Texto Áureo:
(Para uma melhor compreensão do Texto Áureo, vamos analisar Atos 19 de 1 à 7)
1.E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as
regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
2.disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe:
Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3.Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de
João.
4.Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento,
dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5.E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6.E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e
falavam línguas e profetizavam.
7.Estes eram, ao todo, uns doze varões.
Atos 19:1-7
Pablo Alberto Deiros (pastor, teólogo e escritor paraguaio de origem argentina) disse que; “Era
necessário que os que se tornaram discípulos de João, passassem de meros seguidores
de Cristo como Messias a cristãos comprometidos com ele como Senhor. Esses
discípulos não demonstraram ser autenticamente cristãos até o momento em que se
encontraram com Paulo. Não sabiam nem mesmo que havia Espírito Santo e conheciam
muito pouco a respeito de Jesus. Evidentemente, não eram cristãos no sentido mais
preciso do termo, apenas discípulos batizados com o batismo de arrependimento
pregado por João. Foi por isso que tiveram de ser batizados de novo (rebatismo),
agora em nome de Jesus. Não se trata de uma dupla experiência, ou seja, primeiro com
Jesus e depois com o Espírito Santo, mas de fé única, de conversão, de vinda do
Espírito Santo, de batismo em água e de recepção do dom de línguas e de profecia
(Atos 8.17). A ordem das experiências cristãs no Novo Testamento é: arrependimento,
fé, batismo, enchimento do Espírito e dons.
Era necessário que os que se tornaram discípulos de João por meio de Apolo
passassem de pessoas batizadas em água como expressão de arrependimento a pessoas
batizadas em Cristo como expressão de conversão. O batismo de João era um batismo
de arrependimento, por isso a mensagem pregada a eles fora incompleta. Todos
sabemos que sem arrependimento não há salvação, mas também parece claro que o
arrependimento sozinho não basta. Deve estar acompanhado de uma fé sincera em
Jesus Cristo como o único Senhor da vida. Depois que se converteram, os 12 discípulos
de João foram batizados em nome de Jesus Cristo”.
Hernandes Dias Lopes (pastor, teólogo, escritor e conferencista presbiteriano) disse que;
“Em Éfeso, Paulo encontra doze homens com um testemunho incoerente, que haviam
recebido o batismo de João, mas não tinham ainda recebido o Espírito Santo. Quando
Paulo perguntou a esses doze discípulos se haviam recebido o Espírito Santo quando
creram, responderam que nem sequer tinham ouvido a respeito de sua existência.
Tinham recebido o batismo de João, mas nada sabiam sobre o derramamento do
Espírito. Ressaltamos que João Batista mencionou o Espírito Santo quando disse que
ele próprio batizava com água, mas Jesus, que viria depois dele, batizaria com o
Espírito Santo. O comentário do grupo meramente significava que eles não sabiam que
o Espírito já tinha sido outorgado (João 7.39). É certo que esses doze homens ainda
não eram cristãos, pois ninguém pode tornar-se cristão sem receber o Espírito Santo”.
Ian Howard Marshall (estudioso escocês do Novo Testamento) disse que;
“Dificilmente esses homens seriam cristãos porque não haviam recebido o dom do
Espírito; podemos dizer com segurança que o Novo Testamento não reconhece a
possibilidade de alguém ser cristão sem possuir o Espírito Santo (Atos 11.17; João 3.5;
Romanos 8.9; l Coríntios 12.3; Gálatas 3.2; l Tessalonicenses 1.6; Tito 3.5; Hebreus
6.4; 1 Pedro 1.2; 1 João 3.24; 4.13)”.
John Robert Walmsley Stott (pastor, teólogo e escritor britânico) disse que; “É mais
provável que, apesar de terem ouvido a profecia de João acerca do Messias que viria
batizando com o Espírito Santo, aqueles não soubessem de seu cumprimento no
Pentecostes. Ainda viviam no Antigo Testamento, que culminou em João Batista. Não
entendiam que a “nova era” fora iniciada por Jesus, nem que os que nele creem e são
batizados recebem a bênção característica da nova era: a habitação do Espírito.
