Avivamento Espiritual/amostra aviva a tua obra / continuação.





Oração: “e orar [...]”
A oração é a maneira mais comum de alguém se comunicar com Deus.
Jamais haverá avivamento sem oração. Se, para Israel, a oração era o meio
pelo qual o povo, humilhado e quebrantado diante de Deus, podia dirigir-se
a Ele, suplicando a sua bênção e o seu perdão para resolver crises espirituais
e morais que afligiam o seu povo, imaginem nos dias atuais quando grande
parte dos que se dizem cristãos não dão valor à vida de oração e preferem
ocupar o tempo precioso com coisas supérfluas, como entretenimentos,
redes sociais, que, além de não ter valor para a vida cristã, são armadilhas
para o seu afastamento da presença de Deus. A Bíblia diz: “remindo o tempo,
porquanto os dias são maus” (Ef 5.16) e “Andai com sabedoria para com os
que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5).
Está muito difícil haver avivamento em muitas igrejas hoje em dia.
A maioria dos crentes, mesmo os pentecostais, não gosta de orar. Os
cultos de festas, de eventos e comemorações especiais são superlotados,
mas a frequência é bastante reduzida nos cultos de oração — com raras
exceções, claro. Sem dúvida alguma, podemos dizer que essa é uma das
razões mais fortes pelas quais Deus não manda um avivamento no cerne
das igrejas evangélicas.
Buscar a face do Senhor: “[...] e buscar a minha face”
No item anterior, temos o requisito da oração como indispensável para que
haja avivamento. Nesta terceira condição, a estrutura gramatical da oração
é diferente. É algo mais profundo. Orar pode ser tão somente expressar o
que se quer obter de Deus por meio de palavras ditas com os lábios. Buscar
a face do Senhor indica, porém, uma atitude mais profunda. O suplicante,
além de orar, esforça-se mais para alcançar o que deseja. Desse modo, o
avivamento requer oração e busca pela face de Deus, ou pela sua presença,
de forma mais intensa.
Conversão sincera dos pecados: “Se o meu povo
[...] se converter dos seus maus caminhos”
Como dissemos acima, para que o avivamento seja enviado por Deus,
há uma pré-condição, que é a existência de uma situação indesejável, uma
realidade que indica a ausência de comunhão com Deus, de afastamento
dEle, de desobediência a Ele, como aconteceu várias vezes com o povo eleito
— e tem acontecido ao longo da história com muitas igrejas em todos os
lugares. Os avivamentos no Antigo e no Novo Testamento sempre foram
antecedidos de um estado espiritual decadente, pecaminoso e até de afronta
contra o Senhor. Para que haja o avivamento espiritual, é indispensável que
as pessoas reconheçam que estão vivendo de maneira errada e aceitem a
submissão à Palavra de Deus: “E te darei os tesouros das escuridades e as
riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o Senhor, o Deus de
Israel, que te chama pelo teu nome” (Is 45.3).
Uma vez despertados à nossa necessidade, precisamos fazer alguma coisa.
A convicção do pecado leva ao arrependimento. Não pode haver avivamento
antes que confessemos os nossos pecados, deixemos nossos maus caminhos
e nos lancemos às misericórdias de Deus: “Se eu atender à iniquidade no meu
coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66.18).3
Quando alguém ou um povo está desviado da vontade de Deus, é dominado pelas “obras da carne”, há necessidade de um avivamento (ver
Gl 5.19-21).
5. Resultados do Avivamento
Depois que Deus encontra lugar no coração das pessoas, de um povo ou
de uma igreja que experimentou o estado de frieza, mornidão ou decadência
espiritual e essas pessoas atendem às condições previstas pelo Senhor, o
avivamento manifesta-se de maneira efusiva (ver 2 Cr 7.14).
O texto termina com essas três promessas de Deus para o povo que se
arrepende dos “seus maus caminhos”.
Deus ouve o clamor do povo arrependido:
“[...] então, eu ouvirei dos céus”
Que maravilha! Quando tudo está perdido por causa do desvio, da apostasia e das afrontas à santidade de Deus, não adianta buscar soluções nos
homens. Ninguém na terra pode mudar a realidade espiritual em decadência.
Pelo contrário, todas as coisas contribuem para piorar a situação moral e
espiritual de um povo caído; todavia, quando há conscientização do pecado,
da hipocrisia e do afastamento da vontade e da Palavra de Deus, então o
Senhor ouve “dos céus”, de cima, do seu alto e sublime trono. Avivamento
espiritual é como a chuva: jamais ela sairá debaixo da terra
Em 2 Crônicas 30.18-20, vemos outra ocasião. Desta vez, foi no reinado de Ezequias em que o avivamento espiritual caiu sobre o povo. Essa
intervenção de Deus, na realidade, de um povo arrependido é avivamento
espiritual, que é vindo dos céus.
