LIÇÃO 11 👉🏼 O REINADO DE EZEQUIAS.

LIÇÃO 11 
👉🏼 O REINADO DE EZEQUIAS.
Ezequias começou a reinar com 11 anos de idade em 729 a.C. em corregência com o seu pai, Acaz, mas incrivelmente não foi influenciado pela apostasia espiritual promovida pelo seu pai. Aos 25 anos, quando finalmente assumiu o trono sozinho, a sua primeira iniciativa foi promover a reforma das instituições religiosas de Judá.
Nos seus anos de corregência, Ezequias provavelmente discerniu que a forma como o seu pai reinou não agradava a Jeová, pois isso havia trazido sérias consequências para o povo de Deus, inclusive o Reino do Norte. Israel já estava em processo final como nação. Essa sensibilidade do rei ao que estava acontecendo com o Norte pode ter sido uma das influências que veremos adiante.
Boa parte do sucesso da reforma de Ezequias deu-se em virtude do impacto que o povo de Judá teve diante das ameaças assírias, bem como a derrota completa que o império estava infligindo no Reino do Norte, que, na época da reforma de Ezequias, estava sendo levado cativo pela Assíria. Mas, para muito além disso, o seu segredo está nos seguintes fatos apontados por Hoff: ele dava ouvidos ao seu grande conselheiro, o profeta Isaías (2 Rs 19.6; 20.1-6); ele fez um pacto com o Senhor (2 Cr 29.10); e começou a sua obra reformista assim que assumiu o trono (2 Cr 29.3).
Outro motivo possível para o rompimento de Ezequias para com as idolatrias do seu pai pode ter sido a influência de Isaías, um profeta palaciano que atuou como conselheiro ou, simplesmente, como um crítico de muitos reis, especialmente advertindo e profetizando contra a idolatria que imperava em Jerusalém.
Provavelmente, o contato de Ezequias com Isaías ainda na sua tenra  idade tenha sido fator decisivo na sua busca por Deus e pelas reformas profundas na adoração.
Ezequias promoveu grandes obras em Judá. A primeira delas foi a reforma religiosa, que limpou e reformou o Templo, recolocou os altares no lugar próprio, organizou os turnos dos sacerdotes e levitas, destruindo ídolos e altares pagãos, instituindo ofertas para a manutenção dos oficiais religiosos, refazendo o pacto com Jeová e assumindo compromisso de fidelidade, restabelecendo as ofertas e sacrifícios e comemorando a Páscoa, que levou vários dias, conforme afirma Bentho:
As primeiras profecias de Isaías revelam a superstição, a idolatria e a cegueira espiritual em que se encontrava o povo (Is 2.6s; 8.16s). Ezequias tentou corrigir a situação no começo de seu reinado (2 Cr 29.2-11). O templo foi reaberto e purificado de tudo quanto o tornava impróprio para o uso consagrado, a verdadeira adoração foi restabelecida e o antigo pacto entre Yahweh e Israel foi confirmado. A celebração da Páscoa foi efetuada numa escala sem precedentes desde o rompimento do reino em dois (2 Cr 30.26), tendo sido frequentada por numerosos israelitas (do Reino do Norte), em resposta ao convite de Ezequias (2 Cr 30.5-11).
Diante da amplitude das reformas e na maneira como se relacionou com o Senhor, Ezequias é quase uma exceção em Judá.  seu reinado foi justo e procurou agradar a Deus destruindo os ídolos e articulando essa ampla reforma religiosa que culminou num grande avivamento para o povo de Deus. Esse avivamento trouxe alegria e satisfação e mostrou-se eficaz quando do enfrentamento de crises — especificamente, a invasão assíria.
Segundo alguns estudiosos, é provável que a doença e a cura de Ezequias tenham ocorrido antes da invasão assíria, tendo sido motivada especialmente por causa dos embaixadores da Babilônia que foram recebidos por Ezequias e uma provável aliança entre a Babilônia e Judá, o que motivou o cerco de Senaqueribe, o rei assírio, a Jerusalém. Essa evidência está baseada no fato de que, para acalmar Senaqueribe, Ezequias chegou a arrancar o ouro da porta do Templo. Caso a visita tivesse ocorrido depois, ele não poderia ter mostrado a riqueza do Templo, pois não existiria mais.

A falta de astúcia de Ezequias ao mostrar as riquezas ao inimigo, talvez querendo livrar-se das ameaças assírias, foi um gesto de falta de confiança plena no Senhor. Ele quis aliar-se aos babilônios, que, na verdade, vieram espionar as riquezas que seriam levadas para a Babilônia mais tarde. A doença de Ezequias, a sua oração e a intervenção milagrosa de Deus por meio do profeta são comprovações de que o Senhor ouve e atende as orações sinceras que partem de um coração contrito.
Perceba, porém, que não é apenas a Palavra de Deus na boca do profeta que provê a cura, pois o próprio profeta lança mão da medicina da época para que a cura seja cooperativamente efetuada. Esse episódio também demonstra que o Senhor pode lançar mão de recursos humanos para operar os seus milagres.
O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação - Claiton Ivan Pommerening / Enomir Santos.

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