, a páscoa, que teve toda a sua preparação, dirigida e orientadas pelo senhor. Cf. (Êxodo 12:27 ).
Portanto,a páscoa significa: "libertação", aquele povo que outrora se encontrava, cativo por 400 anos agora, tem a oportunidade de recomeçar, de reconstruir, seguindo com a certeza que não estavam mais debaixo do julgo pesado de faraó.
E avançando mas um pouco na história, vemos um pobre Galileu, nascido em uma manjedoura, seus pais, José e Maria antes mesmo desta consumar o seu casamento encontrou-se grávida pelo espírito santo, cujo ato configura um grande milagre. Milagre este que só pode ser entendido e compreendido através da fé.
Aquele cordeiro que foi morto no Egito e o seu sangue passado nos umbrais das portas, simbolizava que todos que estivessem dentro das residências, marcadas com aquele sangue, estariam salvas do anjo da morte, que levaria todos os primogênitos, desde os animais até os filhos dos egípcios e dos hebreus que não estivessem com o sangue do cordeiro Pascoal nos umbrais.
Já no novo testamento, Cristo se ofereceu como, o cordeiro Pascoal a ser sacrificado por nós. E ao ser sacrificado Deu um significado mais forte, mais profundo a páscoa, expandindo assim o seu significado, a páscoa que outrora significava, a libertação do povo hebreus das garras de faraó, agora também, teria como símbolo, a morte de Cristo, como cordeiro imaculado, que se ofereceu para pagar a nossa dívida, trazendo libertação através do seu sangue derramado na cruz do calvário, assim como no Egito, todos que que tinham o sangue do cordeiro em seua umbrais, tiveram o livramento do alto, mantendo com vida os seus primogênitos. Hoje todos os que se encontram debaixo da proteção do sangue de Jesus Cristo, o cordeiro Pascoal, a verdadeira páscoa, estão seguros.
Portanto; páscoa não é chocolate, páscoa é amor, solidariedade, compaixão, páscoa é jesus! Então; todas as vezes que ouvir falarem, a respeito da páscoa, lembre da Cruz.

 







 

Onde está o seu fundamento?

   

Onde está o seu fundamento?
 
Você sabe o que é “Pedra angular”?

A pedra angular era a pedra fundamental utilizada nas antigas construções. Se caracterizava por ser a primeira pedra colocada na esquina do edifício. A partir dessa pedra, era definido onde seriam colocadas as demais pedras. Ela era o início e o fundamento da construção, uma pedra específica.

Na bíblia essa pedra não é algo, é alguém!

Salmos 118:22: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina“.

Mas quem é essa pedra?
Um pouco depois do trecho de Salmos vemos em Efésios 2:20: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina“.

Jesus é a pedra fundamental, é a partir dEle que foi possível se fazer uma construção mais fortalecida, é por Ele e através dEle que tivemos o privilégio de nos tornar as outras pedras subsequentes. Hoje podemos ser corpo de Cristo!

O milagre da cruz
Foi pela ressurreição de Jesus que o véu que nos separava da presença de Deus foi rasgado. Por isso hoje, podemos estar tão perto dEle que somos parte de seu corpo. Antes Ele era Deus de uma sala específica, o Santo dos Santos, algo separado das demais salas. 

Quando no terceiro dia Jesus retornou, Deus se tornou um pai de proximidade, onde não precisamos gritar. Ele está tão próximo e disponível para nós hoje, que apenas de se pensar em algo Ele já nos ouve. Você é membro deste corpo, você hoje pode fundamentar sua construção na pedra angular.

Para concluir…
Você tem fundamentado sua construção na Pedra angular? Suas escolhas e decisões têm tido Cristo como base? Separe um tempo para refletir sobre essa palavra e, se preciso for, recomece a construção posicionando primeiro essa pedra específica.


 
 

Hino e letra (Fabiana Anastácio) adorarei


 Por Tua morte lá na cruz

Jesus, Te adorarei

Pelo sangue derramado

Pelo véu que foi rasgado

Te adorarei


Pelo privilégio de aqui estar

Poder soltar a minha voz e Te louvar

Por sentir aqui sua presença

Pela total certeza da Tua existência

Te adorarei

(Adorarei)


Por Teu Santo Espírito que habita em mim

Por Teu grande amor que não tem fim

Te adorarei

Por me inspirar na letra da canção

Por cantar agora e sentir Sua unção

Te adorarei


Te adorarei

Senhor mais uma vez, Te adorarei

Fui chamado pra adorar, então, adorarei

Sou adorador, foi assim que Deus me fez

Então, adorarei


Adorarei

Senhor mais uma vez, Te adorarei

Fui chamado pra adorar, então, adorarei

Sou adorador, foi assim que Deus me fez

Então, adorarei


Ninguém vai me calar, Te adorarei

Está em meu DNA, Te adorarei

Ainda que tirarem minha vida

Quando chegar aí no céu, Te adorarei (Te adorarei)


Ninguém vai me calar, Te adorarei

Está no meu DNA, Te adorarei

Ainda que tirarem minha vida

Quando chegar aí no céu, Te adorarei


Te adorarei, Te adorarei

Quando chegar aí no céu, Te adorarei

Te adorarei, Te adorarei

Quando chegar aí no céu, Te adorarei

(Adorarei)


Por Teu Santo Espírito que habita em mim

Por Teu grande amor que não tem fim

Te adorarei

Por me inspirar na letra da canção

Por cantar agora e sentir Sua unção

Te adorarei


Te adorarei

Senhor mais uma vez, Te adorarei

Fui chamado pra adorar, então, adorarei

Sou adorador, foi assim que Deus me fez

Então, adorarei


Te adorarei

Senhor mais uma vez, Te adorarei

Fui chamado pra adorar, então, adorarei

Sou adorador, foi assim que Deus me fez

Então, adorarei


Ninguém vai me calar, Te adorarei

Está em meu DNA, Te adorarei

Ainda que tirarem minha vida

Quando chegar aí no céu, Te adorarei


Ninguém vai me calar, Te adorarei

Está em meu DNA, Te adorarei

Ainda que tirarem minha vida

Quando chegar aí no céu, Te adorarei


Te adorarei, Te adorarei

Quando chegar aí no céu, Te adorarei

Te adorarei, Te adorarei

Quando chegar aí no céu, Te adorarei

O que a Fé faz...

O que a Fé faz...

Lucas 18.8

Introdução: Algumas realizações da fé são:

1- Agrada a Deus: Hebreus 11.6

2- Atua pelo amor: Gálatas 5.6

3- Glorifica a Deus: João 11.40

4- Salva: Efésios 2.8

5- Protege: Efésios 6.16

Conclusão: A fé realiza o impossível (Lucas 1.37).


Esboços simplificados



A Fé é...

Hebreus 11.1

 Introdução: Algumas características da fé são:

1- Invisível: Il Coríntios 5.7

2- Pequena, mas poderosa: Mateus 17.20

3- Crescente: 2 Coríntios 10.15

4- Provada para ser aprovada: Tiago 1.3

5- Obediente a Palavra de Deus: Romanos 10.17

Conclusão: A fé nos leva a contemplar o impossível.


a função da lei leva o homem a Cristo

Algumas pessoas, às vezes bem intencionadas, acreditam que a lei e a graça são aspectos da religião cristã que não se harmonizam. Porém, não é isso o que a Bíblia ensina. 

Pr. Milton Andrade
Algumas pessoas, às vezes bem intencionadas, acreditam que a lei e a graça são aspectos da religião cristã que não se harmonizam. Elas dizem: “Cristo aboliu a lei na cruz do Calvário” ou “O Antigo Testamento corresponde ao período da lei e o Novo Testamento é a dispensação da graça”. Já ouviu essa conversa? Essas pessoas colocam a lei e a graça no ringue de luta e, antes de soar o gongo, dão à graça vitória por nocaute. O texto chave para esse estudo é Efésios 2:8 a 10: “Porque pela graça sois salvos mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feituras dEle, criados em Cristo Jesus, para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Algumas coisas precisam ficar claras em nossa mente.

1º) A lei não nos salva. A graça sim. Simples não? A lei não serve para salvar. Guardar os dez mandamentos não fará uma pessoa herdar o reino de Deus. A salvação é obtida única e exclusivamente pela graça de Jesus que é oferecida a nós. O texto diz: “Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é um dom de Deus.” A graça é um dom de Deus. Um dom é um presente que você recebe, sem merecer, e não precisa pagar por ele. Como disse Strong: “A graça é favor imerecido concedido aos pecadores.” (A. H. Strong, Systematic Theology, p. 779). O sacrifício substitutivo de Jesus na cruz do Calvário e a aceitação deste dom em minha vida é o que me comunicam a vida eterna.

Durante uma conferência britânica a respeito de religiões comparadas, técnicos de todo o mundo debatiam qual a crença única da fé cristã, se é que existia essa crença. Eles começaram eliminando as possibilidades. Encarnação? Ressurreição? O debate prosseguiu durante algum tempo até que C. S. Lewis entrou no recinto. “A respeito do que é a confusão?”, ele perguntou, e ouviu a resposta dos seus colegas. Lewis respondeu: “Oh, isso é fácil. É a graça”.

Depois de alguma discussão, os conferencistas tiveram de concordar. A noção do amor de Deus vindo a nós livre de retribuição, sem cordas amarradas, parece ir contra cada instinto da humanidade. O caminho de oito passos do budismo, a doutrina hindu do karma, a aliança judaica, o código da lei muçulmana — cada um deles oferece um caminho para alcançar a aprovação. Apenas o cristianismo se atreve a dizer que o amor de Deus é incondicional. (Phillip Yancey, Maravilhosa Graça, p. 18). Alguém escreveu:

“Se a nossa maior necessidade fosse informação, Deus nos teria enviado um educador.

Se a nossa maior necessidade fosse tecnologia, Deus nos teria enviado um cientista.

Se a nossa maior necessidade fosse dinheiro, Deus nos teria enviado um economista.

Se a nossa maior necessidade fosse prazer, Deus nos teria enviado um artista.

Se a nossa maior necessidade fosse conduta, Deus nos teria enviado um legislador.

Mas a nossa maior necessidade é o perdão, então, Deus nos enviou um Salvador!”

Apenas Cristo pode nos salvar. Seu sacrifício foi todo suficiente para pagar a nossa dívida de pecado (Romanos 6:23). Mas e a lei? Se não serve para salvar, qual é o objetivo dela? Aceitar a graça de Cristo já não me garante a salvação? O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer popularizou nos meios teológicos a expressão “graça barata” por meio de seu livro Discipulado, escrito em 1937. Logo nas primeiras páginas, ele faz um alerta contra a graça barata dizendo:

“A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja… Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. (…) A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado”.

Percebeu que texto esclarecedor? A graça de Cristo não faz com que tenhamos a mesma vida de pecado que tínhamos antes, mas promove uma mudança de pensamentos e atitudes, e isso deve ocorrer em nós de dentro para fora. Paulo escreveu: “Se alguém está 
está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17). O texto de Efésios 2:8-10 diz claramente que fomos criados em Jesus “para as boas obras”, ou seja, a partir do momento em que eu recebo a graça salvadora de Jesus, eu desenvolvo boas obras não para adquirir salvação, mas porque já fui salvo por Jesus. Elas são, portanto, um resultado da salvação que ocorreu e está ocorrendo em minha vida.

