👑O REINADO DE JOSIAS
Sob a perspectiva do autor de Reis e Crônicas, Josias foi um dos melhores reis que Israel teve, pois limpou o Templo de muitas divindades, dos rituais e da simbologia pagã que haviam colocado nele, a saber: a estaca sagrada (poste-ídolo), o aposento das prostituições sagradas, lugar onde as mulheres teciam véus para Aserá, os cavalos e o carro do deus Sol ali colocados pelos reis de Judá e os altares que os reis de Judá tinham levantado no terraço (2 Rs 23.4-12). Ele também destruiu os altares, os ídolos e os rituais em vários locais fora de Jerusalém e nos lugares altos das cidades. Fez uma limpeza geral contra as formas de adoração idólatras que se haviam instalado em Israel e que foram instituídas pelos reis que o antecederam. Inclusive os altares a deuses que foram introduzidos por Salomão também foram destruídos por Josias. Ele aniquilou toda uma cultura idólatra e trabalhou para que os sacerdotes dessas divindades também perdessem os seus postos.
O seu nascimento foi profetizado aproximadamente 300 anos antes, quando um profeta anônimo foi enviado à Jeroboão enquanto este sacrificava aos seus falsos deuses, dizendo o que segue:
E eis que, por ordem do Senhor, um homem de Deus veio de Judá a Betel; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. E clamou contra o altar com a palavra do Senhor e disse: Altar, altar! Assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti. (1 Rs 13.1,2)
Ele reinou de 639–609 a.C., foi filho de Amom e neto de Manassés, um dos piores reis de Israel em termos de idolatria. Foi esse rei que, acredita-se, mandou serrar o profeta Isaías ao meio por causa das suas denúncias proféticas contra a idolatria.
A ascensão de Josias ao trono aconteceu após o assassinato do seu pai, que foi alvo de uma conspiração, porém os conspiradores oram dominados pelo povo de Judá, favorável à dinastia davídica, que entronizou Josias aos oito anos de idade (2 Rs 21.24; 22.1; 2 Cr 33.25).
Certamente, ele reinou por intermédio de tutores até ter condições de exercer o seu reinado por iniciativa própria, mas o texto bíblico não indica quem poderia ter sido o seu tutor. Há indicativos de que, provavelmente, tenha sido um sacerdote do Templo, como foi no caso de Joás; daí se explica o seu fervor religioso.
O seu nome significa “Yahweh sustenta”, um nome sugestivo diante dos desafios que enfrentou para reformar a religião verdadeira em Judá. Todavia, o seu reinado também poderia ter acontecido em corregência com a sua mãe, Jedida.
A reforma religiosa iniciou-se quando Josias tinha 16 anos de idade e atingiu o seu clímax quando ele estava reinando há 18 anos — portanto, com 26 anos de idade. Levou dez anos para pôr em prática todas as mudanças necessárias, desde que iniciou a reforma (2 Cr 34.3). Como Judá estava em estado de suserania à Assíria nessa época, foi preciso certa cautela por parte de Josias, além das pressões internas do reino, que, nessa época, estava Completamente contaminado, e a máquina estatal aparelhada pela idolatria. Decerto, Josias aproveitou-se da morte de Assurbanipal, rei da Assíria, falecido em aproximadamente 632 a.C., para abandonar as divindades do rei soberano e iniciar as reformas.
Josias, portanto, foi a promessa de Deus sobre Judá, bem como uma figura do Messias vindouro, de que a idolatria não teria prevalência sobre os seus reis, mas a raiz de Jessé brotaria ainda que a nação fosse um monte de troncos queimados (ver Is 6.12,13). Infelizmente, Josias foi morto em campo de batalha contra o Egito, batalha esta que ele não precisava ter-se envolvido. O profeta Jeremias compôs um lamento pela morte de Josias, que foi entoado durante um longo tempo pelos judeus (2 Cr 35.25).
(O plano de Deus para Israel. Livro de Apoio.
CLaiton Pomerening)
Grafico Enomir Santos.
O achado do livro era um argumento muito convincente que Josias poderia usar diante do povo e para incrementar ainda mais as reformas que já haviam iniciado anos antes.
O mesmo impacto que Josias teve ao ler o livro ele também queria o povo tivesse.
O livro foi lido primeiramente por Safã, depois pelo rei e, por último, pelo povo.
Como um líder zeloso pelo cumprimento da Palavra de Deus, a reforma não teria êxito se todos não fossem envolvidos.
Ele chamou os principais líderes civis e religiosos, e todos foram juntos ao Templo, mostrando unidade de propósitos, desde a pessoa mais humilde a mais ilustre. Essa leitura do livro preparou o coração do povo para a proposta que Josias fez de fazer uma nova aliança com Deus, ao que todo povo concordou e comprometeu-se.
Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.
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