Deus perdoa os pecados do povo:
“[...] e perdoarei os seus pecados”
Ao longo da história do povo de Israel, no livro de Juízes e na maior
parte dos Profetas, percebemos quanto aquele povo, não obstante ter sido
escolhido por Deus, foi abençoado por Ele de forma jamais vista em qualquer outro povo; um povo que viu os sinais, os prodígios e as maravilhas
operadas pelo Senhor no Egito, na libertação com Moisés, nos 40 anos pelo
deserto abrasador, onde eles viram o Senhor fazer jorrar água da rocha,
enviar pão dos céus e tantas outras maravilhas na entrada em Canaã, na
tomada das nações, de forma milagrosa; ainda assim, infelizmente foi o
povo que mais se esqueceu de Deus e que mais pecou de forma absurda
e incompreensível.
Sempre que Israel experimentava períodos diversos de pecaminosidade, afrontava ao Senhor Jeová e voltava-se para outros deuses, sofria as
consequências da sua desobediência. Depois da morte de Moisés, o Senhor
designou Josué para liderar o povo na entrada à Terra Prometida. Josué,
orientado por Deus, conquistou a grande cidade de Jericó sem lançar uma
flecha sequer, apenas obedecendo à estratégia dada pelo Senhor (Js 6).
Logo depois, o povo foi derrotado pelos habitantes de uma pequenina
cidade chamada “Ai”. Até o seu nome era pequeno. Porém, por causa do
pecado de um só homem, Acã, Israel sofreu uma derrota humilhante (Js
7). Somente após a condenação e morte do transgressor, o Senhor Deus
deu vitória ao seu povo.
Depois da morte de Josué, o povo de Israel ficou sem liderança. Levantou-se “outra geração [...] que não conhecia o Senhor [...]. Então, fizeram
os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos
baalins” (Jz 2.10,11). Durante 400 anos, o povo de Israel alternou perí-
odos de pecaminosidade, sofrimento, derrotas e destruições e períodos
de arrependimento, humilhação, confissão de pecados e busca pela misericórdia de Deus. Foram 12 os juízes usados pelo Senhor para cuidar do
povo naquele período turbulento da sua história; mas sempre que o povo
voltava-se para Deus, Ele perdoava os seus pecados e mandava períodos
mais ou menos longos de avivamento espiritual.
Deus sara a terra: “[...] e sararei a sua terra”
Quando um povo descuida-se de cumprir a vontade de Deus e passa a
viver na pecaminosidade, na corrupção e, principalmente, na idolatria, é
visto por Ele como um povo doente, acometido por enfermidades espirituais
que precisam de tratamento e cura. E a cura só vem quando todos atendem
às condições para ser recuperado por Deus, por meio da sua misericórdia
e amor. Depois que o povo atende aos requisitos divinos, além de ouvir as
suas orações e perdoar os seus pecados, o Senhor também sara a sua terra,
ou seja, remove as consequências da “doença” espiritual e promove uma
“cura” completa na nação, a começar pelos seus líderes.
Essa referência bíblica diz respeito ao povo de Israel, mas pode ser
aplicada em todos os seus aspectos ao povo de Deus, à sua Igreja, que se
identifica como todos os crentes que se unem e que se reúnem nas igrejas
cristãs. Há casos em que os desvios espirituais, morais e doutrinários são
tão grandes que igrejas inteiras tornam-se doentes espiritualmente. E a
terapia de Deus é a mesma. Ele só sara os crentes, os pastores e o ministério
quando há arrependimento e confissão de pecados com sinceridade.
II – O AVIVAMENTO NO TEMPO DE AGEU
1. A Situação Espiritual de Judá
Ageu foi um profeta pós-exílico contemporâneo de Esdras e Zacarias. A
situação espiritual do Reino do Sul, sede em Judá, não estava nada boa. Por
causa da sua desobediência nacional ao Senhor, profetas alertavam para a
sua destruição, ainda que com previsão da misericórdia do Senhor (Am 2.5;
3.6; Is 6.11; 8.7). Pela falta de temor de Deus, o povo continuou ignorando
os alertas amorosos do Senhor. O resultado não poderia ser diferente, pois
o Senhor vela pela sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12). O povo desprezou
a eleição de Deus e os privilégios decorrentes dessa escolha e foi derrotado
sucessivamente após cada desprezo a Deus, passando por dois grandes
cativeiros: Judá, Reino do Sul, passou pelo cativeiro babilônico em 609 a.C.,
quando o Templo foi saqueado, e, em 587 a.C., houve nova deportação para
aquele reino, e o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos.