Lembra-se do texto sobre a Videira Verdadeira? Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). Produzir fruto na vida cristã é resultado da permanência em Cristo – a Videira Verdadeira. A partir disso, receberemos vida da seiva e produziremos naturalmente os frutos que Cristo deseja. A lei de Deus atua nesse processo como um espelho, mostrando a sujeira do pecado em minha vida e não apenas isso: mostra o caminho que devo seguir, apontando a necessidade de um Salvador.

2º) Harmonizando lei e graça – Já ouviu aquela ideia de que a lei vigorou apenas no Antigo Testamento e a graça no Novo Testamento? Essa ideia é equivocada. Ambas sempre andaram de mãos dadas, cada uma cumprindo a sua função. A Bíblia diz que o “Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), e que “a graça nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos” (2 Timóteo 1:9). Portanto, os pecadores do Antigo Testamento também se salvaram pela graça. Eles deveriam manter a fé no Cordeiro de Deus que viria. Como afirmar que a graça veio depois da cruz?

Noé achou graça diante de Deus (Gênesis 6:8), Abraão foi salvo pela graça, (Gálatas 3:8; Romanos 4:3), Davi não se salvou pelos próprios méritos, mas pela fé em Cristo (Romanos 4:6). Então, a graça é o meio universal e eterno de Deus salvar os pecadores. E a lei, não foi cravada na cruz? Não estamos agora, “debaixo da graça”? Romanos 3:31 diz: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” Jesus veio nos libertar da condenação que a lei nos impunha.

Isso significa que não estamos mais “debaixo da lei”. Se a lei tivesse sido abolida, não haveria transgressão (1 João 3:4) e, necessariamente, não haveria condenação. E não havendo condenação, não há necessidade de graça. Sem lei não há graça. Uma pressupõe a outra. A graça, além de nos salvar da condenação da lei, habilita-nos a viver em harmonia com os preceitos celestiais, com o padrão divino. Não há contradição, mas uma interdependência entre lei e graça. Elas se harmonizam e completam-se em suas funções. Como escreveu um autor evangélico: “A graça não importa em 
liberdade para pecar, mas numa mudança de senhores, e numa nova obediência e serviço. A graça não anula a santa Lei de Deus, mas unicamente a falsa relação do homem para com ela.” (Vincent, Word Studies, vol. 3, p. 11).

3º) A essência da graça – Pergunte às pessoas o que elas devem fazer para ir para o céu e a maioria vai responder: “Ser bom”. As histórias de Jesus contradizem essa resposta. Tudo que devemos fazer é clamar: “Socorro!” Deus está esperando de braços abertos para receber Seus filhos. Lembra-se da história do filho pródigo? O pai aguardava ansiosamente a volta do filho arrependido. Essa é a manifestação da graça de Deus em nossa vida. Jesus desceu a essa Terra e personificou a graça de Deus. Ele viveu de acordo com as exigências da lei e tomou sobre si a punição do pecado. “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Isaías 53:4). Na cruz, a justiça e a paz se beijaram (Salmos 85:10). Ali foi demonstrado não apenas a justiça de Deus, mas que Deus é justo. Existe amor maior do que este?

Imagine a seguinte situação: Num belo dia, você toma o seu filho e vai para um horto florestal. Ali, passa lindos momentos com aquele menino que você ama imensamente. De repente, em meio ao passeio, você olha para trás e não enxerga mais o garoto. Começa a chamar pelo nome, mas nenhuma resposta aparece. Desesperado, começa a perguntar para outras pessoas, chama os bombeiros, a polícia, mas novamente sem nenhum resultado. O desespero é total. Os dias se passam e nada do menino aparecer. Até que num dia fatídico, o policial o chama para ir à delegacia e diz: “O seu menino foi encontrado morto, com sinais de abuso e violência. Nós já achamos o sujeito que fez essa barbaridade. Ele está preso e se encontra aqui nesse prédio. Eu quero dar a liberdade para você ir bem ali, atrás daquela porta, e você pode fazer o que quiser com ele. Ninguém ficará sabendo”.
E aí, o que você faria se estivesse numa situação dessas? Você teria, pelo menos, três opções:
Você poderia entrar por aquela porta e, por causa da dor que sente em seu coração, tirar a vida daquele homem. Ele matou seu filho, é justo que a vida dele seja tirada. “Olho por olho, dente por dente”, diz um dos mais antigos códigos de conduta da Humanidade. Isso se chamaria justiça.
A segunda opção seria você entrar naquela sala, olhar nos olhos daquele homem, e dizer: “Eu não sei porque você fez isso, você me causou muita dor, mas eu não tenho raiva de você. Eu quero que você saia daqui e que recomece uma nova vida. Aproveite essa oportunidade que estou lhe dando e tome decisões diferentes pra sua vida”. Isso seria perdão.
Finalmente, você teria uma última opção, eu imagino. Você caminha em direção a porta, abre-a com todo o cuidado e enxerga o sujeito amarrado
atrás da mesa. A cena é aterradora. Você se assenta e diz: “Eu não sei quem você é. Muito menos onde mora. Apenas sei que fez algo terrível com o meu filho. Mas eu quero perdoar você. Quero que você saia dessa prisão e venha morar em minha casa. Quero que você durma no quarto do meu filho e coma junto à minha mesa. Quero chamá-lo de filho e quero que você me chame de pai”.
E aí, o que você acha dessa terceira opção? Loucura? Insanidade? Bem, esse absurdo chama-se graça. Um favor imerecido. Uma dívida impagável perdoada. Deus é capaz de perdoar um assassino e colocar em sua cabeça uma coroa. Ele perdoa uma prostituta e diz: “Vai e não peques mais”. Ele chama os ladrões de filhos e os mentirosos de candidatos ao reino de Deus.
Nós matamos o Filho de Deus, e, mesmo assim, Ele nos aceita, perdoa e convida para morar com Ele nos Céus. A Bíblia nos diz em João 1:11 e 12 que Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. Esse é o absurdo do amor de Deus, ciência que estudaremos por toda eternidade.
Aceitar a graça de Deus em nossa vida é a maior honra que podemos ter nessa vida. Essa honra será completa se vivermos de acordo com a graça que recebemos de Deus. Para isso, Deus nos deixou os dez mandamentos, expressão da vontade de Deus para nós.

Equipe Biblia.com.br

LIÇÃO 3 - JESUS, O DISCÍPULO E A LEI - 17 de Abril de 2022

LIÇÃO 3 - JESUS, O DISCÍPULO E A LEI - 17 de Abril de 2022
 



TEXTO ÁUREO

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.” (Mt 5.20)

VERDADE PRÁTICA

Os seguidores de Jesus são chamados a viver a justiça do Reino de Deus. Essa justiça, baseada na Nova Aliança em Cristo, nasce no interior do crente e reflete no exterior da vida.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 5.17; Rm 3 31 Jesus não veio revogar a Lei nem contradizer os profetas

Terça – Hb 1.1-3 O Senhor Jesus Cristo cumpriu fielmente a Lei


 
Quarta – G1 3 24 A função da Lei é levar o homem a Cristo


 
Quinta – 1 Tm 1.5 O fim do mandamento: coração puro, boa consciência e fé sincera

Sexta – Rm 7.12; Rm 3.31; A Lei é santa e está estabelecida em Cristo Jesus, o nosso Senhor

Sábado – Rm 13.8-10; G1 5.6,25 A Lei está cumprida no amor e dinamizada em nós pelo Espírito Santo

Leitura Bíblica em Classe

Mateus 5.17-20

17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir.

18 – Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 – Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprirá e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

Hinos Sugeridos: 13,25,23 da Harpa Cristã




PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Qual é a relação entre Jesus e a Lei? E o que Ele deseja que seus discípulos aprendam acerca dessa relação. Basicamente, esta lição tem como propósito mostrar que a relação de Jesus com a Lei apenas nos mostra que a nossa justiça é elevada. Logo, o objetivo de estudaremos essa relação de Jesus com a Lei é o de trazer aos cristãos um compromisso profundo com a justiça de Deus.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar que Jesus cumpriu toda a Lei;

II) Comparar a Letra da Lei com a Verdade do Espírito;

III) Conceituar a Justiça do Reino de Deus.

B) Motivação: O que é justiça? Na perspectiva bíblica, a palavra justiça tem a ver com retidão, integridade, honestidade. O Sermão do Monte nos convida a cu ltivar a retidão, a integridade e a honestidade para viver a justiça do reino divino.

C) Sugestão de Método: Ao iniciar o Terceiro tópico, pergunte aos alunos o que eles entendem por justiça. Dê um tempo para que eles exponham o que pensam. Ouça-os com atenção. Em seguida, exponha o tópico conceituando a palavra justiça, destacando seu aspecto reto, íntegro e honesto.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Viver a retidão, a integridade e honestidade são desafios diante de um mundo relativista. Por isso, mostre aos alunos as esferas concretas em que seremos provados em nossa justiça: família, escola e universidade, trabalho, amizades etc.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:


 
1) O texto “O Princípio Básico”, localizado ao final do segundo tópico, é uma reflexão a respeito de como nosso Senhor compreendia a Lei;


 
2) O texto “ Sobre a Justiça”, localizado ao final do terceiro tópico, há uma reflexão a respeito da comparação da “justiça” de Jesus com a dos fariseus, bem como o padrão elevado exigido de nós pelo nosso Senhor.




INTRODUÇÃO COMENTÁRIO

                Nesta lição, estudaremos a respeito da relação de Jesus com a Lei e o que Ele deseja de seus discípulos. Veremos que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, destacaremos a diferença entre a Letra da Lei e o Espírito e, finalmente, analisaremos a justiça do Reino de Deus. No Sermão do Monte, podemos perceber, com clareza, que nosso Senhor não destruiu a Lei nem o ensino dos profetas, mas os cumpriu e os aperfeiçoou. Assim, como seus seguidores, a nossa justiça deve transcender a dos escribas e fariseus (Mt 5.20).




COMENTÁRIO

                Ao nos depararmos com Mateus 5.17-20, não devemos pensar que se trata de uma porção separada do que vinha sendo tratado anteriormente, mas é uma continuação do Sermão da Montanha. Essa seção é o introito de uma nova parte do Sermão. Isso porque nos versos anteriores a ênfase de Cristo está firmada em descrições detalhadas sobre aquilo que o crente é ou deve ser.

Como antes Jesus dissera o que o crente deve ser, jamais devemos nos esquecer de como a nossa vida deve continuar sendo, de modo que sumariamente na primeira parte do Sermão do Monte Jesus mostra o padrão de vida que aqueles que querem fazer parte do Reino devem ter. Doravante, esse comportamento precisa ser o de uma vida santa e reta, e tal temática será trabalhada até o capítulo 7 de Mateus, versículo 14.

Podemos dizer que Mateus 5.17-20 é a introdução para tudo o que Jesus irá tratar. Com base nessa passagem, o Mestre divino estava procurando circunscrever o que realmente deve definir a real vida cristã. O método adotado por Cristo para ensinar aos seus discípulos começa com os princípios básicos; somente depois Ele irá se preocupar com os pormenores.

Como parte introdutória, a começar pelos versículos 17 e 18, Jesus fala que tudo quanto passaria a expor aos seus discípulos estava em plena consonância com o Antigo Testamento, ou seja, o que falaria seria conforme estava escrito nas Escrituras. Na outra parte, a partir dos versos 19 e 20, Jesus deixa claro que sua exposição e explicação não estariam afinadas conforme julgavam ou interpretavam os escribas e fariseus. Cabe aqui as palavras de John Stott, que diz:


 
Jesus começa esta seção do sermão dizendo aos Seus discípulos que não deveriam, nem por um instante, imaginar que ele havia vindo para abolir o Antigo Testamento ou qualquer parte dele.