Quando entenderam isso pela instrução de Paulo, colocaram sua fé em Jesus, cuja
vinda o mestre João Batista anunciara. A norma da experiência cristã, portanto, é um
conjunto de quatro fatores: arrependimento, fé em Jesus, batismo na água e a dádiva
do Espírito”.
(Amados irmãos, o tópico 1 desta lição talvez seja um pouquinho polêmico
para alguns pelo fato de haver uma certa discordância com relação a Atos
19.1-7, até mesmo entre renomados e respeitados ensinadores cristãos.
Lembre-se de que meu objetivo é sempre lhe apresentar um estudo
imparcial do tema da lição (se você me acompanha já a algum tempo, sabe que sou
imparcial), sem querer “puxar a sardinha” para denominação “A” ou “B”.
Analise este material, compare com outros e fique com a parte que você
achar melhor).
1 – O Movimento de Atos se Repete no Brasil
Ouve-se falar muito de “igrejas pentecostais” ou “movimento pentecostal”.
O Movimento Pentecostal é assim chamado porque resgatou a plenitude da
experiência de Atos 2 ocorrida durante a festa judaica de Pentecostes. Os
dons do Espírito, os chamados “SINAIS” foram prometidos por Jesus
(Marcos 16.17-20).
O pentecostalismo é definido como um movimento religioso com ênfase na
espiritualidade e que saiu do protestantismo tradicional.
1. Pentecostes entre os salvos.
Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles
disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Atos 19:2
John Fullerton MacArthur (pregador, escritor, conferencista e teólogo norte-americano)
Vai na mesma linha de Dias Lopes, Marshall e Stott. Para ele “Esses
homens ainda não eram cristãos ou pelo menos não plenamente”, já que
todos os cristãos recebem o Espírito Santo em certa medida quando são
salvos, veja Romanos 8.9 e 1 Coríntios 12.13 (e tenha em mente que, o batismo no
Espírito Santo é uma experiência distinta da experiência da conversão).
Dwight Lyman Moody (evangelista norte-americano) tinha o seguinte
entendimento; “O apóstolo reconheceu que o conhecimento que os discípulos tinham
de Jesus era incompleto. Por isso perguntou; Recebestes, porventura, o Espírito Santo
quando crestes? O particípio grego é “tendo crido” e pode ser traduzido para “desde
que crestes ou quando crestes”. Considerando que o Espírito Santo se recebia
geralmente quando se cria em Cristo, a última tradução é preferível. Sua resposta deve
ter sido que eles não sabiam nada sobre a verdade cristã do Espírito Santo, pois
qualquer um que conhecesse o V.T, já teria ouvido a respeito do Espírito Santo”.
Ou seja, tudo indica que estes homens de Atos 19.1-7 ainda não eram
verdadeiramente cristãos, isto seria impossível, pois se fossem
verdadeiramente cristãos, teriam conhecimento das Palavras de Jesus;
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
João 14:16,17
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder.
Lucas 24:49
E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que
esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito
Santo, não muito depois destes dias.
Atos 1:4,5
Aí então surge a pergunta;
Se eles não eram verdadeiramente cristãos, então como foram batizados no
Espírito Santo?
Vamos lá, preste bastante atenção.
2.disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe:
Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3.Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de
João. (Algum conhecimento sobre Jesus eles tinham, pois disseram que não sabiam
sobre o Espírito Santo, e, não que não sabiam sobre Jesus).
4.Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento,
dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. (Paulo
dá um bom testemunho sobre João Batista, e, corrobora o conhecimento deles sobre
Jesus).
5.E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. (Paulo os rebatiza em
nome de Jesus, confira a boa explicação de Pablo Alberto Deiros sobre isso (no Texto
Áureo), e, além da boa explicação de Deiros também vale ressaltar que, naquela época,
muitos tinham dificuldade em aceitar o “nome de Jesus”, portanto o batismo no nome
de Jesus era também uma forma de propagar que Jesus era (e é) o Cristo, e, que em seu
nome pessoas recebiam o Batismo com o Espírito Santo).
6.E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e
profetizavam. (observe que esta conversa de Paulo com estes discípulos não foi uma
coisa de um minuto (é fácil perceber isso pelo contexto do texto). Paulo falou-lhes sobre
Jesus, explicou-lhes sobre o Espírito Santo e houve tempo para rebatiza-los, ou seja,
isso não aconteceu de um minuto para o outro. Eles tiveram tempo para ouvir a
mensagem de Paulo, crer (isto é, receber fé salvífica) e aí sim, depois de
verdadeiramente crer, receberam o batismo no Espírito Santo.
