🟠 𝐓𝐄𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 𝐃𝐀 𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐀ÇÃ𝐎: 𝐎 𝐐𝐔𝐄 É? 𝐄 𝐏𝐎𝐑 𝐐𝐔𝐄 É 𝐀𝐍𝐓𝐈𝐁Í𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀❓𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑨𝒎𝒂𝒅𝒂 𝑬𝑩𝑫 𝒏𝒐 𝑰𝒏𝒔𝒕𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎


🟠 𝐓𝐄𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 𝐃𝐀 𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐀ÇÃ𝐎: 𝐎 𝐐𝐔𝐄 É? 𝐄 𝐏𝐎𝐑 𝐐𝐔𝐄 É 𝐀𝐍𝐓𝐈𝐁Í𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀❓
𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑨𝒎𝒂𝒅𝒂 𝑬𝑩𝑫 𝒏𝒐 𝑰𝒏𝒔𝒕𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎

Em 1968, um grupo de padres católicos se reuniu em Medelim, colômbia, para o 2º encontro do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano). Sob a bandeira da libertação da opressão e da injustiça social, o clero católico criticou abertamente a aliança entre a igreja católica e os poderes dominantes. Em 1971, o pensamento da CELAM foi colocado em um livro que resumia todo o pensamento daquele encontro. O livro se chamava “teologia da libertação” e foi escrito por Gustavo Gutiérrez. Esses são os marcos da chamada teologia da libertação. (GRENZ E MILLER, 2011, p.163).

Embora Gustavo Gutiérrez seja apontado como figura chave no movimento da teologia da libertação, o próprio Gutiérrez indica o padre Bartolomeu de la Casas (XVI d.C.) como o precursor do movimento. (GRENZ E MILLER, 2011, p.166). A princípio a própria igreja católica foi contrária a teologia da libertação por tomar emprestados vários conceitos do marxismo (GRENZ E MILLER, 2011, p.165). Porém, algum tempo depois foi totalmente envolvida por esse modelo teológico que também ficou conhecido como “teologia latino-americana”. Outro personagem de destaque nesse Movimento foi o teólogo Brasileiro Leonardo Boff.

Um dos fundamentos da teologia da libertação é a “teologia da práxis” (que vem da prática), ou seja, uma teologia que esteja contextualizada a realidade política e econômica da região latino-americana. Gutiérrez propôs uma teologia “a posteriori” (a experiência precedendo a reflexão teológica) para marcar a diferença das teologias Europeia e Norte-americana que são predominantemente “a priori” (a reflexão teológica precedendo a experiência). Porém, na prática, os teólogos da teologia da libertação bebem do materialismo dialético que é a base do Marxismo científico. 

Ou seja, a teologia da libertação se propõe como uma teologia que procura resolver os problemas locais, típicos dos países latinos, como fome, políticas opressoras, grupos e minorias e marginalizadas, a violência institucionalizada contra o pobre, e culturas desprezadas pela visão Europeia. Assim a teologia da libertação foi vendida como a teologia do pobre e do oprimido. Ao ressaltar a grande pobreza dos países da América Latina e que a missão da igreja era ajudar a superar as desigualdades sociais geradas por políticas opressoras, o discurso da teologia da libertação se tornou extremamente atrativa para muitos, incluindo intelectuais como Paulo Freire, e muitos pastores protestantes. 

✍🏼 𝐏𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐭𝐞𝐨𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚 𝐝𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚çã𝐨

1️⃣ Interpretação Marxista da realidade: A teologia da libertação faz uma análise social baseada na luta de classes que é um fundamento típico do Marxismo. Ou seja, ela não é só uma simples modalidade teológica, mas uma interpretação de realidade (visão de mundo) que é totalmente distinta de uma leitura de realidade cristã ortodoxa (cosmovisão cristã) que é fundamentada na criação, na queda e na redenção. Ou seja, na teologia da libertação, os males do mundo são devido a má distribuição de renda, que se origina devido a grupos que procuram se perpetuar no poder e para tal oprimem os pobres para poder alcançar o vil capital. Numa cosmovisão Bíblica e ortodoxa, os males do mundo se originaram devido ao pecado original (de Adão). No final das contas, os teólogos da libertação negam a queda, o pecado original e a realidade objetiva do pecado, ao reduzir todos os males do mundo à luta de classes.

2️⃣ Os teólogos da libertação destacam que os pobres e oprimidos, pelo simples fato de serem pobres e oprimidos, estão automaticamente numa relação de intimidade direta com Deus; para tal eles gostam de citar Sl 12:5 (GRENZ E MILLER, 2011, p.173). Assim, desprezam que é o sacrifício de Cristo que coloca o homem em comunhão com Deus (Ef 2:13-18; Hb 10:19-23) e que o pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59:2).

3️⃣ A teologia da libertação desfoca a verdadeira missão da Igreja na terra. Jesus deu uma missão a sua igreja, antes de subir aos céus (M16:15; Mt 28:19), que foi anunciar sua obra e a salvação por todo o mundo. A missão da igreja não é lutar contra a opressão das multinacionais, oligarquias políticas ou instituições capitalistas que oprimem os pobres em solo latino-Americano. Jesus disse que aquele que se sentir oprimido busque seus direitos através das instituições legais (Lc 12:13,14), pois essa não era a sua missão. A libertação que Jesus propõe é a libertação do pecado e da condenação diante de Deus e não uma libertação social econômica. Quando a igreja, de fato, se dedica a sua missão primordial de pregar o evangelho a toda criatura, e as almas se rendem a Cristo Jesus, a mudança social ocorre como consequência e não como objetivo único.        
      
📚 𝐑𝐄𝐅𝐄𝐑Ê𝐍𝐂𝐈𝐀
GRENZ, Stanley J.; MILLER Ed. L.; TEOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS; Editora Vida Nova, 2011. 
 
❤‍🔥 𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑨𝒎𝒂𝒅𝒂 𝑬𝑩𝑫 𝒏𝒐 𝑰𝒏𝒔𝒕𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎

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