 
O modo como Jesus formula a afirmação sugere que algumas pessoas estavam profundamente incomodadas com sua visível atitude em relação ao Antigo Testamento. Jesus valorizou grandemente o Velho Testamento, saber desse detalhe é relevante para que jamais se tenha negatividade quanto ao mesmo, pois se tratava da Palavra de Deus, com a qual Cristo tinha plena ligação.

Pelo que Jesus dissera antes, que seus filhos deveriam produzir boas obras, na verdade elas deveriam ser frutos da Palavra de Deus, como bem salientado pelo salmista, quando diz que aquele que prioriza as Escrituras como Palavra de Deus para sua vida dá o seu fruto na estação própria e as folhas não murcham (Sl 1.2,3). Se, na verdade, os escribas e fariseus tivessem deixado suas vidas serem tocadas pela Lei de Deus, de modo real e profundo, eles não teriam se tornado hipócritas e religiosos frios. Os escribas e fariseus acreditavam que eram guardiões da Lei, mas não a guardavam verdadeiramente no coração.

Não podemos apenas conhecer a Bíblia — tanto o Diabo como os antigos judeus a conheciam. Mais do que isso, precisamos deixar que a Palavra de Deus fale aos nossos corações, nos rendendo aos seus ensinos com temor e reverência, deixando que Deus nos fale por intermédio dela, para que possamos produzir um viver que de fato corresponda ao querer do Senhor.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 51-53.

                As declarações de Jesus registradas nessa passagem são as mais surpreendentes de todas as que Jesus faz nesse sermão. Jesus reafirma o caráter eterno da lei. R. C. Sproul diz que, no sermão do monte, encontramos a exposição mais detalhada da lei de Deus em todo o Novo Testamento. Os judeus usavam o termo “lei” em quatro acepções diferentes:

1) Os Dez Mandamentos; 2) O Pentateuco;

3) A lei e os profetas; 4) A lei oral ou a tradição dos anciãos.

É óbvio que a lei que Jesus quebrou, como curar em dia de sábado, não foi a lei de Deus, mas a tradição dos escribas, que distorceu e desfigurou a lei de Deus.

Os escribas e fariseus se apresentavam como os grandes guardiões da lei e acusavam Jesus de violá-la, porém eram os fariseus que deturpavam a lei tanto por meio de suas tradições como por intermédio de uma vida hipócrita.

Eles desobedeciam à lei que afirmavam proteger. Para corrigir esse mal-entendido, Jesus deixa claro que não veio para revogar a lei ou os profetas, mas para os cumprir. A lei, como verdade de Deus, não contém erros nem pode falhar.

Os céus e a terra passarão, mas os detalhes da lei se cumprirão à risca. Violar a lei de Deus e ensiná-la aos homens com deturpações é considerado um grave pecado, porém observá-la e ensiná-la traz grande recompensa. A justiça dos súditos do reino não é externa nem teatral como a dos escribas e fariseus; antes, é interna, sincera e real. Uma justiça apenas de aparência não é suficiente para alguém entrar no reino dos céus.

LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 191-192.

                Neste ponto, Jesus começa a apresentar sua interpretação em contraste com a interpretação dos escribas e fariseus. Em nossa análise, veremos como os melhores estudiosos judeus estavam completamente errados em seu entendimento da Lei e dos Profetas. Os escribas e fariseus eram altamente instruídos e profundamente dedicados à compreensão e à observância da lei. Isso serve como alerta para nós. A Bíblia é clara o suficiente para que qualquer cristão compreenda seu significado básico. Mesmo assim, ela é distorcida e mal interpretada em todas as gerações. Essas distorções acontecem não porque há algo de errado com a clareza da Palavra de Deus, mas porque há algo de errado conosco. Nós nos achegamos à Bíblia com a mente obscurecida pelo pecado. Devemos resistir à tentação de ler algo que não está nela ou de tentar usá-la, conforme Lutero disse, como um nariz de cera que moldamos para defender nossas inclinações e tendências. Aqui nosso Senhor faz um alerta importante sobre como devemos entender a lei de Deus.

Sproul., RC. Estudos bíblicos expositivos em Mateus. 1° Ed 2017 Editora Cultura Cristã. pag. 83-84.

Palavra-Chave: JUSTIÇA




I- JESUS CUMPRIU TODA A LEI

1- Um compromisso com o passado.

                Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas. A expressão “não pensem” revela exatamente isso (Mt 5.17 – NAA). Ora, Jesus sabia que o ensino da antiga dispensação era valioso, verdadeiro, bom e belo. Ele jamais ousara ser um revolucionário, portador de um espírito destrutivo, como o apóstolo Paulo também não (cf. Rm 3.31). Assim, aprendemos, com Jesus, que não é possível construir um futuro bom se não preservarmos as coisas boas que os antigos nos legaram.





COMENTÁRIO

                Sendo bem direto, pela leitura que se faz do Sermão do Monte, Jesus começa seu discurso com princípios maravilhosos, suas palavras são doces e suaves, mas não demorará muito para que comece a tocar no ponto nevrálgico, ou melhor, na interpretação fria e negativa dos fariseus, de modo que entendemos que o divino Mestre apresenta seu ensino com uma nova interpretação viva, opondo-se ao legalismo frio dos escribas e fariseus. A crítica de Jesus a esses homens da época não era sem base. Ele procurou desmascará-los porque visavam atrair e prender pessoas em torno de si mesmos, com intenções erradas, o que se comprova muito bem na passagem de Mateus 23.

Com as explicações acima, se entende que Jesus não veio para desfazer da Lei, mas para defendê-la daqueles que a interpretavam ao seu bel prazer, porém o primeiro problema que irá surgir é quanto à pessoa que daria essa nova explicação. Por não ser fariseu e nem fazer parte dos grandes sistemas rabínicos da época, como poderia então ser dogmático? Quem seria esse homem para opor-se àqueles que haviam estudado, que faziam parte de uma história, uma tradição religiosa e que eram os representantes do povo?

No demais, a postura e o comportamento de Jesus eram totalmente dissonantes. Além de confrontar a interpretação de tais grupos, juntava-se com publicanos e pecadores, bebia e comia com eles.

Acrescente-se a isso que seus ensinos misturavam graça e amor (Mt 11.19). Frente a tudo isso, parece que alguns duvidaram dEle como não cumpridor da Lei, razão pela qual o Mestre asseverou dizendo: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17, ARA).

No dia a dia de Cristo, ensinando nas regiões da Palestina, ficou claro que em momento algum Ele se opôs à Lei e aos profetas, que é uma referência ao Pentateuco e ao restante do Antigo Testamento (Mt 5.17; Lc 16.16). Se os escribas valorizavam Moisés, Jesus fazia muito mais, pois agia com verdade e sinceridade (Mt 8.4; Jo 5.46). Se os escribas falavam em boas obras, Jesus também as fez (Mt 5.16).

Quando Jesus disse que não veio para revogar a Lei e os profetas, mas, sim, para cumprir, deixava claro a todos que não se propunha a ser um pregador ou mestre de novidade, um revolucionário qualquer, que não queria em momento algum confrontar os ensinos antigos, ou seja, o Antigo Testamento. Pelo contrário, buscava harmonizar cada ação sua com as passagens veterotestamentárias, porque seu objetivo maior era cumpri-las.

O que Jesus Cristo queria de fato era reorganizar tudo aquilo que seus opositores haviam desorganizado, escravizando o povo com seus sistemas religiosos pesados, com leis e normas sem qualquer respaldo divino. Ele fez isso com espírito de brandura, sinceridade, compaixão, prudência e sabedoria, não com base em novidades, com o objetivo de desmoralizar o sistema antigo. Seu objetivo era levar cada pessoa a entender que seu propósito maior era que todos se voltassem à Palavra de Deus e que em momento algum estaria sendo contra ela.

Pastores, teólogos e professores da Bíblia devem ter todo o cuidado ao introduzir um novo assunto ou tema em relação às Escrituras, buscando sabedoria e graça divina, para que as pessoas jamais levantem qualquer suspeita de que há intenções contrárias. Isso pode ser por demais sério e prejudicial à comunidade de salvos, a Igreja, e ainda pode ser que, pelo nosso procedimento imprudente, gere certas precipitações na vida de alguns cristãos.

Podemos analisar que muitos assuntos novos em relação às Escrituras foram introduzidos por Pedro e Paulo com muita cautela, ligando o Novo ao Antigo Testamento com total maestria. Pedro ligou o acontecimento do Pentecoste com Joel 2.28 (At 2.14-17), e Paulo ligou o tema da justificação não como sendo um assunto propriamente seu, mas que constava nas páginas da Antiga Aliança (Rm 3.21; 4.7; Gl 3.6-22; 4.21-31).

Portanto, queridos irmãos, Jesus não destruiu a Lei, não fez qualquer objeção contra ela, nem jamais a menosprezou, mas cumpriu todo o Antigo Testamento sujeitando-se cabalmente e cumprindo-o, por meio das profecias, tipos e símbolos, quando se apresentou como o Cordeiro substituto que pagou nossos pecados na cruz (Cl 2.14).

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 53-56.

                Há algo aqui no grego que simplesmente não pode ser traduzido para a nossa língua. A palavra grega para “lei” é nomos, da qual se origina o termo antinomianismo. No entanto, a palavra que Jesus emprega no início do versículo 17 é parte do verbo nomizõ, que significa “pensar ou conjeturar”. Ela tem um significado mais forte que a simples tradução “Não penseis”. Certa vez, enquanto procurava uma vaga para estacionar, deparei-me com uma placa que dizia: “Nem pense em estacionar aqui.” Ela transmitia bem o recado. Tal é a força do que Jesus está dizendo aqui: “Não permitam que este tipo de pen- sarnento entre em sua mente. Não pensem que vim destruir a lei.” O verbo ali, kataluõ, vem da raiz lyõ, que significa “soltar, desprender, destruir”. Esta era a palavra utilizada na cultura grega quando uma construção era demolida. Jesus estava dizendo: “Não pensem, nem mesmo por um minuto, que eu vim destruir a lei.”

Sproul., RC. Estudos bíblicos expositivos em Mateus. 1° Ed 2017 Editora Cultura Cristã. pag. 85.

                Ele começa dizendo-lhes que não imaginem, nem por um momento, que ele veio para revogar a lei ou os profetas, isto é, todo o Velho Testamento ou qualquer parte dele. O modo como Jesus enunciou esta declaração negativa dá a entender que alguns já pensavam exatamente isso que ele agora estava contradi-zendo. Embora o seu ministério público tivesse começado há tão pouco tempo, os seus contemporâneos estavam profundamente perturbados com a sua suposta atitude para com o Velho Testamento. Talvez a controvérsia sobre o sábado já tivesse explodido (tanto o incidente das espigas arrancadas no sábado quanto a cura do homem da mão mirrada, também no sábado, são colocados por Marcos antes mesmo da escolha dos doze). Certamente, desde o começo do seu ministério, as pessoas foram atingidas por sua autoridade. “Que vem a ser isto?” perguntavam. “Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem” (Mc 1:27). Portanto, era natural que muitos perguntassem que relação havia entre a sua autoridade e a autoridade da lei de Moisés. Eles sabiam que os escribas submetiam-se à lei, pois eram “mestres da lei”. Dedicavam-se à sua interpretação e declaravam não haver qualquer outra autoridade além daquela que citavam. Mas, com Jesus, a coisa não era tão clara assim. Ele falava com autoridade própria. Gostava de usar uma fórmula jamais usada por qualquer profeta antigo ou escriba contemporâneo.

