Voltou Eliseu para Gilgal.

Voltou Eliseu para Gilgal. Eliseu, à semelhança de Elias, antes dele, estava sempre ocupado, fazendo circuitos por todo o Israel, realizando suas maravilhas, dando suas instruções, visitando as Escolas dos Profetas. Certo número de lugares diferentes tinha o privilégio de ver as maravilhas que ele realizava. Ele tinha uma reputação nacional e, pelo seu poder, é como se ele estivesse dizendo: “O que faço, faço-o pela graça de Yahweh. Ele é o único Deus vivo e verdadeiro. Abandonai a vossa idolatria e voltai aos antigos caminhos de Moisés e dos verdadeiros profetas”.
Gilgal. Esse lugar seria agora o palco de um novo e maravilhoso acontecimento. 
Era um tempo de fome. Portanto, qualquer panela de alimentos era valiosa. Mas a panela de nossa história estava cheia de morte. Algo tinha apodrecido. Talvez houvesse bactérias perigosas e mortíferas na panela. Era letal. A escola dos profetas estava sentada, triste, em torno daquela terrível panela. Estavam com fome, mas ninguém queria morrer envenenado. Talvez o problema fosse alguma erva venenosa que tinha sido misturada na sopa, por alguém com pouco conhecimento de botânica.

Uma fome de sete anos havia sido predita (II Reis 8.1), sendo presumível que essa fome já tivesse começado. As questões agora haviam-se complicado por uma panela envenenada, o único alimento que os profetas tinham.

E achou uma trepadeira silvestre. Como era usual, membros escolhidos da comunidade tinham preparado uma sopa, cheia de verduras e, sem dúvida, fortalecida com pedaços de carne. As ervas usuais tinham sido colhidas, além de colocíntidas de uma parra brava. Talvez fossem ervas venenosas, colhidas por algum homem ignorante, que pensava que qualquer coisa era boa para ser consumida, contanto que crescesse da terra de Deus.

Talvez a planta ofensora fosse a colocintida, que facilmente poderia ter sido confundida com uma cabaceira. Era uma fruta parecida com uma laranja. Tratava- se de um poderoso catártico, que, em grandes quantidades, tomava-se bastante venenoso. “… a colocintida, cujas folhas são muito parecidas com as de uma vinha, de gosto extremamente amargo, um purgativo muito violento, que, se não fosse neutralizado, produziria ulcerações nos intestinos e provocaria a morte’(John Gill, in Ioc.). 
A Vulgata Latina traduz a palavra hebraica por “colocintida”, a mesma palavra usada por John Gill e pela nossa versão portuguesa. Aparece entre os vegetais venenosos, embora fosse usada como remédio, em pequenas quantidades.

Morte na panela, ó homem de Deus. O gosto da sopa era terrível. Era amargo e enjoativo. Alguém deu esse grito de alerta. Todos pararam de comer, imediatamente. Eliseu estava presente, portanto lhe pediram para tornar a sopa saudável, a fim de poderem comê-la. Talvez se tivessem lembrado de como ele havia purificado a água ruim (ver II Reis 2.19 ss.). Se ele purificara a água, tornando-a potável, por que não poderia purificar o alimento? Os profetas estavam famintos. Eles precisavam de ajuda.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1485.

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