Atos 19:3-6
Percebemos que o verdadeiro Pentecostes, isto é, o mesmo agir do
Espírito Santo nos dias atuais só acontece se ensinarmos a Palavra
de Deus da maneira correta, com detalhes
2. A plenitude do Espírito Santo.
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e
profetizavam.
Atos 19:6
Observe nesta passagem que os discípulos (após crerem), e com a imposição de mãos de
Paulo, receberam o batismo no Espírito Santo.
Tradicionalmente (embora haja exceções) nos meios pentecostais se crê
que a única evidência que identifica que uma pessoa foi batizada com o
Espírito Santo é o falar em Línguas estranhas.
Esta ideia não parece ter sido herdada de escritos Bíblicos (veremos isso logo
adiante) mas foi herdada de Charles Fox Parham que foi um influente
pregador estadunidense no final do século 19 e início do século 20.
Perceba que, algumas coisas precisam ser bem esclarecidas;
- Em Atos 2 ninguém falou línguas estranhas, o contexto de Atos 2 deixa isso bem claro
(Atos 2.4-11), ali todos falaram línguas idiomáticas (conhecidas, Atos 2.8).
- Línguas estranhas existem? SIM, é claro que sim;
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o
entende, e em espírito fala de mistérios.
1 Coríntios 14:2
- Mas as línguas de Atos 2 não são as mesmas de 1 Coríntios 14.2, embora
nos dois casos tenha sido com certeza uma obra do Espírito Santo.
- Perceba que, embora em Atos 19.6 os discípulos tenham recebido o batismo no
Espírito Santo pela imposição de mãos de Paulo, hoje em dias muitos recebem o
batismo no Espírito Santo sem que haja necessariamente a imposição de mãos de
alguém. E, quando as pessoas são batizadas no Espírito Santo hoje em dia, dificilmente
elas profetizam (embora sim, as vezes isso acontece, mas nem sempre, ou seja, isso não
é uma máxima, não é uma regra).
- Devemos observar também que os relatos de Lucas sobre o batismo no Espírito Santo
são os relatos de um missionário, um relato missionário, de uma testemunha ocular que
escreveu o que viu, e não os relatos de um professor ou mestre das Sagradas Escrituras.
- Paulo que era um mestre, professor das Sagradas Escrituras ensinou que o Espírito
Santo concede os dons a cada um conforme Ele quer (e não conforme nós queremos);
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um
como quer.
1 Coríntios 12:11
- Paulo também faz uma pergunta retórica;
Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?
1 Coríntios 12:30
- Ou seja, a resposta da pergunta de Paulo é óbvia. Nem todos tem dons de curar, nem todos
tem o dom de falar em línguas, nem todos tem o dom de interpretação de línguas. Porque não?
R: É porque o Espírito distribui os dons a cada um conforme Ele quer (e não conforme nós
queremos).
Esta breve exegese mostra que não é lógico acreditar que uma pessoa é
batizada no Espírito Santo apenas se falar línguas estranhas, é mais correto,
lógico e coerente acreditar que o batismo no Espírito Santo é evidenciado
por qualquer um dos dons do Espírito Santo, e não apenas pelo dom de
línguas.
3. Chamados por Deus.
Em 1901 o pentecostalismo que conhecemos hoje teve seu início e, em 1906 na rua
Azuza em Los Angeles, EUA, um pastor negro, William Joseph Seymour, homem
piedoso e de vida santa, começou a orar pelas pessoas e o Espírito Santo manifestava se
poderosamente, com sinais e prodígios e a manifestação de línguas espirituais como em
Atos dos Apóstolos. (Pentecostalismo) É um movimento que enfatiza a experiência dos
discípulos de Cristo no Dia de Pentecostes como uma manifestação que não ficou
restrita ao passado, ou seja, enfatiza a atualidade da doutrina do batismo no Espírito
Santo e dos dons espirituais”.