Ele apresentava alguns de seus mais impressionantes pronunciamentos com “Em verdade digo”, falando em seu próprio nome e com sua própria autoridade. E que autoridade era esta? Será que estava se colocando como uma autoridade que se opunha à sagrada lei, à palavra de Deus? Parecia assim, para alguns. Por isso a pergunta, enunciada ou não, à qual Jesus agora respondia inequivocamente: Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas. Muita gente continua perguntando, hoje em dia, embora de diferentes maneiras, que relação existe entre Jesus e Moisés, entre o Novo e o Velho Testamento. Considerando que Jesus aproveitou a oportunidade, falando explicitamente sobre o assunto, não devemos nos acanhar de imitá-lo. Ele veio (observe-se, a propósito, que ele tinha consciência de que viera ao mundo com uma missão) não para revogar a lei e os profetas, deixando-os de lado ou anulando-os, nem tampouco para endossá-los de maneira estéril e literal, mas para cumpri-los.

STOTT, John. Contracultura cristã. A mensagem do Sermão do Monte. Editora: ABU, 1981, pag.33-34.




2- Jesus não veio destruir a Lei.

                Para muitos opositores, Jesus era um agitador, revolucionário, destruidor da tradição recebida (Jo 5.15). Por isso, nosso Senhor foi alvo de falsas acusações pelos seus críticos (Mt 26.59-61). Entretanto, os Evangelhos deixam claro que Jesus ensinou sobre a justiça conforme o que Moisés, a Lei e os profetas ensinaram. No lugar de enfraquecer a Lei, Ele devolvia o verdadeiro sentido dela, já abandonado pelos mestres judeus (Mt 8.4; Mc 7.10; Lc 16.31; Jo 5.46). Jesus enfatizou o sentido perfeito da Lei (Mc 7.5-13). Ele mesmo, a continuação da revelação divina, mostrava que essa revelação é progressiva para a perfeição, não retrógrada nem estática. Nesse sentido, a fé e o ensino da Palavra de Deus devem nos levar ao verdadeiro crescimento espiritual, com o bem ensinou o salmista (SI 1.2,3; 119.1,97).




COMENTÁRIO

Há diversas interpretações quanto à questão de Jesus ter cumprido ou não a Lei. Uma linha de pensamento expõe que Jesus veio tão somente para dar continuação à Lei, ou seja, Ele seria um grande mestre judeu e, na essência, os Evangelhos seriam uma exposição da velha Lei. O criador do cristianismo seria Paulo, originando-se dele certas doutrinas, porque, na verdade, o evangelho não tratou sobre justificação, santificação, dentre outros assuntos; tudo isso foi obra de Paulo.

Uma segunda linha de pensamento é mais pesada e está firmada no texto de João 1.17. Ela afirma que Jesus aboliu completamente a Lei e introduziu a graça, o que prontamente se compreende que o cristão não tem nada a ver com a Lei, de modo que o tal vive completamente debaixo da graça, sem ter que falar na Lei.

O que podemos dizer com certeza é que Jesus não somente cumpriu a Lei, mais do que isso, Ele deu uma honra sublime a ela mais do que fizeram os escribas e fariseus, uma vez que estes a interpretavam de modo tão pesado que enfadava o povo, acrescentando tradições diversas (Mt 23.3), e tão somente por meio dela é que se poderia obter a salvação. Nesse caso, estavam desprezando o Antigo Testamento em real inteireza, ao passo que Jesus fez o contrário, por exemplo, quando pedia que as pessoas praticassem boas obras. Ele não agia assim com base na exigência da Lei, mas devido a uma nova implantação da verdadeira justiça no interior da vida de cada um, aqueles que já eram bem-aventurados (Mt 5.2-12; Lc 6.20-23).

Pelo exposto, nenhum escriba ou fariseu por mais inteirado que fosse nas questões e tradições judaicas poderia fazer com a Lei o que Jesus fez; isso acontece por causa de sua autoridade messiânica.

Inclusive, o escritor da Carta aos Hebreus escreve que Ele é maior do que Moisés (Hb 3.3; Mt 16.18), de modo que estaria apto a cumprir toda a Lei e dar-lhe novos princípios.

Lendo o texto de Mateus 5.16, podemos entender que essas “boas obras” tratavam da gratidão por causa da salvação recebida, mas elas só poderiam ser alcançadas mediante o cumprimento das exigências espirituais como descritas no Antigo Testamento.

Jesus estava consciente do que viera fazer neste mundo. Como o Messias prometido, teria de estar de acordo com a Lei, já que seria impossível de sua parte não a cumprir ou desfazer-se dela, anulando a.

Ele deveria cumprir tudo o que os profetas asseveraram. Ao dizer que veio para cumprir a Lei, Jesus dá uma nova interpretação ao conceito messiânico, fato que nem sempre o Antigo Testamento deixou claro no sentido de cumprimento; no demais, Ele também expressa sua consciência da missão redentora como o Messias.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 56-58.

                Os opositores de Jesus insinuavam que ele estava sabotando a revelação de Deus dada a Moisés. Porém, longe disso, Jesus afirmou categoricamente que nem um i ou um til da lei jamais passarão até que tudo se cumpra.

A Palavra de Deus é inerrante e infalível. A mente que a produziu não é humana, mas divina. A verdade nela contida não caduca com o tempo, mas é eterna. A lei apontava para Cristo. Os profetas falaram de Cristo. A lei cerimonial era uma sombra da realidade que é Cristo.

Ele é o fim da lei (Rm 10.4). Os profetas anunciaram o nascimento, a vida, o ministério, as obras, a morte, a ressurreição e o senhorio de Cristo. Tudo isso, rigorosamente, se cumpriu nele.

LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 193-194.






3- Jesus cumpriu e aperfeiçoou a lei.

                O verbo “Cumprir” (Mt 5.17), do grego plêroô, traz a ideia de tornar cheio, completar, encher até o máximo fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente. Assim, a perspectiva pela qual Jesus cumpriu a Lei é que Ele lhe deu perfeição, conforme nos revela essa expressão: “ […] foi dito aos antigos: […] Eu, porém, vos digo” (Mt 5.21,22). Ora, em momento algum Jesus conflitou com as Escrituras do Antigo Testamento, mas as harmonizou plenamente. Por isso, diferentemente dos escribas e fariseus, que usavam da Lei para abusar do povo (Mt 23.4; Lc 11.46), o Senhor Jesus a aperfeiçoou (Mt 5.19). O que era visto com a sombra cedeu espaço para a realidade do pleno cumprimento profético (Lc 4.16 -21). Em Jesus, o que era visto por meio do Decálogo e dos profetas, concretizou-se fielmente em nosso Senhor, conforme nos revela o escritor aos Hebreus (Hb 1.1-3).




COMENTÁRIO

                Antigo Testamento traz a revelação da lei e dos profetas, e o Novo Testamento apresenta Jesus e o evangelho.

Não há conflito nem contradição entre a antiga e a nova dispensações. Jesus não veio para deitar por terra a lei e os profetas. Veio para cumprir tudo que a lei simbolizava e tudo o que os profetas disseram. A lei é a promessa; Jesus é o cumprimento da promessa. A lei era a sombra; Jesus é a realidade.

Jesus não veio para desautorizar a lei, mas para cumpri-la. Não veio para refutar os profetas, mas para ser a essência de tudo o que eles disseram. Jesus cumpriu a lei em seu nascimento, em seus ensinamentos e em sua morte e ressurreição. Nessa mesma linha de pensamento, John Charles Ryle escreve: Tomemos cuidado para não desprezar o Antigo !estamento, sob nenhum pretexto. A religião do Antigo Testamento é o embrião do cristianismo. O Amigo testamento é o evangelho em botão; o Novo Testamento é evangelho aberto em Hor. O Antigo !’estamento é o evangelho brotando; o Novo Testamento é o evangelho já em espiga formada. Os santos do Antigo Testamento enxergaram muitas coisas como que por um espelho, obscuramente. Porém, todos contemplavam pela fé o mesmo salvador e foram guiados pelo mesmo Espírito Santo que hoje nos guia.

Warren Wiersbe diz corretamente que Jesus cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento para que esses não fossem mais necessários ao povo de Deus (Hb 9-10).

Colocou de lado a antiga aliança e firmou uma nova. Nessa mesma linha de pensamento, A. T. Robertson explica que a palavra “cumprir” significa “encher por completo”.

Foi o que Jesus fez com a lei cerimonial, que apontava para ele. Jesus também guardou a lei moral. “Ele veio completar a lei, revelar a total profundidade do significado que estava ligado a quem a guardava”. Resta claro que Jesus não contradiz o que foi dito, mas o coloca em foco ético mais nítido, numa espécie de intensificação radical das exigências da lei.

LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 192-193.

                Cristo está afirmando muitas coisas nas duas frases do versículo 17. Ele nos lembra de que já veio. Em outros lugares, ele nos diz de onde veio. Aquele que ascendeu ao céu no final da vida é o mesmo que primeiro desceu do céu. Jesus também diz aqui que uma das razões pelas quais ele veio foi o cumprimento da lei de Deus. Certamente ele cumpriu a função da lei obedecendo-a em cada ponto. Ele também atendeu ao ensino dos profetas personificando todas as profecias feitas por eles. Sabemos que tanto a lei quanto os profetas apontam para a vinda de Jesus, e, quando ele veio, esta expressão reveladora foi cumprida. Muitos dizem: “Jesus não veio para destruir, mas para cumprir; logo, uma vez cumprida, a lei foi destruída.” Isso está errado. O contexto deixa claro que, quando Jesus fala sobre o cumprimento da lei, ele não apenas cumpre todos os seus aspectos em perfeita obediência, como o faz sem destruí-la, conforme veremos na exposição dos mandamentos.

“A Lei e os Profetas” no versículo 17 abrange todo o Antigo Testamento. Na Lei – 0 Pentateuco ou o Torá – os fariseus dispunham de 613 leis específicas, as quais eles procuravam explicar e obedecer. Com toda certeza, a medida completa delas nunca foi cumprida por um único fariseu sequer, mas a plenitude de suas exigências foi obedecida perfeitamente por Jesus.

Sproul., RC. Estudos bíblicos expositivos em Mateus. 1° Ed 2017 Editora Cultura Cristã. pag. 85-86.

                O verbo traduzido por “cumprir” (plërösai) significa literalmente “encher” e indica, como Crisóstomo disse, que “suas palavras (sc. de Cristo) não eram uma revogação daquelas primeiras, mas uma exposição e o cumprimento delas”. Para captarmos o sentido total dessas palavras, precisamos nos lembrar de que “a lei e os profetas”, isto é, o Velho Testamento, contêm diversos tipos de ensinamentos. A relação de Jesus Cristo com eles difere, mas a palavra “cumprimento” abrange todos eles.

Primeiro, o Velho Testamento contém ensinamento doutrinário. “Tora”, geralmente traduzido por “lei”, significa, na verdade, “instrução revelada”; e o Velho Testamento realmente instrui-nos sobre Deus, sobre o homem, sobre a salvação, etc. Todas as grandes doutrinas bíblicas se encontram nele. Mas, ainda assim, foi apenas uma revelação parcial. Jesus o “cumpriu” todo, no sentido de completá-lo com a sua pessoa, seus ensinamentos e sua obra. O Rev. Ryle resumiu-o assim: “O Velho Testamento é o Evangelho em botão, o Novo Testamento é o Evangelho em flor. O Velho Testamento é o Evangelho no limbo; o Novo Testamento é o Evangelho na espiga.” Segundo, o Velho Testamento contém profecia preditiva. Grande parte dela contempla o dia do Messias, profetizando-o por meio de palavras ou apresentando-o em figuras e tipos. Mas não passa de previsões. Jesus a “cumpriu” integralmente, no sentido de que o predito aconteceu com ele. A primeira declaração do seu ministério público foi: “O tempo está cumprido…” (Mc 1:14). Suas próprias palavras aqui, (Eu) vim, denotam essa mesma verdade.

