⚫🟡 A Reforma Geral do Culto (23.4-14)
As reformas de Ezequias, embora longamente registradas pelo autor sacro de I e II Reis, não perduraram. Seu filho ímpio, Manassés, quase anulou todo o bem feito por Ezequias. E o arrependimento posterior de Manassés não contribuiu quase nada para fazer estancar a maré da corrupção em Judá. Em seguida, subiu ao trono de Judá Amom, que não durou muito, mas fez uma série de coisas prejudiciais no pouco tempo em que governou. Josias, seu filho, foi um dos melhores reis de Judá; ele instituiu um novo pacto II Reis 23.1-3, o qual confirmou, uma vez mais, em Judá, as previsses do pacto mosaico.
O texto à nossa frente (vss. 4-14) fala da extensa reforma religiosa imposta por Josias. Entretanto, até mesmo essa reforma não impediu o cativeiro babilónico, por ser muito tardia e muito pequena, e agora o cativeiro babilónico estava apenas a vinte anos no futuro. Josias reinou entre 640 e 609 A. C., e o cativeiro babilónico ocorreu em 597 A. C.
O verdadeiro trabalho de reparos no templo só começou quando Josias estava em seu décimo oitavo ano de governo (621 A. C.). A partir daí, houve reformas que varreram todo culto idólatra, primeiramente no templo, e depois nos lugares altos e nos santuários locais. Josias fez, realmente, uma “limpeza da casa”.
Ele limpou as coisas, mas não tinha o poder de mudar o coração da população em geral de Judá, que tanto se apegava a seus caminhos desviados. As corrupções, embora suprimidas, continuavam abrigando-se no coração e na mente daqueles que tinham criado as expressões externas de idolatria.
Isso nos ensina uma lição: Nenhuma reforma pode ser bem-sucedida se não tratar da fonte da perversão — o coração humano. “Nenhuma reforma que dependa exclusivamente da supressão, ou de meios negativos, ou da mão pesada da lei, pode durar por muito tempo”
(Raymond Calking, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1560.
O livro de 2 Reis registra mais um avivamento: o do reinado do rei Josias. O rei Josias foi um dos últimos reis justos do Reino de Judá, pois Ele buscava fazer a vontade de Deus conforme registrada na Lei. Mais uma vez percebemos que o avivamento na história do povo de Deus sempre tem como ponto de partida a lei escrita divina. Essa é uma excelente oportunidade para refletirmos acerca do avivamento que nasce da fidelidade às Escrituras Sagradas.
O Resumo da Lição
O primeiro tópico da lição evidencia o encontro do rei Josias com a Lei escrita de Deus. O livro da Lei estava perdido no Templo do Senhor. Quando foi achado, mostrado ao rei e, este percebeu que a vontade de Deus foi violada, Josias rasgou as suas vestes e humilhou-se diante de Deus. Em seguida, por meio da profetisa Hulda, ele compreendeu a vontade divina para fazer novas reformas.
O segundo tópico destaca a dedicação do rei Josias em destruir os ídolos da nação. Esse trabalho começou com a leitura da lei diante do povo, com a consequente renovação de um pacto com o Senhor. Assim, Josias tirou os ídolos do meio da nação. Havia um impacto de amor no coração por causa da compreensão da Palavra de Deus.
O terceiro tópico identifica o retorno da celebração da Páscoa. Havia pelo menos 18 anos que não se comemorava a Páscoa, após o avivamento mediante a Palavra, a Páscoa foi restaurada e celebrada com toda alegria. Nesta Páscoa, havia fervor espiritual. Era uma Páscoa que não sairia mais da memória do povo.
Aplicação
A lição desta semana nos mostra que a prática da leitura e da meditação da Palavra de Deus nos conscientiza sobre os nossos pecados. Ela nos revela, sob o Espírito Santo, o verdadeiro estado de nossa alma.
Quem tem a prática de meditar na Palavra de Deus
toma consciência de sua verdadeira natureza e prostra-se diante de Deus em humilhação e súplicas (Is 6.1-5).
A lição também nos mostra que o coração verdadeiramente avivado não tolera ídolos ou qualquer outra prática que desagrade ao Senhor. Um senso de santidade se estabelece em nossa vida interior. A santidade de Deus nos constrange; sua glória e majestade nos trazem temor. E o temor ao Senhor não permite levar uma vida
leviana de pecado (Pv 1.7).
A lição nos ensina que devemos valorizar as celebrações que nos fazem lembrar dos grandes feitos do Senhor, como por exemplo, o Batismo e a Ceia do Senhor.
Ensinador Cristão.
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