POR QUE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS GREGOS?

POR QUE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS GREGOS?
Os gregos eram muito práticos e lógicos. Se alguma coisa interessava procuravam se debruçar sobre ela até esmiuçá-la I Co 1:22. Criaram os grandes axiomas do aprendizado, como o workshop: aprender interagindo com o objeto do aprendizado! É o chamado método peripatético.
Em termos religiosos, os gregos eram politeístas. E mais, não haviam apenas os deuses, mas também os semideuses. Fruto dos relacionamentos entre deuses e humanos. Um dos mais famosos exemplares é Hércules, filho de Zeus, que possuía uma força sobrenatural. Mas há muitos outros.
Havia uma simbiose muito forte entre a filosofia e a religião grega. Os filósofos eram venerados por sua sabedoria e criavam escolas de pensamento concorridas. Ser um discípulo de Sócrates ou Platão dava um status que 💰 nenhum compraria.
Entretanto, a mensagem do Evangelho atingiu os gregos e muitos se converteram At 11:20; 14:1; 17:4,12; 20:21. Timóteo e Tito eram gregos At 16:3; Gl 2:3. Logo no início da ⛪ Primitiva houve um atrito porque as viúvas gregas sentiam-se desprestigiadas diante das mulheres judias, no que se refere à distribuição dos alimentos no ágape, a ceia do Sr entre os primeiros cristãos, realizada aos domingos. Problema que foi superado com a escolha dos diáconos At 6:1..
Mais adiante a ⛪ sofreu bastante com o Gnosticismo, uma filosofia religiosa que surgiu a partir dos gregos e trouxe muitas heresias contrárias ao Evangelho. 
Nem tudo, porém, era prejudicial vindo deste povo. Devemos aos gregos a propagação do Evangelho através da língua grega, que era uma língua franca nos dias da ⛪ Primitiva. Muitas alusões aos conceitos gregos são encontradas no N T e sofreram uma ressignificação por seus autores: o logos, a imagem do Deus invisível (eikon) e tantos outros.
Dentre as escolas de filosofia grega haviam os epicureus e estoicos que interagiram com Paulo em Atos 17:18, no Areópago de Atenas. Barclay nos ensina que uma das linhas de raciocínio deles é que Deus não pode entristecer-se ou alegrar-se, uma vez que não podemos influenciá-lo.
O episódio de Marcos 1:40-42 seria impensável para essa escola. Jamais Jesus, sendo Deus, poderia compadecer-se de alguém. Não poderia deixar se influenciar. Para os epicureus e estóicos Jesus nunca choraria por perder Lázaro Jo 11:35!
Note-se que a tentativa dos gregos e sua religião era parametrizar as ações divinas, tornando-as tão previsíveis quanto o dia de amanhã. Ocorre que o Cristo pregado por Paulo e outros subvertia até os mais essenciais padrões vigentes à época e, em certa medida, era loucura até para o Judaísmo. A começar pela encarnação, seguindo por sua morte e ressurreição pouco ou nada fazia sentido do ponto de vista empírico.
Ainda hoje há grandes embates entre a religião e a ciência, porque esta última está alicerçada no que é palpável, tangível e analisável. Deus jamais caberá num tubo de ensaio!
Os gregos raciocinavam: Como Deus se poria humilhado por sua própria criação? Acaso algum grande líder desejou ser humilhado pelos seus servos e morrer por eles? Se ninguém nunca desejou isso para si, por que Deus desejaria? Por que a vileza da cruz e de uma morte tão cruel revelaria o poder de um deus?
O Evangelho soava impraticável e ilógico. Deus mata seu próprio Filho, que tbm é Deus? Deus ama incondicionalmente qualquer pecador? Seu perdão justifica um assassino ou uma prostituta?
De fato, o homem natural não consegue entender essas e outras questões 1 Co 2:10-14. Somente através da fé alcançamos o raciocínio adequado das Escrituras. E isso acontece porque tomamos as lentes de Deus, para enxergar como Ele enxerga.
Deus os abençoe nessa loucura!
Fonte Daladier Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR O SEU COMENTÁRIO, POIS O MESMO É MUITO IMPORTANTE PARA ESTE BLOGGER.