“Mas o fruto do Espírito é: amor...” (Gl 5.22). O escritor sagrado
“Mas o fruto do Espírito é: amor...” (Gl 5.22). O escritor sagrado começa sua exposição sobre o fruto do Espírito mencionando o amor. O amor tinha mesmo de aparecer em primeiro lugar, porque nenhum outro aspecto do fruto do Espírito é possível sem o amor.
O amor, em sua expressão culminante, é personificado em Deus. A mais breve e melhor definição de amor é Deus, pois Deus é amor. O amor de Deus foi revelado à humanidade por Seu Filho, Jesus Cristo: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). “... (Jesus) tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13.1).
A quem Jesus amou tanto que se dispôs a dar a Sua própria vida por eles? A pessoas perfeitas? Não! Um de Seus discípulos negou-O; um outro, duvidou dEle; e três que pertenciam ao círculo mais íntimo de discípulos dormiram, enquanto Ele agonizava no jardim. Dois deles desejaram ocupar elevadas posições no Seu reino, e um deles tornou-se traidor. E, quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, alguns deles não acreditaram nisto. Não obstante, Ele os amou segundo a total potencialidade do Seu amor. Ele foi abandonado, traído, rejeitado e sofreu desgosto por causa deles, mas continuou amando-os!
Jesus quer que nos amemos uns aos outros, conforme Ele nos amou. “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12). Isso jamais teria sido possível, se contássemos somente com o limitado amor humano. Porém, quando o Espírito Santo desenvolve em nós um caráter parecido com o de Cristo, então aprendemos a amar como Ele amou.
O amor é a dimensão mais importante do fruto espiritual! Jesus não deixou dúvida alguma quanto a isso, quando disse aos Seus discípulos:
“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34,35).
Jesus estava falando sobre que tipo de amor? Há, pelo menos, três tipos de amor, que passaremos a considerar de forma abreviada:
1️⃣. O amor ágape. Ágape é uma palavra grega que significa “amor altruísta”, “amor profundo e constante” – aquele amor que Deus tem pela humanidade. Esse amor divino aparece no trecho de João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Esse perfeito e incomparável amor abrange nossas mentes, nossas emoções, nossos sentimentos, nossos pensamentos, enfim, todo o nosso ser. Esse é o tipo de amor que o Espírito Santo deseja manifestar em nossas vidas, quando nos entregamos totalmente a Deus. Esse é um amor que nos leva a amá-lo e a obedecer a Sua Palavra. Esse bendito amor flui de Deus para nós e volta para Ele, sob a forma de louvor, obediência, adoração e serviço fiel.
“Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Esse é o tipo de amor que Jesus demonstrou a cada passo, em Sua caminhada em direção da cruz. Esse é o amor agape – o amor descrito no décimo-terceiro capítulo de 1 Coríntios.
2️⃣. Amor fileo (fraternal). Conforme vemos em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de amor, chamado amor fraternal ou amizade fraternal. Trata-se da amizade, um afeto humano, limitado. Amamos quando somos amados. Diz o trecho de Lucas 6.32: “Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam”. A bondade fraternal ou amizade é essencial nas relações humanas; porém, é de qualidade inferior ao amor Ágape, porquanto depende de uma relação recíproca. Em outras palavras, mostramo-nos amigáveis e amorosos para com aqueles que se mostram amigáveis e amorosos para conosco.
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