O Templo estava destruído
O Templo em Jerusalém não era somente um santuário de culto e adoração a Deus, o Senhor. Era o centro espiritual, moral e social da nação.
Não havia outro lugar para oferecer sacrifícios. Quando ele fora construído
e inaugurado com grande solenidade no ano 1004 a.C., Deus mandou um
grande avivamento no meio do povo com a oração de Salomão (2 Cr 6.1-3).
O Senhor fez promessas grandiosas a Salomão se o povo “se [humilhasse],
e [orasse], e [buscasse] a [sua] face, e se [convertesse] dos seus maus
caminhos” (2 Cr 7.14). Como o povo não ouviu a voz do Senhor, o castigo
veio dos céus, e o povo foi para o cativeiro, e o Templo foi destruído: “Um
terço do povo morreu de fome e de peste, ao passo que outro terço foi
morto pela espada (Ez 5.12; ver também 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1; 52.4;)”.4
Deus reclama da omissão do povo
A situação espiritual do povo estava tão decaída que eles não sentiam
falta de um lugar de reunião para adorar a Deus, o Senhor (ver Ag 1.2,7,8,9).
Deus levanta homens para realizar a obra
O povo estava descuidado, sem dar valor à Casa do Senhor. Depois
da repreensão dada por Deus, Ele resolveu levantar homens fiéis para
reconstruírem o Templo (Ag 1.12).
Deus tocou no coração de Zorobabel, de Josué e de todo o povo para
ouvir a sua voz e as palavras de Ageu, profeta do Senhor (Ag 1.13-15).
Ao ouvir a voz do Senhor e do seu profeta, Ageu, o “resto de todo o
povo” começou a obra da reconstrução do segundo Templo. Esse já era o
prenúncio do avivamento espiritual.
Deus promete estar com os que trabalham
O Senhor deu graças aos homens chamados por Ele para cuidar da
construção do segundo Templo (Ag 2.1-4).
Era o chamado de Deus aos líderes e a todo o povo para esforçarem-se
em prol da obra do Senhor.
O Desejado de todas as nações e a glória da segunda casa
Conclamando o povo a levantar-se para construir o segundo Templo,
Deus prometeu e descreveu como seria o avivamento (ver Ag 2.6-9).
2. Deus Usa Ciro para Libertar Israel do Cativeiro
Ciro não era filho de Israel e nem servo de Deus em termos espirituais. Ele
era rei da Pérsia (550–530 a.C.), mas foi chamado pelo Senhor para cumprir os
planos dEle em relação ao povo de Israel, que se achava cativo em Babilônia.
Promessas de Deus a Ciro
Foi tão importante o papel de Ciro que Deus chamou-o de “seu ungido”. O Senhor fez-lhe promessas tão grandes à sua pessoa que só foram
vistas em relação a homens verdadeiramente chamados para realizar os
seus divinos propósitos (ver Is 45.1-3).
Por amor de Israel
Ciro, rei persa, jamais imaginaria ser chamado pelo Senhor, o Deus de
Israel, o Criador dos céus e da terra, com tamanha deferência e propósito.
E não o chamou por amor ao seu povo, os persas, mas por amor a Israel.
O amor de Deus é inigualável, “de tal maneira”, indefinido, incompreensível na sua dimensão divina e além da percepção da mente limitada do
homem. Além de chamar Ciro por amor de Israel, Deus diz que chamaria o
monarca persa pelo seu nome e pôs-lhe o sobrenome, mesmo sem Ciro ter
conhecimento de Deus! Isso foi algo completamente fora da racionalidade
ou lógica humanas (Is 45.4-6).
Ciro liberta Israel do cativeiro
Ciro conquistou a Babilônia no ano 539 a.C., fundou o Império Persa,
que teve a duração de 200 anos. E, logo no início do seu reinado, ouviu o
chamado do Deus que ele não conhecia, mas que o escolheu para a grande
missão de libertar Israel em cumprimento às profecias que anunciavam
o fim do cativeiro (Jr 25.12; 29.10). No ano primeiro de Ciro, 538 a.C., ele
cumpriu o que o Senhor colocara no seu coração (ver Ed 1.2,3).
O Templo foi concluído
Com a graça de Deus e por intermédio de Ciro, levas de israelitas voltaram a Jerusalém e começaram a reconstruir o Templo. Tempos depois,
porém, a reconstrução do Templo foi parada por oposição dos inimigos
de Israel (Ed 4.1-5), e, em 520 a.C., o Templo encontrava-se em ruínas.