Repetidas vezes ele declarou que as Escrituras deram testemunho dele, e Mateus enfatiza isto mais do que qualquer outro evangelista, através da sua repetida fórmula: “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta . . .” O clímax foi a sua morte na cruz, na qual todo o sistema cerimonial do Velho Testamento, sacerdócio e sacrifício, cumpriu-se perfeitamente. Então as cerimônias cessaram. Sim, como Calvino com razão comentou: “Apenas o uso deles foi abolido, pois o seu significado foi confirmado mais plenamente.” Não passavam de uma “sombra” do que estava por vir; a “substância” pertencia a Cristo. Terceiro, o Velho Testamento contém preceitos éticos, ou a lei moral de Deus. Mas eles são frequentemente mal interpretados e até mesmo desobedecidos. Jesus os “cumpriu”, em primeiro lugar, obedecendo-os, pois ele “nasceu sob a lei” e estava determinado (como já dissera João Batista) a “cumprir toda a justiça”. “Ele, na verdade, nada tinha a acrescentar aos mandamentos de Deus”, escreveu Bonhoeffer, “exceto isto, que ele os guardou”. Ele fez mais do que obedecê-los pessoalmente; ele explica o que a obediência implicará para os seus discípulos. Ele rejeita a interpretação superficial da lei, dada pelos escribas c fornece ele mesmo a verdadeira interpretação. O seu propósito não é mudar a lei, muito menos anulá-la, mas “revelar toda a profundidade do significado que pretendia conter”. Portanto, ele a cumpre, anunciando as exigências radicais da justiça de Deus”.

É isto que ele destaca no restante de Mateus 5, apresentando exemplos, conforme veremos. Em cada geração da era cristã, sempre houve aqueles que não conseguiram acomodar-se à atitude de Cristo para com a lei. O famoso herege do segundo século, Marcion, que reescreveu o Novo Testamento, eliminando as referências que este faz ao Velho, naturalmente apagou esta passagem. Alguns dos seus discípulos foram mais além. Atreveram-se até a inverter o seu significado, mudando os verbos de modo que a sentença, então, passasse a dizer o seguinte: “Eu vim, não para cumprir a lei e os profetas, mas para aboli-los!” Seus correlativos hoje em dia parecem ser aqueles que abraçaram a chamada “nova moralidade”, pois declaram que a própria categoria da lei fica abolida para o cristão (embora Cristo tenha dito que não veio para aboli-la), que nenhuma lei tolhe agora o povo cristão, exceto a lei do amor, e que na realidade a ordem para amar é agora o único absoluto. Sobre estes, voltarei a falar mais tarde. Por ora, basta enfatizar que, de acordo com este versículo (v. 17), a atitude de Jesus para com o Velho Testamento não foi de destruição e descontinuidade mas, antes, de continuidade construtiva, orgânica. Ele resumiu sua posição numa simples palavra: não “abolição”, mas “cumprimento”.

STOTT, John. Contracultura cristã. A mensagem do Sermão do Monte. Editora: ABU, 1981, pag. 34-35.





















SINOPSE I

Jesus Apresentou um compromisso com o passado, pois ele não veio destruir a lei, mas aperfeiçoá-la

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Lei “A lei revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1-24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada com um meio de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo com o andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, publicada pela CPAD, p.146.

II- A LETRA DA LEI, A VERDADE DO ESPÍRITO

1- O que a expressão “letra da Lei” significa?

                De acordo com as cartas de Paulo, a expressão “letra da Lei” diz respeito ao Antigo Concerto. Essa letra expressa os desígnios de Deus em forma de proibições escritas que revelam o pecado e levam à condenação, como nos mostra Romanos 7.7-25. Em suma, dominado pela fraqueza da carne e sem força, o homem seria levado à morte diante da letra da Lei. A função da Lei é mostrar a malignidade do pecado e a impossibilidade do homem em salvar-se. Nesse sentido, ela serviu com o paidagôgos (do grego), isto é, um pedagogo, um guia, que nos levou a Cristo (Gl 2.4). Um exemplo que revela essa função é a relevância dos profetas do Antigo Testamento para despertar o povo ao verdadeiro arrependimento diante de Deus. Entretanto, o judaísmo transformou a “letra da Lei” em um sistema de normas frias e sem vida.





COMENTÁRIO

                Para termos uma compreensão clara sobre o que seria a letra da Lei, nada melhor do que atentar para a citação paulina que diz: “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co3.6, ARA).

Por meio do substantivo neutro letra, que do grego é grámma, fala de carta, qualquer escrito, documento ou registro. No entanto, pela citação feita por Paulo, prontamente entendemos que ele está fazendo um contraste entre a letra que mata e o espírito que dá vida.

Esse contraste é entre a Lei como um sistema de salvação que exigia obediência perfeita, o que se provou ser impossível ao homem cumprir (Rm 3.19,20; 7.1-14; 8.1-11; Gl 3.1-14); e o evangelho, que falava da salvação como um dom mediante a graça de Deus por intermédio de Jesus Cristo.

Paulo entendia a Lei como boa, ademais, ela exerceu seu papel pedagógico, que era o de levar vidas para Cristo (Gl 3.15,19), pois, como dito antes, no seu aspecto geral a Lei se referia ao Pentateuco e aos profetas. Nas palavras do apóstolo Paulo, porém, a letra que mata não era propriamente a Lei que foi dada por Deus, mas, sim, a interpretação judaica corrompida imposta pelo judaísmo, que a transformou num sistema totalmente sem vida que escravizava as pessoas (Is 1.10-20; Jr 7.21-26).

O próprio Antigo Testamento já trazia lampejos da antecipação da graça (Ez 37.1-14; 47.1-12), o que se concretizou definitivamente em Cristo. Por intermédio de Jesus, o novo tempo da graça e da verdade chegou (Jo 1.17;4. 23; 6.63; Rm 2.28).

Em sua essência, a letra da Lei era a verdadeira Palavra de Deus, à qual Jesus obedeceu, dando-lhe grande valor; todavia, a letra que matava era um sistema criado pelos próprios escribas e fariseus como normas pesadas, requintadas de tantas exigências, usadas de modo impróprio, que levaria o homem à morte.

A letra da lei como um código escrito exteriormente, como foi dado a Moisés da parte divina, expressava a vontade soberana do Senhor como também suas proibições. Contudo, é preciso entender que quem procurasse viver totalmente em obediência ao Senhor teria vitória. Devido ao poder da natureza pecaminosa, para muitos era impossível cumprir toda a Lei, e, além disso, o pecado era cada vez mais incitado, levando as pessoas à morte (Rm 8.3; 7.7-25).

Em Salmos 19.7 está escrito que “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. O substantivo feminino torah, do hebraico, quer dizer lei, orientação, instrução, orientação (humana ou divina), conjunto de ensino profético, instrução na era messiânica, conjunto de orientações ou instruções sacerdotais, conjunto de orientações legais.

Com essas palavras, queremos dizer que não havia problema na Lei, porém, desde o momento em que Deus firmou um pacto com Israel, apesar de sua bondade e todo o cuidado dispensado, o povo jamais agiu como o Senhor queria, pelo contrário, não cumpriu com as responsabilidades do pacto assumido, de modo que nos livros históricos do Antigo Testamento se notará as constantes rebeliões dos israelitas para com a vontade do Senhor (Jr 31.32).

Diante desse cenário, o profeta Jeremias ansiava por uma Nova Aliança. Ele tinha consciência de que na Antiga Aliança Deus havia declarado o que realmente queria do seu povo, porém, não forneceu um poder ou método ao homem a †m de que fosse capaz de cumprir tais exigências. Por outro lado, na Nova Aliança Deus iria colocar essa Lei dentro do coração de cada um deles, de modo que eles teriam Deus como o Senhor e se tornariam seu povo (Jr 31.33). Nessa mesma linha de pensamento caminhou o profeta Ezequiel (Ez 36.26,27).

Na Nova Aliança o que iria impulsionar e mover o povo a Deus e ao cumprimento de sua Palavra seria a presença gloriosa do Espírito Santo, isso porque Ele faria uma verdadeira transformação. Assim, quando Paulo diz que a letra mata, não estava dizendo que aquilo que o Senhor deu a Moisés era imperfeito, sem valor, e sim que o uso inadequado dela como sistema de regras pesadas, exigindo cumprimento pleno pelo homem para se ter a salvação, era impossível, e gerava morte. Doravante, pela Nova Aliança o poder do Espírito Santo capacitaria o homem a viver a vontade do Senhor.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 58-60.

                Os fariseus teriam estado muito interessados em observar o que estava acontecendo com os cristãos, especialmente com relação às leis judaicas. Na verdade, a sua própria existência envolvia a obediência detalhada às leis e tradições judaicas — e a verificação de que todos fizessem a mesma coisa. A filosofia dos judaizantes era alguma coisa como: “Se você não consegue derrotá-los nem unir-se a eles, então tente modificá-los, absorvendo-os no seu meio”. A situação do judaísmo, que Jesus repetidas vezes confrontou no seu ministério, era algo de que os judeus não desistiam facilmente. Aqueles ainda comprometidos com esse sistema queriam forçar os fiéis a seguirem todas as regras dos judeus, para torná-los escravos do sistema legal religioso.

A circuncisão, com o seu significado inerente (veja 2.3, acima), era um bom primeiro passo. Obviamente, eles não se viam como tentando escravizar a ninguém, mas Paulo entendia que este era o fim definitivo da obediência exigida a todas as leis e tradições judaicas.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 267.

                O evangelho pregado aos gentios é o evangelho da liberdade (2.3-5). Vejamos o relato do apóstolo: Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se. E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão; aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós (2.3-5).

Tito foi levado por Paulo como um exemplo de que é possível um gentio ser salvo sem ser circuncidado. Para os judaizantes a presença de um gentio incircunciso na igreja era uma afronta, enquanto para Paulo era a evidência da eficácia da graça e da liberdade do evangelho. Se cedesse à pressão dos judaizantes para circundar Tito, Paulo estaria comprometendo a essência do evangelho. A própria liberdade cristã estaria danificada. Isso seria voltar à escravidão da lei.

E claro que a liberdade cristã não é sinônimo de licenciosidade (5.13). Adolf Pohl está certo ao conjeturar que o cristão livre não é o ser humano deixado solto, mas aquele que vive com seu libertador e para o seu libertador. Fora do senhorio de Cristo a liberdade é uma ilusão; tão-somente encobriríamos nossas paixões e desejos com uma palavra grandiosa.

John Stott está absolutamente correto, quando escreve: Introduzir obras da lei e fazer a nossa aceitação depender de nossa obediência a regras e regulamentos era fazer o homem livre retroceder para a escravidão. Neste princípio Tito era um teste. Era verdade que ele era um gentio incircunciso, mas era também um cristão convertido. Tendo crido em Jesus, fora aceito por Deus em Cristo, e isso, dizia Paulo, era suficiente. Nada mais era necessário para a sua salvação, como o confirmou mais tarde o Concílio de Jerusalém (At 15.11).