O movimento pentecostal da Rua Azuza influenciou Gustaf Daniel Högberg e Adolf
Gunnar Vingren que vieram ao Brasil, chegando a esta terra em 1910. Em 1906 a
igreja Missão de Fé Apostólica, localizada na rua Azusa Califórnia, e pastoreada por
Willian Seymour, começou a influenciar todo os Estados Unidos com sua mensagem
pentecostal, inclusive dois imigrantes suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Berg e
Vingren em 1911 fundaram no Brasil a Missão da Fé Apostólica que mais tarde se
chamaria Assembleia de Deus e que viria a ser a maior denominação evangélica do
Brasil.
Foi um período de muitas lutas, pois Vingren e Berg sofreram duras perseguições dos
batistas da época e da igreja católica, pois estes não aceitavam a mensagem pentecostal
dos missionários suecos, mesmo vendo os sinais e maravilhas que Deus operava e o
embasamento bíblico de suas mensagens, preferiram combater aquilo que para eles era
contra seus dogmas.
2 – O Nascimento de um Novo Movimento
1. A pregação do avivamento pentecostal.
A irmã Celina de Albuquerque converteu-se a Cristo na Primeira Igreja
Batista de Belém onde Celina foi batizada. Em 1910, chegaram os
pioneiros do Movimento Pentecostal, que começaram a ensinar a doutrina
do Espírito Santo que traziam em seus corações. Celina se interessou pelo
que eles pregavam e, crendo na verdade, passou a buscar a promessa de
Jesus Cristo. Celina Albuquerque foi a primeira pessoa, em solo brasileiro,
a ser batizada com o Espírito Santo. Estava confirmada a verdade pregada
pelos missionários suecos, que anunciavam um novo batismo.
A mensagem dos missionários suecos dividiu opiniões na época, e a
denominação a qual a irmã Celina fazia parte se dividiu em dois grupos, os
que creram na mensagem dos suecos a respeito do Espírito Santo e os que
não creram.
2. Crescimento e perseguição.
Gunnar Vingren e Daniel Berg nasceram em uma época difícil na história da Suécia.
Entre 1867 e 1886, quase 450 mil suecos deixaram o país por causa da escassez de
alimentos e de empregos. A maioria imigrou para o meio oeste dos Estados Unidos.
Embora a situação tivesse melhorado, Daniel viajou para lá em 1902, com 18 anos, e
Gunnar, no ano seguinte, com 24. Os dois se conheceram em uma igreja sueca em
Chicago, no ano de 1909, dez anos depois da morte do famoso evangelista Dwight L.
Moody, que viveu naquela cidade. A essa altura, Gunnar já tinha feito teologia em um
seminário batista sueco e pastoreava uma igreja em Menominee, em Michigan, e Daniel
trabalhava em Chicago. Em uma conferência realizada na Primeira Igreja Batista Sueca
de Chicago, Gunnar passou pela experiência do chamado batismo com o Espírito Santo
e falou em línguas, (Berg passaria pela experiência do batismo com o Espírito Santo pouco tempo
depois). A partir daí, começou a pregar a doutrina pentecostal, mas, muitos em sua
“igreja” não aceitaram a pregação pentecostal, e Vingren, por causa da perseguição,
teve que mudar de cidade. Vingren recebeu uma profecia da parte de Deus, à respeito de
seu ministério além-mar. Por inspiração do Espírito Santo, Daniel foi visitar Gunnar e
ali ouviu a mesma profecia, que também foi dirigida a ele.
Em obediência à orientação recebida, ambos viajaram para Nova York e lá encontraram,
um navio, que sairia na data indicada pela profecia que receberam; 5 de novembro de
1910. Por falta de recursos, compraram uma passagem de terceira classe. Duas semanas
depois, com miseráveis 90 dólares no bolso, desembarcaram em Belém do Pará, sem
saber uma palavra em português e sem alguém para recebê-los no porto. Assim
começou a obra das “Assembleias de Deus no Brasil” (embora essa nomenclatura,
“Assembleia de Deus” passaria a ser oficialmente usada nos EUA apenas
em 1914 e no Brasil tal nomenclatura passou a ser utilizada apenas em
janeiro de 1918 por sugestão de Vingren, quando ele, Berg e mais alguns
membros se desligarem da “igreja batista” devido a maioria dos batistas
não aceitar a doutrina pentecostal, passaram a usar o oficialmente essa
nomenclatura “Assembleia de Deus” em resposta ao fato de, o mesmo
termo ser usado nos EUA. E, com o passar dos anos, surgiram muitas
“Assembleias de Deus” no Brasil, mas não abordarei este ponto para não
sair do escopo da lição).