Esse período foi registrado pelo profeta Ageu, que é o ponto central deste
comentário. É em Ageu que encontramos a promessa de Deus de que, apesar dos insucessos e apesar das oposições aos seus planos, “a glória desta
última casa”, o segundo Templo, seria “maior do que a da primeira”. A
construção foi questionada por inimigos da obra. O rei Dario, entretanto,
consultando os registros do reino, autorizou o seu prosseguimento, proibiu
que os judeus fossem importunados e mandou ajuda para a construção
(Ed 5.6,7; 12) — prova de que, quando Deus abre a porta, ninguém a fecha
(Ap 3.7). Com a bênção de Deus, o segundo Templo — “a última casa” —
foi concluído em 516 a.C. A construção do Templo provocou tanta alegria
no coração do povo que este voltou a realizar o culto a Deus no seu lugar,
consagrado ao Senhor. Houve um grande avivamento como consequência
da intervenção de Deus na história de Israel.
III – A NECESSIDADE DO AVIVAMENTO ESPIRITUAL
Uma vez sabendo o que significa o avivamento espiritual, podemos
concluir que é um movimento espiritual, que vem do alto e sublime trono
de Deus mediante o Espírito Santo, para abalar, sacudir e mudar a realidade espiritual de pessoas, de grupos ou de igrejas que estão paralisadas
na letargia e inanição espiritual. Essa necessidade pode ser resumida em
alguns pontos.
1. Só com o Avivamento, ou Reavivamento, a
Inércia das Igrejas Pode Ser Abalada
Há uma tendência natural e histórica em relação a igrejas que se deixam
dominar pela letargia espiritual. A decadência espiritual tem-se tornado
cada vez mais evidente, quando a frieza ou a mornidão espiritual domina
o coração de um povo ou de uma igreja. Lembremo-nos do exemplo dos
Estados Unidos. Há poucas décadas, o percentual de cristãos e de igrejas
era elevado. Nos últimos dez anos, esse percentual caiu para 40%. O fechamento de igrejas continua ocorrendo. Quase não há abertura de novas
igrejas cristãs. Sem dúvida alguma, essa situação só poderá ser revertida
caso haja um reavivamento espiritual no centro da grande nação americana, que como já dissemos, deu tantos missionários para o mundo. Oremos
por essa grande nação amiga.
2. Só o Avivamento ou o Reavivamento Pode
Superar a Visão e o Foco das Igrejas
A História da Igreja registra diversos movimentos em todo o mundo
com características pentecostais. Tanto na Europa como nos Estados
Unidos, grupos de cristãos passaram a ansiar por uma mudança de cará-
ter espiritual no cerne das igrejas, ora em face da decadência doutrinária
e comportamental, que as avassalava, ora pelo intenso desejo de ver o
poder de Deus sendo operado de modo marcante e maravilhoso ante o
formalismo e o liberalismo religiosos. Os relatos históricos demonstram
quais eram as características que se verificaram nessa busca:
1. Um intenso desejo de buscar a presença de Deus;
2. Fervor na evangelização;
3. Retorno aos princípios bíblicos que norteiam a igreja cristã;
4. A busca dos dons espirituais, incluindo o de curar e o de operação
de maravilhas;
5. A busca do batismo no Espírito Santo, com línguas estranhas;
6. A preocupação com a santidade em face da iminente vinda do
Senhor Jesus.
3. Só o Avivamento ou o Reavivamento Podem
Enfrentar as “Portas do Inferno”
Sem o avivamento espiritual ou um reavivamento dessa natureza,
“as portas do inferno”, ainda que não prevaleçam, como disse Jesus em
Mateus 16.18, causam grande prejuízo à Igreja do Senhor. No tempo da
Europa cristã, as igrejas acomodaram-se com o seu crescimento numérico,
com as suas catedrais grandes e suntuosas, e descuidaram-se da busca
permanente pelo poder de Deus. As “portas do inferno” atacaram as
bases espirituais com as doutrinas materialistas, como o evolucionismo,
e as novas gerações não estavam preparadas para confrontar a guerra
espiritual contra as igrejas. Os pais descuidaram-se de criar os filhos
“na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4) e foram passando, e os
filhos foram derrotados pelas “portas do inferno”. A situação da Europa
pós-cristã é tão grave, mas tão grave, que só um poderoso reavivamento
pode diminuir os efeitos da mortalidade espiritual naquele continente.
Oremos para que o Senhor Deus intervenha na Europa e salve milhões de
pessoas para o seu Reino

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