Quando se tratava da defesa do evangelho, Paulo era absolutamente inflexível. Esses falsos irmãos, como espiões e traidores, como agentes de serviço secreto, introduziram-se furtivamente na igreja para perturbar os crentes e perverter o evangelho. Mas encontraram em Paulo um muro de concreto, uma rocha inabalável e um apóstolo intransigente. Paulo era flexível com os irmãos fracos, mas inflexível com os falsos irmãos. Quando se trata da verdade do evangelho não podemos ceder uma polegada nem transigir com uma vírgula. Negociar a verdade é cair na vala da apostasia. David Stern defende claramente que aqueles que insistem na circuncisão dos gentios (2.3-5) não possuem um evangelho melhor e mais puro, mas uma perversão do evangelho (1.6-9), reprovada pelas próprias pessoas para cuja autoridade eles apelavam (2.8,9; 5.11).

LOPES, Hernandes Dias. GALATAS A carta da liberdade cristã. Editora Hagnos. pag. 85-86.




2- A perspectiva teológica da Lei.

                Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de uma tríplice divisão: moral, cerimonial e judicial. A Lei Moral envolve os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17); a cerimonial refere-se à adoração do povo de Deus no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo (Êx 25.1-31.17); a judicial tem a ver com diversas responsabilidades civis (individuais e sociais) (Êx 21.1-23.19). Pelo sistema da antiga Lei, havia um falso entendimento de que o homem poderia viver de maneira justa segundo o seu próprio mérito e que, por isso, seria possível salvar-se. Ora, o apóstolo Paulo refutou sabiamente esse falso entendimento (Gl 2.16; Tt 3.5). Em suas cartas, o apóstolo deixou bem claro que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei e que, por isso, pôs fim ao Sistema de Lei Mosaico, de modo que Ele oferece um novo e vivo caminho para se chegar a Deus (Jo 14.6; Hb 10.19,20), uma nova aliança que concede justificação e paz ao salvo (Rm 5.1).




COMENTÁRIO

                Em sua completude, a Lei, como foi dada aos filhos de Israel, era composta em três partes: moral, judicial e cerimonial. Encontramos os Dez Mandamentos na lei moral (Êx 20.1-17), além de outros princípios. A lei judicial envolvia o relacionamento entre os judeus e pode ser vista nos capítulos 21 a 23 de Êxodo. Constam nessa passagem informações sobre como cada pessoa deveria se comportar com a outra e o que se deveria fazer ou não fazer. Já na lei cerimonial estavam as questões atreladas aos sacrifícios, aos holocaustos, os ritos, os sistemas de adoração, e pode ser encontrada no livro de Levítico.

De modo geral, tudo isso era o conteúdo da Lei; era a essa Lei que Jesus estava se referindo em Mateus. Lembrando que sua ênfase estava relacionada aos ensinos sobre o comportamento e conduta do homem, sobre a verdadeira vida.

É preciso que o leitor tenha todo o cuidado quando for estudar a Lei na perspectiva que Jesus a introduz no livro de Mateus.

Primeiramente, porque no versículo 17 sua ênfase é pela totalidade da Lei, mas, quando passamos para a leitura do versículo 21, sua ênfase é quanto à lei moral. Na perspectiva bíblica e teológica, já se compreende que a Lei é uma referência ao Pentateuco, ao passo que os profetas envolviam os livros proféticos do Antigo Testamento. Esses profetas eram vozes altissonantes que em sua missão agiam interpretando a Lei e chamando o povo para cumpri-la com fidelidade, visto que os males que sofriam eram por causa da desobediência; por esse motivo, procuravam chamar o povo para um retorno, incentivando-os para que todos fizessem uma releitura da Lei. Duas coisas caracterizavam os profetas na missão que desempenhavam: eram pregadores e também videntes.

Entendemos que Jesus valorizou a Lei em todos os sentidos, não veio nem para acabar com ela, nem acrescentar algo novo, mas mostrou total e plena obediência, porquanto sabia do seu grande valor, de modo que o verbo “cumprir” implicaria estar sujeito a tudo aquilo que a Lei e os profetas disseram (Lc 24.25-27).

Jesus esclarece que aquilo que a Lei dizia era irrevogável, permanente, e, para confirmar isso, faz uso do céu e da terra, que são sinais de permanência, de modo que enquanto eles estiverem em seus lugares, coisa alguma da Lei poderá ser mudada (Mt 5.18).

Jesus estava dizendo que os mínimos detalhes da Lei deveriam ser cumpridos e obedecidos. Com essa posição, Ele estava evidenciando o grande valor da Lei e, quando fez o acréscimo de “em verdade vos digo”, por meio de sua autoridade divina estava reforçando a ideia de que a Lei de Deus, isto é, o Antigo Testamento, deve ser totalmente obedecido e cumprindo em todo os seus mínimos detalhes.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag.

                Todas as pessoas são pecadoras condenadas diante de Deus: os tementes a Deus, os judeus respeitadores da lei, e os “pecadores gentios”, igualmente. Porém, todos são justificados com Deus, não por fazerem as obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Esta é a doutrina da “justificação”.

Deus justifica as pessoas apesar da sua culpa, as perdoa, e então as torna seus filhos e herdeiros. A lei à qual ele estava se referindo poderia significar as Escrituras dos judeus, além das leis acrescentadas pelos fariseus. Se as pessoas pudessem ser salvas pela obediência à lei, então Cristo não precisaria ter morrido. Mas a realidade é que peias obras da lei nenhuma carne será justificada.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 272.

                Tanto ele como Pedro, judeus como eram, haviam descoberto que a salvação jamais pode ser alcançada pelas “obras da lei” (16); mas deve vir mediante a fé em Cristo Jesus (16), fé essa que tem origem nEle e que depende exclusivamente dEle (cf. Rm 3.26). Esse grande verbo paulino, «justificar» emerge aqui. A justificação envolve mais que o perdão dos pecados; no Breve Catecismo de Westminster é definida como segue: «A justificação é um ato da graça livre de Deus, mediante o qual Ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos Seus olhos, baseado somente na retidão de Cristo, a nós imputada, e recebida exclusivamente pela fé». É justamente o contrário da condenação (cf. Rm 8.33-34).

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Gálatas. pag. 16.




3- A Lei e a verdade do Espírito.

                Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo Testamento, obedecendo perfeitamente à Lei, cumprindo os tipos, sombras, símbolos e profecias. A causa dessa realidade perfeita é a morte substitutiva de Jesus e, por isso, hoje, os cristãos são declarados justos pelo mérito da obra de Cristo (Rm 3.21-26; 10.4). Em conformidade com esse evento salvífico, o apóstolo Paulo diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Co 3.6). Isso mostra que o Novo Concerto revelou-se na pessoa de Jesus, que gera vida, e não mais na letra pesada da Lei, que gera morte (Rm 6.23). Ou seja, de um código exterior de normas para um código interior e dinamizado na vida pelo Espírito; de palavras registradas em tábuas de pedra para palavras cravadas no coração. O Espírito Santo traz vida em Cristo e grava a vontade de Deus em nossa consciência e coração (Rm 8.2; 1 Co 15.45; 1Tm 1.5).

COMENTÁRIO

                Jesus não se manifestou contra a Lei, mas a exaltou grandiosamente. Com isso entendemos que a Lei exigia algo que o homem não poderia cumprir, devido à sua natureza pecaminosa, que o tornava fraco (Rm 8.3). Entretanto, passa agora a estar em ação o Espírito Santo, que gravaria no coração do homem o querer ou a vontade do Senhor (Rm 8.2; 1Co 15.45; At 15.9), levando o mesmo a corresponder com os requisitos do Deus Santo (Rm 8.4).

O leitor da Palavra de Deus facilmente notará, por meio das palavras de Paulo, a diferença entre as duas dispensações: da Lei e do Espírito. O apóstolo Paulo argumenta que o ministério de Moisés, ainda que tendo brilho, era transitório. Isso evidencia que havia nesse ministério o esplendor da glória de Deus, isto é, a revelação de sua vontade, de modo que sua conclusão é que se o ministério gravado em pedras tinha glória (Rm 7.7,8; 1Co 15.16), quanto maior glória teria o ministério do Espírito, o qual concederia a verdadeira vida (Gl 3.5).

A distinção entre o ministério da antiga Lei gravada em pedras e do Espírito é algo sério, posto que a primeira apenas mostrava a doença, mas não falava sobre a esperança de cura; na Nova Dispensação, porém, por meio do evangelho, há esperança para a cura da doença que mata o homem, o pecado. Essa cura é o sangue de Jesus Cristo. É no evangelho que o homem pode viver a verdadeira justiça e a santificação requeridas por Deus (Rm 1.16; 8.39).

Portanto, queridos irmãos, entendemos que na Nova Dispensação o ministério do Espírito Santo seria completamente diferente do da Antiga Aliança, visto que na Nova os pecados seriam perdoados para não serem mais lembrados e, a partir de então, o homem seria capacitado e motivado pelo Espírito de Deus para realizar o que não conseguira quando vivia pela força da Lei (Jr 31.31; Ez 36.25-27; Rm 8.3,4).

Nesse contraste que Paulo faz entre a Lei que mata e a vida que vem do Espírito, em momento algum o apóstolo está dizendo que houve qualquer ato de aviltamento com o Antigo Testamento. Como dito antes, a letra que matava se referia à Lei de Moisés, mas usada inadequadamente pelos judeus (Tt 3.5) levando o homem ao desespero, como aconteceu com Paulo. De agora em diante, tanto a Antiga Escritura como os Evangelhos estariam unidos e passariam a ser instrumentos pelos quais o Espírito Santo iria transmitir a verdadeira vida ao homem.

Quando Paulo fala que o Espírito vivifica, ele está fazendo alusão ao novo concerto da revelação que se concretizou em Cristo, de modo que doravante não se falaria mais em um código escrito em pedra, mas esse novo seria dinâmico e espiritual introduzido nos corações para que pudesse viver e fazer a vontade do Senhor. Nisso consiste a Lei e a verdade do Espírito.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 62-64.

                Colin Kruse interpreta esta expressão: “[…] porque a letra mata […]” (3.6), dizendo que o código escrito (a lei) mata quando usada de modo impróprio, isto é, como um sistema de regras que devem ser observadas a fim de estabelecer a auto-retidão do indivíduo (Rm 3.20; 10-14).

Usar a lei dessa forma inevitavelmente conduz à morte, visto que ninguém pode satisfazer às suas exigências e, portanto, todos ficam sob sua condenação. O ministério do Espírito é completamente diferente. E o ministério sob a nova aliança, sob a qual os pecados são perdoados para nunca mais serem lembrados, e as pessoas são motivadas e capacitadas pelo Espírito a fim de realizar aquilo que a aplicação imprópria da lei jamais poderia conseguir (Jr 31.31-34; Ez 36.25-27; Rm 8.3,4).

O ministério do Espírito traz vida, porque na nova aliança o pecador é substituído por Cristo, e, em Cristo, ele recebe o perdão de seus pecados. O Filho de Deus veio ao mundo como nosso representante e fiador. Quando ele foi à cruz, Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós (Is 53.6). Ele foi feito pecado por nós (2Co 5.21) e maldição por nós (G1 3.13). Ele foi ferido e traspassado pelas nossas transgressões. Quando estava suspenso entre a terra e o céu, o próprio sol cobriu o seu rosto e houve trevas sobre a terra.

Nem mesmo o Pai pôde ampará-lo. Naquele momento, ele bebeu sozinho todo o cálice da ira de Deus contra o pecado. Então, vitoriosamente pegou o escrito de dívida que era contra nós, rasgou-o, anulou-o, encravou-o na cruz e bradou: “Está consumado” (Jo 19.30)! Cristo morreu a nossa morte, para vivermos sua vida. Pela morte de Cristo temos vida abundante e eterna. O ministério do Espírito é aplicar em nós os benefícios da redenção de Cristo.

