SAULO, MUDANÇA DE NOME PARA PAULO

SAULO, MUDANÇA DE NOME PARA PAULO Atos 13:9: “Todavia Saulo, também chamado Paulo, cheio do E. Santo, fitando os olhos nele”. Quase incidentalmente chegamos a saber, pela primeira vez, que Saulo também era chamado Paulo.
A modificação do nome do apóstolo pode ter-se devido meramente ao instinto do autor sagrado. Exatamente neste ponto de sua vida, pelo menos conforme ele é encarado nesta narrativa, o Saulo do farisaísmo se transformava no grande apóstolo Paulo dos gentios; por conseguinte, parece mais próprio chamá-lo, doravante, por Paulo, um nome romano.
É bem possível que, na qualidade de cidadão romano, o apóstolo sempre tivesse tido tal nome; e o mais certo é que esse apelativo tenha sido escolhido por ser de som similar ao seu nome hebraico, Saulo. O fato de que Lucas mencionou essa designação somente aqui, quando eleja a possuía a todo o tempo, provaria que tal modificação, na narrativa, se deu porque seu notável convertido, Sérgio, também possuía o mesmo nome próprio. Mais provável ainda é aquela interpretação de Agostinho e outros, que afirma que Paulo era o nome romano da família do apóstolo, e que tal nome teria sido tomado por empréstimo de qualquer família da qual os progenitores ou antepassados do apóstolo houvessem sido vassalos, antes de a cidadania romana haver sido obtida por sua família. Isso significaria que Saulo sempre teve também o nome próprio de Paulo; mas, enquanto esteve vinculado à Palestina, onde se instruiu, jamais empregou tal apelativo. Mas agora que se atirava à evangelização do mundo gentílico, Paulo se tomava um nome próprio mais conveniente para ele. Menos provável é a ideia do nome “Paulo” significar “pequeno” porque esse era seu apelido, por ser um homem de baixa estatura. Também menos provável é a ideia de que ele tomou esse nome como seu nome cristão, como sinal de ter deixado para trás todas as suas ligações com o judaísmo e tudo quanto isso significava. Alguns esticam essa interpretação para que inclua a ideia de que ele tomou o nome “Paulo”, que significa “pequeno”, como sinal de humildade. Porém, no texto sagrado não há indicação alguma sobre qualquer modificação de nome, e não há nada de especial na própria designação pessoal. Lucas simplesmente mencionou, de passagem, que Saulo também tinha outro nome próprio; e desse ponto em diante começa a usá-lo em lugar de “Saulo”, posto que “Paulo” era mais apropriado em contextos gentílicos. (Pode-se observar o costume que tinham os judeus de ser conhecidos por dois nomes, um judaico e outro gentílico, em trechos como Atos 1:23; 12:25; 13:1; CoL4:11 Josefo, Anttq. xii.9,7). CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 6. pag. 113-114.

O impacto do encontro e a operação da graça salvadora foi o ponto de partida para promover uma mudança radical de atitude de Saulo.
Tudo o que Saulo de Tarso queria antes do encontro com Cristo era prender os seguidores de Jesus Cristo e destruir o poder do seu nome (At 9.1-6). Entretanto, Saulo foi surpreendido por Jesus. Não foi Saulo quem clamou por Jesus, mas foi Jesus quem confrontou a Saulo e chamou-o pelo nome. A obra de salvação é mérito de Deus Pai, por meio de Jesus Cristo em sua obra expiatória.
É Deus quem reconcilia o mundo consigo (2 Co 5.18). A vocação de Saulo estava determinada pela vontade soberana de Deus. Aos apóstolos que estiveram com Jesus fisicamente, sua missão básica seria lançar os fundamentos da igreja a partir de Jerusalém.
Mas, quando o Senhor chamou a Saulo, assim o fez porque esse homem de personalidade tenaz e obstinada seria aquele que expandiria a igreja no mundo gentio.
Cabral. Elienai,. O Apostolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do Apostolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021.

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