Gunnar Vingren, Daniel Berg e a geração de pastores nacionais que surgiu com eles não
anunciavam apenas Jesus. Pregavam “a salvação em Jesus e o batismo com o Espírito
Santo”. Esta era “a mensagem completa do evangelho”. Tal pregação certamente
encontrava guarida entre os cristãos que, à semelhança dos discípulos de Éfeso, nem
sequer sabiam da existência do Espírito Santo (Atos 19.2), por culpa da omissão de seus
pastores.
Por certo período houve muito desgaste emocional e perda de tempo por causa do atrito
entre as denominações já existentes no Brasil e as chamadas “Assembleias de Deus”.
Houve atitudes precipitadas, exageros e falta de amor de ambas as partes. O
encarregado da congregação batista de Belém, na época acolheu os dois suecos no porão
de sua casa e permitiu a participação deles nos cultos, o que redundou na divisão da
igreja. Os missionários suecos e os irmãos que creram na sua mensagem sofreram
muitas perseguições, e as maiores perseguições vieram de chamados “irmãos na fé” (por
assim dizer).
Nenhuma denominação evangélica experimentou um crescimento tão rápido e tão
grande como as Assembleias de Deus, presentes hoje em quase 200 países e contando
com cerca 70 milhões de membros ao redor do mundo.
A “Igreja Assembleia de Deus” (com esta nomenclatura – Assembleia de Deus) foi
formalmente fundada em abril de 1914 em Hot Springs, cidade localizada em Arkansas,
EUA, como sendo um resultado da fusão de entre diversos movimentos pentecostais
que eram influenciados pelo avivamento da rua Azuza n° 312 no centro de Los Angeles
EUA. Essa nomenclatura (Assembleia de Deus) tinha por objetivo criar uma “unidade”
em sua identificação.
3. Curas divinas.
Nos escritos do missionário Vingren há vários retalhos de curas divinas, na
obra realizada no Brasil, um cumprimento da Palavra de Deus;
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão
novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Marcos 16:17,18
3- A expansão do Avivamento Pentecostal
1. Um modelo centrífugo.
2. Um crescimento acentuado.
O crescimento das “Igrejas pentecostais” ao longo das décadas é sim um
sinal de que Deus está nesta “obra”. Embora este crescimento numérico
não seja o único sinal de que Deus aprova esta “obra”, pois o crescimento
numérico em si não pode ser considerado o único sinal de que Deus aprova
uma denominação ou trabalho religioso. Pois o catolicismo, islamismo,
hinduísmo e budismo provam-nos facilmente que, apenas o crescimento de
uma nomenclatura, religião ou denominação em si não são um sinal em si
de que tais “trabalhos” sejam aprovados por Deus.
Uma obra religiosa aprovada por Deus precisa estar totalmente pautada na
Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo, e pregar o Evangelho
com Verdade. Dessa forma, Deus confirma o trabalho com sinais e
maravilhas, a descrição de Marcos 16. 15-20 nos mostra que uma “obra”
aprovada por Deus, cresce, para a glória de Deus;
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão
novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de
Deus.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Marcos 16:15-20
Analisando a história das “Assembleias de Deus” no Brasil e no mundo
constatamos que, este “obra” é aprovada por Deus, pautada na Palavra de
Deus, pois tal obra se enquadra nos “moldes” da Palavra de Deus, houve ao
longo da história das Assembleias de Deus, muitas lutas, acertos, erros,
trabalhos duros, mas (de um modo geral) foi, e tem sido, um trabalho
bastante positivo, para a glória de Deus.
Conclusão:
Antes do Avivamento pentecostal no Brasil, o cenário religioso era
dominado por um sistema doutrinário que não acreditava nas manifestações
de dons do Espírito Santo. Isso só mudou a partir da obra realizada por
Deus que se deu a partir da chegada dos missionários suecos.