Durante os últimos 30 anos de Israel, o país foi acometido de muitas tragédias e assassinatos, especialmente por desobedecerem aos mandamentos de Deus. Instalou-se o caos político com cinco dinastias e quatro assassinatos de reis. A nação estava em colapso político, social, econômico e religioso. As advertências de Deus para que abandonassem a idolatria e fossem poupados não surtiu efeito. A nação afundava-se nos seus pecados cada vez mais. A solução de Deus para o seu povo escolhido foi a dispersão por meio do cativeiro, não sem antes agir com misericórdia e amor, como demonstrado pelo profeta Oseias.
Antes de experimentarem o caos descrito anteriormente, sob o reinado de Jeroboão II, a nação passou por prosperidade econômica e reconquistas territoriais, cujas posses foram perdidas para a Síria, que dominou a região palestina por algum tempo. Ele fortificou a capital Samaria e, após várias conquistas, estabeleceu um reinado de paz e prosperidade. Mas, infelizmente, conforme demonstram os profetas Amós e Oseias, esse resultado foi alcançado com corrupção e injustiça social, e, religiosamente, eles estavam cheios de hipocrisia e sincretismo. Períodos de prosperidade não fizeram o povo voltar-se para Deus e adorá-lo como estava na Lei. Foi na época de Jeroboão II que se levantaram os principais profetas escritores no Reino do Norte, que foram Jonas e Amós. Oseias surgiu um pouco mais tarde.
O cativeiro de Israel ocorreu durante o reinado do rei Oseias, que usurpara o trono do seu antecessor, Peca, assassinando-o e, assim, tornando-se o décimo nono rei de Israel. Nessa época, o Império Assírio estava começando a crescer e tornar-se imponente, controlando várias nações, inclusive Israel, que era um reino vassalo da Assíria.
Anteriormente, os reis Peca, de Israel, e Rezim, da Síria, fizeram uma aliança para deter o avanço da Assíria e tentaram incluir o Reino de Judá nessa aliança. Como Judá negou-se a ajudar, eles invadiram Judá causando-lhe pesadas perdas. Acaz, rei de Judá, pediu auxílio à Assíria contra a invasão dos reis da aliança. Ao ser atendido pela Assíria, o rei Tiglate-Pileser devastou a Síria e Israel, matou Rezim e substituiu Peca por Oseias, tornando-se o seu vassalo, tendo que lhe render submissão e lealdade.
Portanto, a conspiração impetrada por Oseias contra o seu antecessor Peca foi apoiada pela Assíria. Por esse motivo, Tiglate-Pileser, rei da Assíria, jactava-se de haver colocado Oseias como rei de Israel. Porém, ao cabo de algum tempo de reinado, Oseias, rebelando-se contra a Assíria, foi buscar apoio do Faraó Sô, do Egito, e cancelou o pagamento dos tributos que Israel era obrigado a pagar à Assíria, obrigando a Assíria a empreender uma campanha militar contra Israel. Nessa época, o rei da Assíria era Salmaneser V. A Assíria foi um dos primeiros grandes impérios e ficou conhecida pela sua força bélica e a sua crueldade desferida contra os seus inimigos, cortando os seus lábios, língua, membros sexuais, orelha e nariz e, ainda por cima, obrigando-os a trabalhar como escravos.
Além disso, eles tinham métodos de matança ainda mais cruéis: os inimigos eram esfolados vivos, queimados ou espetados numa estaca até ficarem totalmente exauridos. Os assírios espalhavam o horror por onde passavam, causando muito medo em todas as nações e fazendo com que quase ninguém lhes oferecesse resistência.
O poderio de terror assírio somente seria vencido quando surgiu Nabopolassar e o seu filho Nabucodonosor, que venceram o Império Assírio e fortaleceram o Império Babilônico. O terror do invasor foi previsto pelo profeta Oseias: “Samaria virá a ser deserta, porque se rebelou contra o seu Deus; cairão à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio” (Os 13.16).
Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.
Gráfico Enomir Santos.
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