*O Crente chiclete.*

*O Crente chiclete.*

“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.”
(Tiago 1 * 22)
Desde meus 2 anos de idade, sempre morei nem um logradouro da Zona Norte do Rio, no Lote da N B. aqueles eram momentos de extrema alegria, residia com minha mãe e com minha irmã, desde que deixamos nossa terra natal não retornamos mais para a casa dos meus avós, a trocamos os velhos costumes por outros novos. Para um garoto pobre na década de 80, época em que não tínhamos nenhum acesso a “internet” celular então, era coisa de ficção só se via nos filmes na TV de tubo monocromática e os jurássicos games que existiam, eram raros e caros; restando para os reles e pobres mortais como eu os retangulares carrinhos e as revistas em quadrinhos, os quais logo seriam trocados pelas fascinante bolas de gude, e a de futebol. O futebol foi sem duvidas a minha maior descoberta, náo me lembro de ter dado um chute sequer em uma bola antes dos meus 12 anos, tentei uma vez, mas foi uma tentativa frustrada e malsucedida antes que o pé tocasse a “redonda” ele tocou o chão com tanta violência que fiquei andando num pé só por alguns dias, que nem o “Saci Pererê” da estória do Monteiro Lobato. Mas aquele era um tempo novo, pensava eu, tavez eu possa me tornar um “grande lateral” até mesmo um “lateral direito”. Nossa vizinhança era compsta por um grupo “familiar” bem robusto e lá se praticava duas religiões; em primeiro lugar éramos “Cristãos”, Embaixadores do Rei, e depois “fanáticos por futebol”. Assim eu fracionava o meu tempo entre ser ora EMBAIXADOR DO REI, ora um PELADEIRO, TECNICO E COMENTARISTA, como todo bom Brasileiro naquela época.
Eu nunca consegui sequer colocar em pratica sequer um dos fundamentos deste esporte chamado futebol, dessa forma descobri que não se pode aprender a jogar bola como se aprende geometria o física, e necessário muito treino, muita convivência com o campo, e claro, ter um mínimo de Dom para o negocio.
A mesma coisa acontece com o crente chiclete, ele ouve, ouve e ouve, mas não aprende nada.
Onde não há aprendizado nuca haverá pratica.
O crente chiclete, “não é mole”, mastiga a palavra mas nuca a engole, sãopessoas que estão presentes nas reuniões, assistem os sermões e até vibram com os momentos mais emocionantes; concordam com o Evangelho, admitem que essa é a decisão mais acertada a se tomar. Simpatizantes das Escrituras, até “DECORARAM” uma ou outra passagem bíblica, mas fica somente nisso, não há uma EVOLUÇÃO, a palavra não foi engolida nem digerida é tudo muito superficial, raso demais para dar partida em um processo de regeneração.
São palavras que voam dispersas nos céus de uma religião anêmica e vacilante até se desfazerem e por fim se evaporarem por completo.
O CRENTE CHICLETE é um personagem tão singular que é capaz de “mastigar” a verdade durante anos, sem jamais ter experimentado os “nutrientes” dela em seu organismo.

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