LOPES, Hernandes Dias. II Coríntios O triunfo de um homem de Deus diante das dificuldade. Editora Hagnos. pag. 80-81.

Este versículo termina com um curto provérbio – a letra mata, e o Espírito vivifica. A “letra”, ou o antigo concerto, refere-se às Escrituras do Antigo Testamento, o resumo da lei de Moisés. A carta de Paulo aos Romanos mostra que ele negava inequivocamente que a observância à lei pode levar à salvação.

Na verdade, a lei somente torna as pessoas conscientes do seu pecado, o pecado que, em última análise, leva à morte (Rm 2.29; 3.19,20; 6.23; 7.6). Tentar ser salvo observando as leis do Antigo Testamento irá acabar em morte.

Somente crendo no Senhor Jesus Cristo se pode receber a vida eterna, por intermédio do Espírito Santo. Ninguém, exceto Jesus, cumpriu a lei perfeitamente; assim, todo o mundo está condenado à morte. Sob o novo concerto, a vida eterna vem do Espírito Santo. O Espírito dá uma nova vida a todos aqueles que creem em Cristo.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 204.

4- Qual é o propósito da Lei para os discípulos de Cristo?

                Vimos que Jesus cumpriu toda a Lei. Nesse sentido, cabe perguntar: há propósito da Lei para os cristãos? O apóstolo Paulo responde essa questão mostrando que a Lei é santa (Rm 7.12), está estabelecida (Rm 3.31), se cumpre no amor (Rm 13.8-10; Gl 5.14) e opera atualmente por meio do Espírito Santo, que dinamiza a vida interior do cristão (Rm 8.2,9; Gl 5.6,25). Portanto, é Jesus Cristo quem impacta, aperfeiçoa e, por meio do Santo Espírito, implanta no interior do crente o verdadeiro sentido da Lei (Gl 4.3-7).




COMENTÁRIO

                Quando o cristão se depara com esse texto: “Porque o Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4), prontamente entende que se Jesus já cumpriu toda a Lei, então não há necessidade alguma de se voltar para o Antigo Testamento, podendo rejeitá-lo por completo. É preciso muito cuidado nesse sentido, pois muitos estão rejeitando o Antigo Testamento para ficar apenas com o Novo, esquecendo-se de que ambos se completam.

Jesus esclareceu que o Antigo Testamento testificava sobre sua pessoa e obra (Jo 5.39; Lc 24.27). Ainda há que se dizer que é nas Escrituras Antigas que constam ensinos sobre a criação do mundo, a origem do pecado, a promessa da vinda do Salvador, dentre outros assuntos importantes, de modo que sua utilidade para os novos salvos em Cristo é relevante. .

Tudo o que os profetas falaram foi por inspiração divina, não são meramente frases poéticas. O que se procurava alcançar, em suas declarações, era despertar o povo para viver a vontade do Senhor, sabendo que brevemente o esperado Messias iria chegar para o cumprimento de tudo. Podemos dizer que no Antigo Testamento se tem a promessa, no Novo, o total cumprimento das revelações divinas que foram dadas ao longo do tempo (Gl 4.4). Assim, não há como se falar em Novo Testamento sem o Antigo Testamento.

À luz de Mateus 5.17,18, como já explicado, Jesus mostrou que o Antigo Testamento era a Palavra de Deus, por isso procurou cumpri-la.

Semelhantemente, devemos proceder como nosso divino Mestre, jamais pondo em dúvida a autoridade da Antiga Escritura, pois durante sua vida, Jesus sempre fez menção a muitas passagens veterotestamentárias durante seus ensinos e deixou claro que elas não podem falhar: “Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35, ARA).

Por meio dos ensinos de Paulo em relação à Lei, entendemos que ela jamais perde sua validade, porque é santa (Rm 7.22). Desse modo, ela está estabelecida e cumprida (Rm 3.31; 13.8-10; Gl 5.14).

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 64-66.

                Os versículos acima, citados a partir das Escrituras, condenam a todos, mas especialmente aqueles que estão sob a lei, os judeus. Aqueles que leem estes versículos silenciam. Não há mais desculpas para dar.

Nem qualquer autodefesa. Ninguém tem quaisquer desculpas; todos são condenáveis diante de Deus. E se os judeus – o povo especial escolhido por Deus – nada podem dizer em sua própria defesa, então ninguém pode.

No silêncio que enche o tribunal, um pensamento é claro: culpado das acusações. A responsabilidade pela culpa deve ser acatada, muito embora toda explicação e desculpa tenham falhado. Somos responsáveis diante de Deus porque Ele é o nosso Criador, a fonte pessoal que está por trás do padrão (a lei), e o Juiz fidedigno. Devemos nossa existência e obediência a Ele.

Com esta afirmação abrangente, Paulo conclui seus argumentos de abertura que descrevem o estado da perdição humana. O propósito da lei não é trazer a salvação, mas nos alertar sobre o pecado.

A única maneira das pessoas se tornarem justificadas diante de Deus, é serem declaradas justas pelo próprio Deus. Ninguém pode fazê-lo ao tentar seguir o que a lei de Deus ordena, ou seja, mantendo certas tradições, como a circuncisão, a fim de ser identificado como um judeu e assim permanecer sob as promessas da aliança de Deus. Essas tradições estão relacionadas com a identificação com o povo de Deus, e com a manutenção do relacionamento com esse povo.

Novamente Paulo conduz ao ponto principal: Ser um judeu instruído, fiel e seguidor da lei, não torna uma pessoa justa. A lei não era algo de que os judeus deveriam se vangloriar; pelo contrário, ela foi dada para eliminar a ostentação de qualquer um e alertar a todos sobre o pecado e sobre a constante necessidade da graça de Deus. A lei só torna dolorosamente claro que as pessoas não a estão obedecendo.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 33-34.

                Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de Deus através do seu líder, Moisés. A Lei Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”), admite uma tríplice divisão: (a) a lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (20.1-17); (b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (21.1 — 23.33); e (c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrificial (24.12 — 31.18). Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à função da lei no Antigo Testamento.

(1) A lei foi dada por Deus em virtude do concerto que Ele fez com o seu povo. Ela expunha as condições do concerto a que o povo devia obedecer por lealdade ao Senhor Deus, a quem eles pertenciam. Os israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8).

(2) A obediência de Israel à lei devia fundamentar-se na misericórdia redentora de Deus e na sua libertação do povo (19.4).

(3) A lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1—24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo. Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20).

(4) Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em Deus e na sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o fundamento para a guarda dos seus mandamentos. Israel fracassou exatamente nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em Deus, do amor para com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo de cumprirem a sua lei. Paulo declara que Israel não alcançou a justiça que a lei previa, porque “não foi pela fé” que a buscavam (Rm 9.32).

(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a obediência a Deus, partindo de um coração cheio de amor (ver Gn 2.9 nota; Dt 6.5 nota) levaria a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16 nota; Dt 4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm 8.13; 1Jo 1.7).

(6) A lei expressava a natureza e o carácter de Deus, i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei moral de Deus, pois foram criados à sua imagem (Lv 19.2).

(7) A salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a guarda de todos os mandamentos. Inerente no relacionamento entre Deus e Israel, estava o sistema de sacrifícios, mediante os quais, o transgressor da lei obtinha o perdão, quando buscava a misericórdia de Deus, com sinceridade, arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória mediante o sangue.

(8) A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava como um tutor temporário para o povo de Deus até que Cristo viesse (Gl 3.22-26). O antigo concerto agora foi substituído pelo novo concerto, no qual Deus revelou plenamente o seu plano de salvação mediante Jesus Cristo (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, nota com matéria adicional sobre a natureza e função da lei no AT).

(9) A lei foi dada por Deus e acrescentada à promessa “por causa das transgressões” (Gl 3.19); i.e., tinha o propósito (a) de prescrever a conduta de Israel; (b) definir o que era pecado; (c) revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de Deus e de praticar o mal, e (d) despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia, graça e redenção divinas (Rm 3.20; 5.20; 8.2).

STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.




SINOPSE II

Letra da Lei diz respeito ao Antigo Concerto; a verdade do Espírito diz respeito a vida em Cristo que grava a vontade de Deus no coração.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O Princípio Básico

Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei judaica.

Aqui Jesus deixa claro que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la. Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir; Ele insiste que guardar a lei começa com a atitude do coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: ‘Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr 31.33b). Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa.

Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história da salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.44 ).




III- A JUSTIÇA DO REINO DE DEUS

1- Quem é grande no Reino de Deus?

                Mateus 5.18-19, mostra que são considerados ‘‘grande no Reino de Deus” os que se acham fiéis e cumpridores de toda a lei de Cristo. Consequentemente, são rebaixados à condição de menores os que negligenciam, removem, separam, violam o menor dos mandamentos de Deus e não atentam para a sua instrução, quer por omissão, quer por transgressão. Assim, como discípulos de Cristo e cidadãos do Reino de Deus, devemos cumprir e ensinar a lei divina a partir do poder do Espírito Santo que transforma, aperfeiçoa e concede-nos graça e verdade (Jo 1.16,17).

COMENTÁRIO

                Entre os rabinos judeus, se fazia a divisão da Lei em 613 mandamentos. Havia os que eram negativos e positivos. Do lado negativo se tinha um total de 356 mandamentos, e do lado positivo outros 248. Isso fazia com que constantemente surgissem debates quanto ao que seria pesado e leve. Um exemplo de mandamento leve seria o que consta em Deuteronômio 22.6, e foi nessa questão que um escriba queria saber a opinião de Jesus sobre o maior mandamento, ao que prontamente respondeu (Lc 10.27).

Mas é preciso que se compreenda que o ensino e a interpretação que Jesus vai trazer quanto à Lei não seguia os parâmetros do judaísmo frio, trivial e intolerante, cheio de legalismo. Ainda que Cristo levasse em consideração que algumas exigências fossem de maior importância do que outras, como se vê em Mateus 5.19, Ele realçou com precisão as coisas mais importantes da Lei, como, por exemplo, o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23). É compreensível que Jesus valorizasse toda a Lei, inclusive a lei moral, como se verá em Mateus 5.21. Tudo isso deveria ser observado.

Em relação ao que é pequeno ou grande no Reino dos céus, Jesus esclarece que aquele que violar um dos menores mandamentos e ensinar a outros, isto é, ainda que seja doutor em teologia, filosofia, grande exegeta e hermeneuta, não importa, será considerado como o menor em seu Reino. Aquele, porém, que procurar praticar e ensinar os mandamentos conforme estão escritos, como ensinado por Jesus, será grande em seu Reino. Essa última expressão fala de alguém que vive ou procede segundo a verdade (1Jo 1.31), e, pela leitura que se faz de Mateus 18.1-4, tal ensino é verdadeiro tanto agora como na eternidade.

Como servos de Cristo, devemos guardar a Palavra de Deus e ensiná-la aos outros como realmente deve ser ensinada, não vendo qualquer parte dela como inferior, pequena, sendo passível de não cumprimento, visto que os reais seguidores de Cristo, em especial os mestres e doutores, sabem que para serem cooperadores do Mestre neste mundo e fazer algo para o seu Reino, precisam reverenciar, respeitar, obedecer e cumprir a Palavra de Deus, pois todos são conscientes de que a justiça que faz parte do Reino tem harmonização perfeita com os princípios morais exarados no Antigo Testamento.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 66-67.

