Ultraje em Jundiaí
No dia 06 de janeiro de 2023, um bebê recém-nascido foi encontrado morto na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. O bebê foi deixado em um saco de lixo em uma estrada próxima a um cemitério. O caso provocou revolta no país inteiro. Muitas pessoas desejam que a pessoa responsável pelo crime seja identificada e punida. Concordo com esse sentimento de ultraje.
Conforme reportagens sobre o caso, o bebê foi encontrado com o cordão umbilical ainda intacto, prova de que havia nascido pouco tempo antes de ser abandonado. Esse fato nos leva a refletir sobre uma triste ironia e incoerência nas atitudes de muitas pessoas que favorecem a legalização do aborto. Atualmente no Brasil, aproximadamente um em cada quatro brasileiros e a maioria das mulheres entre 16 e 24 anos se dizem favoráveis à descriminalização desse ato.
Ou seja, para essas pessoas, se aquela mãe não identificada tivesse terminado a gravidez algumas horas antes, seria até heroína da causa da liberdade feminina. Mas, como aparentemente esperou até logo depois do parto, se torna criminosa.
Não há base científica, e muito menos defesa bíblica, para apoiar essa distinção. Muito antes de nascer, o feto já tem seu próprio tipo de sangue, muitas vezes diferente do tipo da mãe. Tem todos os seus próprios órgãos. O DNA do bebê é completamente distinto do código genético da mãe. Ou seja, o mesmo bebê já era um indivíduo distinto da progenitora antes de ver a luz do dia.
Em muitos países, qualquer tentativa de restringir o acesso ao aborto provoca ultraje muito maior do que a reação de revolta depois da triste descoberta em Jundiaí. Manifestações mobilizam milhões de pessoas com demanda da liberdade de extinguir vidas. Enquanto muitas mulheres anseiam pelo privilégio de ter filhos e sacrificam até suas próprias vidas a favor de bebês inocentes, outras gritam em voz alta exigindo o “direito” de matar sem punição.
Que incoerência!
Nem o caso em Jundiaí e nem as políticas sobre aborto devem ser julgados na base de opinião popular. Quem tem direito de determinar o valor da vida humana é o próprio Criador. Ele mesmo diz que a vida humana deve ser protegida pelo fato de os seres humanos serem feitos à imagem de Deus (Gênesis 9:6).
Esse princípio, revelado milhares de anos atrás, nunca mudou. Devemos sentir ultraje sobre o caso em Jundiaí, e a mesma revolta sobre os aproximadamente 55 milhões de casos anuais de aborto voluntário no mundo.
– por Dennis Allan
estudosdabiblia.net
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