Prósperos e Perdidos
Uma das doutrinas mais difundidas atualmente é a “teologia da prosperidade”, tema principal das pregações de televangelistas do movimento neopentecostal. A doutrina sugere que pessoas fiéis ao Senhor (na prática, isso geralmente significa fiéis a uma igreja, especialmente no compromisso financeiro) terão saúde física e prosperidade material. O outro lado da moeda trata o sofrimento como consequência dos pecados dos sofredores. Esses pregadores gostam de tirar textos do seu contexto, especialmente do Antigo Testamento, em que Deus fez promessas especiais ao povo escolhido de Israel.
Muitas pessoas enganadas por essas distorções doutrinárias consideram sua prosperidade um sinal da aprovação divina. A lógica é simples: se Deus dá prosperidade aos fiéis e eu sou próspero, então obviamente Deus me considera fiel.
Mas esse raciocínio e a doutrina por trás dele não vêm das Escrituras. Vamos considerar uma mensagem do profeta Isaías, entregue ao povo de Israel 2.700 anos atrás: “Pois, tu, Senhor, abandonaste o teu povo, a casa de Jacó. Porque eles se encheram da corrupção do Oriente, são adivinhos como os filisteus e se associam com os filhos dos estrangeiros. A terra de Israel está cheia de prata e de ouro, e não têm fim os seus tesouros. Também está cheia de cavalos, e são incontáveis os seus carros de guerra. A terra de Israel também está cheia de ídolos. Eles adoram a obra das suas mãos, aquilo que os seus próprios dedos fizeram” (Isaías 2:6-8).
A nação estava próspera, cheia de ouro, prata e outros tesouros. O povo se sentia seguro por causa do tamanho do seu exército bem-equipado para guerra. Mas Deus não estava com esse povo!
Uma característica desse povo foi o orgulho do pecado. Quando deveriam ter sentido vergonha por suas abominações, eles se gabavam abertamente: “O aspecto do rosto testifica contra eles; e, como Sodoma, exibem o seu pecado e não o encobrem” (Isaías 3:9).
O profeta não incentivava as pessoas a tentarem esconder seus pecados. Quando ele comentou sobre pecados abertos, mostrou a impudicícia de um povo que tinha até orgulho do seu desrespeito para com Deus e seus ensinamentos. Engrandeciam o sincretismo e desprezavam o verdadeiro Deus. Procuravam revelações de adivinhadores enquanto rejeitavam a verdade revelada pelo Senhor.
Não nos enganemos! A prosperidade material não é evidência da aprovação divina. Se queremos a presença de Deus, precisamos andar conforme a vontade dele.
– por Dennis Allan
estudosdabiblia.net
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