                A pessoa que minimiza o significado da antiga lei à parte da interpretação de Jesus da lei será chamado o menor no Reino (Mt 5.19). A palavra lyo (v. 19) significa relaxar, quebrar ou anular. Mais tarde, quando o gnosticismo menosprezou o mundo material e segregou a salvação a uma jurisdição espiritual, mítica ou não-histórica, os pais da igreja primitiva foram prontos em insistir na validade da obra de salvação de Deus no tempo, no espaço e na história como demonstrado no Antigo Testamento. Sem o contexto histórico, precedente e a promessa do velho, a declaração do novo pode significar qualquer coisa que algum autodenominado profeta queira significar.

A pressuposição de que Jesus estava perpetuando o mero legalismo e elevando o lance legalista evapora-se no calor da advertência de Jesus encontrada no versículo 20: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus”. A questão era a qualidade e fim da lei, e não sua quantidade.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. pag. 45.

                MÍNIMO no reino. Os mestres que interpretam erroneamente e assim ensinam, levam outros a errar por seus ensinos; esses homens serão—os menores— no reino. E provável que Jesus fizesse alusão especial ao reino do Messias, por ele oferecido. Nesse reino, tais mestres teriam pouca importância, em contraste com a posição antes ocupada. Talvez a interpretação seja mais ampla do que essa, segundo fazem alguns comentaristas, que aplicam as palavras até mesmo ao «céu» ou ao «inferno».

O apóstolo Paulo parece ensinar algo semelhante em I Cor. 3:1 3-15: «…manifesta se tornará a obra de cada um … se permanecer a obra de alguém…. receberá galardão… se queimar, sofrerá dano… será salvo, todavia, como que através do fogo». Mas a interpretação principal é aquela dada acima.

Grande. Não o maior. Só Deus poderia fazer tal declaração. O serviço bem feito, segundo as regras de Deus, merece o galardão dado por Deus. Provavelmente Jesus pensou nos santos do V.T., nos profetas e em Moisés. Foram exemplos de grandes» indivíduos. Pregaram, mas também obedeceram aos mandamentos de Deus.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 309.




2- A Justiça do reino de Deus.

                    A compreensão da justiça do Antigo Testamento, baseada no binômio lei-obra, gerou orgulho pessoal e confiança nas próprias ações dos judeus para justificarem a si mesmos. No Novo Testamento, há exemplos a esse respeito: o jovem rico que agiu assim para atingir o supremo bem (Mt 19 .16 -26); o fariseu que, por meio de sua justiça própria, achava-se melhor que o publicano (Lc 18.9-17); o sacerdote e o levita que, firmados numa justiça própria, não atentaram para a aflição do próximo (Lc 10.25-37). Mas Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata mais daquela velha justiça exterior, cerimonial e legalista. Por isso, a justiça exigida pelo Senhor Jesus aos seus discípulos é superior à dos escribas e fariseus. É uma justiça mais sublime, elevada e interior. Essa justiça só pode ser obtida mediante a fé, nos permitindo viver de maneira justa e piedosa (Rm 3.21,22; Rm 8.2-5) e, assim, entrar no Reino de Deus.

COMENTÁRIO

                Logo que lemos Mateus 5.20, vemos que Jesus faz um páreo entre a justiça ensinada pelos escribas e fariseus com a justiça realmente que Deus se agrada, a qual todo verdadeiro cidadão do Reino de Deus deve ter. A compreensão perfeita do ensino de Cristo quanto ao que ensinavam os escribas e fariseus se verá realmente no tipo de justiça que tinham. Eles ensinavam sobre homicídio, adultério, juramento de modo literal, mas não atentavam para o que realmente a pessoa era.

Jesus ensina que a justiça do Reino teria que estar em consonância plena com a Lei de Deus (Mt 22.34-40), esse foi o motivo de Ele dizer: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48, ARA). O Senhor Jesus levaria em consideração não somente o que a pessoa iria fazer, mas, sim, o que realmente ela seria, para Ele somente os feitos externos praticados perante os olhos humanos não teriam importância de modo isolado, mas envolveria o lado interno, o coração, que já havia sido transformado pelo poder da Palavra, procurando corresponder com a perfeição do Pai.

Agora é fácil notar a diferença entre a justiça ensinada por Jesus e aquela ensinada pelos escribas e fariseus. A justiça que o crente recebe vem pela fé em Cristo Jesus, não dependendo de qualquer esforço humano; ao contrário dos escribas e fariseus, em que a justiça ensinada estava firmada em cumprimentos de atos e esforços humanos. Desse modo, alcançariam a verdadeira vida que Deus desejava.

É preciso entender que os escribas e fariseus eram fortes. Os escribas eram considerados doutores, mestres e expositores do Antigo Testamento; os fariseus apresentavam-se como cumpridores e praticantes da Lei com toda minúcia e escrúpulos. Jesus diz que os novos discípulos que desejassem fazer parte do seu Reino teriam quer ter uma justiça superior à dos escribas e fariseus.

A justiça proposta pelo escribas e fariseus estava baseada naquilo que é aparente, superficial, externo, não envolvia o coração, pois procuravam justificar-se a si mesmos diante dos homens (Lc 16.15), enquanto o coração estava cheio de extorsão e intemperança (Mt 23.25), e jamais chegariam à perfeição de Deus. A justiça requerida por Cristo, que começou a ser dita em Mateus 5.8, fala dos limpos de coração e acontece por uma mudança divina, jamais do próprio esforço do homem.

Podemos dizer que a justiça dos escribas e fariseus era fruto de uma mente enganosa, de modo que apresentavam seus argumentos e raciocínios corruptos, por isso estavam sempre anulando a Palavra de Deus (Mt 15.3.6). A justiça que utilizavam era criada por eles mesmos, estava firmada no eu, de modo que se julgavam justos (Mt 18.9-14).

Os escribas e fariseus não tinham a sede de justiça como foi ensinado por Jesus (Mt 5.6). Jesus queria que os seus servos tivessem uma justiça que levasse a cada um a olhar para si mesmo e, como isso se voltar para o Pai, buscando dEle a real justiça (Lc 15.17-19). A justiça ensinada por Cristo não exalta o ego humano, pois sempre busca a glória de Deus (Mt 5.16; Mt 6.1,2).

Assim sendo, podemos dizer que a justiça presente hoje nos filhos de Deus origina-se na justiça que vem de Cristo, que lhes foi imputada e alcançada pela fé (Rm 3.21,22). Ela habilita o cristão a viver retamente para que possa entrar no Reino proclamado por Jesus.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 68-70.

 Uma justiça de faixada não é suficiente para entrar no reino dos céus (5.20)

Jesus deixa claro que os escribas e fariseus, que torciam a lei e oprimiam o povo com um discurso legalista, ostentando uma santidade aparente e uma justiça apenas exterior, estavam fora do reino dos céus. Para entrar no reino dos céus, é necessário não ostentar, mas ser humilde de espírito.

E necessário não se gabar de sua justiça, mas chorar pelos seus pecados. E necessário não defender seus direitos, mas ser manso. E necessário ter fome não de prestígio, mas de justiça. E necessário não oprimir os órfãos e as viúvas, mas ser misericordioso. E necessário não agasalhar hipocritamente toda sorte de imundícia no coração, mas ser limpo de coração. E necessário não ferir as pessoas com seu legalismo pesado, mas ser pacificador. E necessário não criar contendas e odiar as pessoas em nome de Deus, mas se dispor a sofrer por causa da justiça. Essa é a justiça que excede em muito a justiça dos escribas e fariseus.

LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 195.

                Jesus está dizendo que precisamos fazer tudo aquilo que os fariseus faziam e ainda mais. Como pode ser isso, uma vez que possuímos a justiça de Cristo imputada em nós? Sem ela, pereceriamos, e talvez seja isso o que Jesus está dizendo aqui. Precisamos alcançar justiça maior do que a dos escribas e fariseus, caso contrário não entraremos no céu. Contudo, não acho que é isso o que Jesus quis dizer aqui. O que ele está afirmando é que quem recebe sua justiça deve ir além dos escribas e dos fariseus. Estes eram tão meticulosos na observância das palavras da lei, que negligenciaram o espírito. A forma antinomiana é tentar manter 0o espírito da lei e não se importar com as palavras. E o que fazemos? Bem, aquilo com que Deus realmente se importa é o espírito da lei, não as palavras. O que ele deseja, entretanto, é que as pessoas sigam tanto o espírito quanto as palavras da lei.

Sproul., RC. Estudos bíblicos expositivos em Mateus. 1° Ed 2017 Editora Cultura Cristã. pag. 87.

SINOPSE III

O Sermão do Monte esclarece que as bem-aventuranças são a verdadeira felicidade para quem nasceu de novo.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Sobre a Justiça

“[…] Os fariseus eram zelosos em guardar tanto a lei escrita quanto a oral. Ao explicar o verdadeiro significado da Palavra de Deus, Cristo estava prestes a revelar um a justiça que ‘ultrapassava’ qualquer justiça que os fariseus imaginassem possuir, guardando os mandamentos. Como cidadãos do Reino de Jesus, você e eu somos chamados para viver uma vida justa. Mas devemos evitar o engano dos fariseus. Não devemos confundir a verdadeira justiça, ou supor que, por fazermos determinadas coisas e evitarmos outras, alcançamos elevada espiritualidade. O que fazemos é importante, é verdade. Mas Deus está mais interessado no que somos” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.557).

CONCLUSÃO

                Jesus não veio para desfazer a Lei, nem viveu com um legalista. Porém, soube conservar o que havia de bom na antiga Lei, dando-lhe uma nova dinâmica de vida. Nosso Senhor deseja que nossas vidas sejam elevadas espiritualmente, semelhantes ao caráter e conduta dEle, deixando de lado toda frieza espiritual e, aquecidos pelo Espírito Santo, abraçando o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

VOCABULÁRIO 

Binômio: que tem dois nomes ou dois termos.

Estático: sem movimento parado, imóvel.

Retrógada: que anda para trás, não avança.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Segundo a lição, Jesus tinha o propósito de destruir a Lei?

Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas.

2- Qual é a tríplice divisão da Lei?

Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de uma tríplice divisão: moral, cerimonial, judicial.

3- De acordo com a lição, o que a letra da Lei expressa?

Essa letra expressa os desígnios de Deus em forma de proibições escritas que revela o pecado e leva à condenação, como nos mostra Romanos 7.7-25.

4– Como o Senhor Jesus cumpriu todo o Antigo Testamento?

Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo Testamento, obedecendo perfeitamente a Lei, cumprindo os tipos, sombras, símbolos e profecias.

5- O que é a justiça no Reino de Deus?

Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata mais daquela velha a justiça exterior, cerimonial e legalista.

Revista: Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Pr Osiel Gomes

Sumário

Lição 1 - O Sermão do Monte: O Caráter do Reino de Deus
Lição 2 - Sal da Terra, Luz do Mundo
Lição 3 - Jesus, o Discípulo e a Lei
Lição 4 - Resguardando-se de Sentimentos Ruins
Lição 5 - O Casamento É para Sempre
Lição 6 - Expressando Palavras Honestas
Lição 7 - Não Retribua pelos Padrões Humanos
Lição 8 - Sendo Verdadeiros
Lição 9 - Orando e Jejuando como Jesus Ensinou
Lição 10 - Nossa Segurança Vem de Deus
Lição 11 - Sendo Cautelosos nas Opiniões
Lição 12 - A Bondade de Deus em nos Atender
Lição 13 - A Verdadeira Identidade do Cristão